O mês missionário nos recorda: caminhadas, metas, acolhimento. Mas devemos nos perguntar: O que estou levando em minha bagagem?
Conta uma parábola que dois monges voltavam para o mosteiro e avistaram uma jovem que tentava atravessar um rio violento... Um deles, mesmo com dificuldades, conseguiu atravessar o rio com a mulher nas costas. A jovem, comovida com o seu gesto, abraçou-o agradecida.
Retomando a jornada, o outro monge repreendeu o amigo falando da tentação por ele ter contato com uma mulher, proibido pelas suas leis. O monge solidário, respondeu: “Caríssimo, eu atravessei o rio com a jovem e lá eu a deixei, mas você, lamentavelmente, continua a carregando em seus pensamentos...
Na dinâmica desta parábola percebemos alguns elementos que podem nos ajudar na vivência de nossa missão:
1) O rio representa um lugar de passagem, purificação e mudança interior. Remete-nos que a vida está em constante construção e, acima de tudo, não de uma mera coincidência, mas da Divina Providência.
2) Deve-se romper com pensamentos egoístas e se abrir para a ajuda, reconhecendo que sozinhos não seremos vencedores.
3) Com sinceridade, reconhecer tudo que está em nós, que guardamos com tanto zelo e devemos levar na caminhada da vida.
4) Abandone os velhos hábitos e seja feliz fazendo a vontade de Deus.
5) A vitória provém de uma nova consciência, onde não é mais a dor ou o seu fracasso que proporcionam bênçãos, mas Deus que se revela no seu cotidiano e diz: “Vinde a mim, vós todos que estais aflitos sobre o fardo, e eu vos aliviarei...
Porque meu jugo é suave e meu peso é leve”. (Mateus 11, 28;30)
Ame sua história porque Deus te amou primeiro! Valorize o seu cotidiano, mas sempre com os olhos de gratidão. Para sermos bons missionários não podemos ter medo de, primeiro, fazer uma peregrinação interna e descobrir que Deus habita em nosso coração, para depois anunciar a todos esse amor incondicional que nos diz: “Ame e siga em frente”!
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