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02 - É DIA DE FINADOS:

  • Fernando Mauro Ribeiro
  • 2 de nov.
  • 2 min de leitura

 “É interessante, é importante, indispensável pensar na gratuidade do amar, como o próprio Deus que nos faz descansar à sombra de suas “asas divinas”.   

 

A VIDA EM FORMA DE DIÁLOGO ENTRE MORRER E VIVER

“É próprio do cristão consciente, crer na continuação da vida em Deus”.

   Você foi ao cemitério hoje, no Dia de Finados?  Por que não? Afinal, é para lá que todos vamos um dia, definitivamente, mesmo que digamos que não temos pressa, e nem queiramos pensar nisso. Esse dia, até certo ponto, é uma festa para os vivos. Dia de encontros entre as quadras, as alamedas, os túmulos ou à porta do cemitério.

   No fundo, lá no coração de todos que vamos a essa festa, resta um medo do inevitável: “Todos morreremos”! Além do sorriso amigo, das flores, da agitação, da saudade dos que já partiram, todos disfarçamos essa angústia da certeza de que uniremos aos que já se foram.

    Os vivos voltarão às suas casas, às suas atividades, às suas lutas, às suas alegrias e tristezas. Mas... não serão os mesmos de antes. Haverá uma sombra no brilho dos olhos até o ano seguinte, quando alguns já terão chegado antes ao cemitério.

A vida prosseguirá em forma de diálogo entre morrer e viver. Entre escolher uma vida que se limita aos humanos de comer, beber, trabalhar, descansar, crescer, morrer, e... que um dia, vai-se à terra de onde saímos, e escolher uma vida com certeza de continuidade, naquilo que chamamos de Eternidade conforme o modelo de Jesus .

  Mesmo que não se tenha a clareza dos detalhes, é próprio dos cristãos conscientes, crer na continuação da vida em Deus. Cremos que “a vida não nos é tirada, mas transformada” (Liturgia), será mais perfeita junto de Deus.

Assim, para o cristão, a morte é mais fácil de entender, e mesmo chegou a ser desejada por santos que desejavam estar o quanto antes, definitivamente com Deus. (Romanos 7.24).

  Não podemos ainda negar um outro aspecto da morte em nossos dias: a morte pela violência. Essa se tornou banalidade, seja em um filme de ficção onde se exalta a força como valor acima da vida, seja no noticiário dos canais de TV, onde alguns programas se especializam em levar ao telespectador de maneira mórbida e doentia, aquilo que por si só já é triste: o mundo do crime, da violência.

Preste atenção no clima extremamente sensacionalista (música, vocabulário, movimentação de câmera, etc.), com que certos programas “informam” o cidadão. Isso, a atitude de que “é disso que o povo gosta”. Não precisamos ir muito longe para perceber quanta violência passam os “inocentes” desenhos animados às cabeças inocentes das crianças.

  Quanta ideia de morte, bombas, tiros, etc., são assimiladas numa ambiguidade de “engraçados” e “inocentes” personagens da telinha. O que pensar então da forma mais terrível, por ser “silenciosa”, que é a morte pela fome.

Vivemos numa cultura da morte, mais intensa do que os antigos faraós viveram. Estes construíram monumentos à morte como pirâmides. A diferença é que eles faziam numa perspectiva de continuidade da vida, e nosso mundo vê a morte simplesmente como o fim de tudo. Morreu... pronto! Acabou! Será? É preciso dialogar com o mundo da morte para que a vida tenha sentido.

   Jornal Missão Redentorista

 
 
 

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