VALE A PENA LER DE NOVO. DIA DO TURISTA – NOSSO MUNICÍPIO TEM VOCAÇÃO PARA O TURISMO?
Fernando Mauro Ribeiro
11 de jun. de 2021
4 min de leitura
Atualizado: 16 de jun. de 2021
No dia 13, comemora-se o Dia do Turista. O Turismo Rural está cada vez mais próximo de nós. Você acha que o Município de Barão do Monte Alto tem vocação para o turismo? Vocação, penso que sim! Falta, evidentemente, infraestrutura como hotéis, pousadas, restaurantes, boas estradas... Mas, vejo o município com um potencial enorme. Contudo, há ainda muito que se fazer, muito que se investir, para que se consiga atrair turistas para o nosso município.
A primeira coisa, talvez, fosse na formação de agentes de turismo. Na Unifaminas, que durante algum tempo oferecia o Curso de Turismo – tenho um amigo que cursou nessa Universidade - não tem mais. Não faz parte de sua grade de cursos.
No entanto, o Sistema Faemg /Senar Minas oferece esse curso com o objetivo de qualificar profissionais para ações integradas na área e estimular a visão empreendedora. Penso que alguém, aqui do município, já deveria fazer parte dessa turma que está se capacitando; para suscitar na população e nos proprietários de Fazendas o desejo de se tornar um atrativo para a prática do turismo rural, turismo religioso, turismo cultural e outros.
É bem verdade que ter potencial não basta, é preciso ter essa potencialidade trabalhada, mostrada para o poder público, que por sua vez precisa investir no setor, para a população, com o intuito de que ela, entenda a real importância de tudo isso, abrace também a causa, se tornando um multiplicador da ideia e das ações propostas pelos profissionais da área.
Óbvio é, que essas coisas não acontecem da noite para o dia, que se leva tempo. Mas, se não houver uma iniciativa agora, se não se der o primeiro passo; muito provavelmente perderemos o trem da história. Muriaé, Eugenópolis, Rosário da Limeira, Antônio Prado de Minas e Patrocínio do Muriaé, - só para citar municípios mais próximos, do porte e, até menores que Barão do Monte Alto; estão se mobilizando e, breve serão inseridos na rota do Turismo Rural que chega em 12 cidades da Zona da Mata Mineira. Veja a matéria a seguir:
RURAL CHEGA EM 12 MUNICÍPIOS DA ZONA DA MATA
Carangola, Divino, Faria Lemos, Caparaó, Espera Feliz, Eugenópolis, Pedra Dourada, Tombos, Eugenópolis, Rosário da Limeira, Antônio Prado de Minas e Patrocínio do Muriaé: formam regiões com grande capacidade para o turismo e terão suas potencialidades trabalhadas nos próximos meses por meio do Programa Agente de Turismo Rural.
Dividido em módulos, o curso oferecido pelo Sistema Faemg/Senar Minas, em seu treinamento, aborda segurança, condução de turistas, alimentação, hospedagem e planejamento de eventos.
O programa já começou nas regiões de Carangola e Muriaé, em parceria com os Sindicatos de Produtores Rurais de Carangola, Caparaó e Divino. O início em Tombos e municípios vizinhos está previsto para junho e, em Espera Feliz, para julho, também em conjunto com os Sindicatos desses municípios.
CAPARAÓ, CARANGOLA, DIVINO E FARIA LEMOS
Carangola, Divino, Faria Lemos e Caparaó tem muito potencial para o Agroturismo, em função da vocação para o café, da existência de fazendas antigas, bem conservadas e da agricultura familiar”, analisou a instrutora do programa nesses municípios, Fernando da Silva.
Ela ainda destacou outro ponto positivo, que é a proximidade desses municípios com os parques do Caparaó e da Serra do Brigadeiro, importantes centros receptores de turistas em Minas Gerais. “Talvez é possível desenvolver outros projetos com relação a ecoturismo e turismo religioso, aproveitando o Caminho da Luz, a Rota do Caparaó e a Rota do Café e da Cachaça, já existentes”, completou.
A turma é formada por 13 representantes de Carangola e um de Faria Lemos, com mobilização de Fernanda Cristina Rodrigues; sete de Divino e um de Caparaó. São produtores rurais, representantes de órgãos ligados ao turismo e Meio Ambiente e eventos, todos interessados em promover o Turismo na região.
Para a mobilizadora do Sindicato de Caparaó, Fernanda Valério, esta é uma oportunidade para os produtores, incrementarem a renda por meio do turismo. “Temos propriedades com um potencial maravilhoso para o turismo de várias formas. Temos os turistas, por estarmos próximos ao Pico da Bandeira e ao lada da Pedra Menina, que é muito conhecida e visitada por pessoas interessadas nos cafés produzidos lá, mas somos apenas um local de passagem”, analisou. Um dos participantes é Jander Costa Valério, de Carangola, onde tem um Hotel Fazenda. “Nosso objetivo é aprimorar os negócios. Hoje, trabalhamos com Cavalgadas, trilhas e outros atrativos, mas queremos nos profissionalizar e ampliar o negócio, que existe há dois anos”.
MURIAÉ, ROSÁRIO DA LIMEIRA E PATROCÍNIO DO MURIAÉ
Produtores rurais, representantes de órgãos públicos e interessados na atividade turística de Muriaé, Rosário da Limeira e Patrocínio do Muriaé iniciaram o programa neste mês. A instrutora é a profissional Cláudia Ferolla Ferreira Resende. Segundo a mobilizadora do Sindicato dos Produtores Rurais de Muriaé, Camila Rezende, a ideia surgiu a partir de trabalhos anteriores, como cursos de empreendedorismo no meio rural.
Quinze pessoas vão integrar a turma do programa na região de Tombos, com representantes desse município, Antônio Prado de Minas, Eugenópolis e Pedra Dourada. A instrutora será a profissional Maria das Graças de Almeida Moreira Bernardo. Segundo o mobilizador do Sindicato rural de Antônio Prado de Minas, Eugenópolis e Tombos, Sebastião Oliveira Cortat, a expectativa é grande.
“Queremos valorizar aquilo que temos de mais belo aqui: os pontos turísticos. Nosso objetivo é mostrar todo o nosso potencial e aumentar a renda por meio do turismo”, comentou.
AGENTE DE TURISMO RURAL
O Programa é um curso de qualificação na área do Turismo com uma abordagem que valoriza as características próprias da região onde é desenvolvido, despertando no aluno a valorização do seu meio e visão empreendedora. Segundo a turismóloga e instrutora Fernanda Silva, o turismo rural é uma modalidade nova no Brasil. “Existe uma carência de profissionais capacitados, principalmente em regiões onde o turismo não é uma das principais atividades econômicas. Além disso, as Comunidades têm dificuldade em perceber que o turismo é um negócio e precisa ser encarado como tal”, explicou.
Após o programa, os agentes poderão atuar regionalmente e de forma integrada com a comunidade, poder público e iniciativa privada. Diversos são os benefícios, como o fortalecimento da economia, mas também há a preocupação em manter a cultura local, a fixação do jovem no campo, a preservação dos recursos naturais e culturais, o incremento nas atividades produtivas e melhoria da qualidade de vida das Comunidades”, destacou.
Fonte: Minas Jornal (matéria exibida em junho de 2019)
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