O dicionário define luto como “um sentimento profundo de tristeza e pesar pela morte de alguém”. No entanto, não há palavras que consigam traduzir a dor de perder alguém que se ama. Em uma Audiência Geral, o Papa Francisco, durante a catequese, abordou o assunto.
O amor e a fé, segundo o Pontífice, são os alicerces para lidar com esse momento de dor. O Papa Francisco disse que justamente por não saber como enfrentar a morte, muitas pessoas acabam por colocar a culpa em Deus. Quanta gente, eu entendo, fica com raiva de Deus, diz blasfêmias (...)
Mas essa raiva é um pouco que vem da dor grande, da perda de um filho, de uma filha, de um pai, de uma mãe, é uma grande dor. Isso ocorre continuamente nas famílias”. Para ajudar a enfrentar esse difícil momento, a psiquiatra Elizabeth Cubler-Ross, em seu livro “Sobre a morte e o morrer”, dividiu o luto em cinco fases. As fases não são iguais para todos, cada indivíduo pode vive-las em tempos diferentes, e voltar para uma fase após já ter passado por ela.
Fase 1: NEGAÇÃO: O indivíduo nega o problema como forma de defesa psíquica, querendo evitar a realidade.
Fase 2: RAIVA: O sentimento de injustiça por estar passando pela situação toma conta da pessoa, que tende a ficar com raiva. Muitas atribuem a Deus culpa por tal sofrimento.
Fase 3: BARGANHA: Nesta fase a pessoa propõe melhorias e faz promessas a Deus, como: “vou ser uma pessoa melhor”.
Fase 4: DEPRESSÃO: A fase do sofrimento profundo surge quando o indivíduo se conscientiza e se sente impotente diante da perda.
Fase 5: ACEITAÇÃO: Aqui o indivíduo já consegue enxergar a realidade, aceitando a perda com serenidade.
“Na fé, podemos nos consolar um com o outro sabendo que o Senhor venceu a morte de uma vez por todas. Nossos entes queridos não desapareceram na escuridão do nada. A esperança nos assegura que eles estão nas mãos boas e fortes de Deus”, aconselhou o Papa Francisco àqueles que estão enfrentando o luto.
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