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UM SAUDADE, UMA POEMA TALVEZ, PARA MINHA MÃE

  • Fernando Mauro Ribeiro
  • 2 de mai. de 2021
  • 2 min de leitura

“Há momentos que tudo de que precisamos é ficar quietinhos no colo de Deus e deixar o Pai cuidar de nós”! Experimentei isso hoje. É o primeiro Dia das Mães que passo sem minha mãe. E não é porque esteja atento ao protocolo da saúde que recomenda distanciamento, não! É que, para a distância que hoje nos separa, não há meios eficazes que nos aproxime. Com todo o aparato tecnológico que o mundo oferece, a distância a que me refiro é intransponível, são mundos distintos. Até posso senti-la, algumas vezes, tocá-la, porém, não mais. Beijá-la, jamais. Abraça-la, impossível! Sei que ela está ali, do outro lado e que olha por todos nós, mas é um corpo glorificado, é uma vida plena, ela está com Deus.

Para amenizar a saudade, o poeta quase sempre busca nas palavras, um meio de adentrar sua casa escura, uma forma de levar luz e cores para o palco da vida. De colorir de azul o céu de sua vida e do outro. Porque assim como a oração é a purificação dos nossos sentidos; ela, a poesia, é um libertar-se, é um caminhar pelo jardim da existência embevecido de amor.

Porque creio firmemente que Deus transforma as dificuldades em lições; as orações em alimento; a confiança em força; o hoje em aprendizado, o amanhã em vitória e a poesia em prece. Sendo assim, sem me arvorar a tal, pois poeta não sou; fiz meus rabiscos também nesse dia:


MÃE, O POEMA MAIS LINDO QUE DEUS ESCREVEU

Mãe. Você é uma fonte de amor, que o filho não esquece.

E nenhum deles esqueceu.

Ser mãe, é ser alguém que padece

Pelo filho que ainda nem conheceu.

Você, mãe, é o poema mais lindo que o Deus escreveu.

Você é a taça que transborda de amor, é coração.

Você é a nota mais linda de minha canção.

És ponte que aproxima e une, és direção.

És tu, a criatura mais pura que o mundo já viu.

O afeto maior, o meu altar-mor,

Ternura, doçura que alguém já sentiu.

Você é um teto repleto

De amor e perdão;

Es tu que nos estende a mão.

É a casa na rocha em constante edificação;

É escrita sem código,

Contrita, à espera,

Aflita, do filho pródigo.

Você é a porta que se abre nas noites de inverno;

És a dona do olhar mais belo, mais terno.

Te fostes de mim, de nós

E deixou-nos atônitos, calou minha voz.

Avisou, se foi, atendendo de Deus o chamado.

Aqui deixou: filhos muito amados,

Tantos agregados...

Congregou e fez-nos congregados.

Hoje, mãe, no espelho do passado a vejo ainda mais angelical.

Saudosos estamos de ti, mas a vejo, ao cair da tarde,

Passeando entre os anjos, sem alarde,

Ou então, cantando no Coro Celestial.

Dia das Mães – Maio - 2021.

Fernando Mauro Ribeiro


 
 
 

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