top of page

16 - MORRE ROSANE CAMPOS, SUA OBRA PERMANECE

  • Fernando Mauro Ribeiro
  • 16 de dez. de 2021
  • 2 min de leitura

Atualizado: 23 de dez. de 2021

Ainda não marcava 20:00 horas, quando tomei conhecimento de que Rosane Campos havia falecido, através de uma amiga que, informou-me, via WahtSapp. A nota dizia: “Faleceu em Petrópolis, agora a pouco, nossa amiga Rosane Campos”. Meu Deus, não será confusão dessa gente, que tem sempre pressa de passar esse tipo de informação?

Rosalva, sua mãe, faleceu na semana passada, estive na Igreja-matriz, onde rezamos por ela, missa de sétimo dia. Assustado, torcendo para que não fosse verdade, disse: preciso checar isso! Não demorou muito tempo, a realidade nua e crua, ali estava, estampada na telinha mágica dessas caixinhas que chamamos celular. Triste constatação, um dos grandes nomes da promoção de eventos de Muriaé, morreu, nesta quinta-feira, aos 58 anos de idade, em Petrópolis, onde morava.

Não faz muito tempo, no início desse ano, eu interagia com ela, quando falava de saudade e recordava o seu trabalho em favor da arte e cultura em Muriaé. Lembrei-me de quando assinava uma coluna semanal em seu jornal, do Pilequim – jornal dos bares – o frisson que causava quando se sentava à mesa do bar, e ali se respira cultura, arte, poesia e informações, expostas para os seus frequentadores, ali, se estava em contato com as notícias impressas nas toalhas das mesas. Que grande sacada!

Rosane escreveu um livro: “Aléns e Aquéns”, pequeno no formato, mas gigante em poesia; participou de festivais; compôs e interpretou canções, tocava seu afinado violão com o grupo de universitários... se destacou como radialista, conquistando muitos fãs através da grande audiência que o seu programa diário detinha na emissora, na década de 90.

Irrequieta, criativa, promovia eventos, concursos com premiações nas diversas áreas, fazia de tudo um pouco e, tinha que ser grande, bem feito, com glamour. Ela criou o Troféu Personalidade, reconhecendo através do voto de um seleto grupo de jurados, o trabalho, o envolvimento, a atuação dos profissionais em suas respectivas áreas, abraçando vários seguimentos de nossa sociedade. A cada ano a festa ganhava mais em popularidade e criatividade e tornou-se sinônimo de orgulho muriaeense.

Em um encontro nos palcos da vida, estávamos nós, numa das primeiras Exposições de Bom Jesus da Cachoeira, a convite de um amigo empresário, líder do mercado de Sonorização na região, proprietário da Discoteque Shok Disco Light, para divulgar o Jornal Novo Tempo, que era distribuído também naquele distrito; Rosane, mestre de cerimônia do evento, sabia como poucos conquistar uma plateia e, dispensando formalidades, abriu espaço para que eu falasse da proposta do jornal e dos eventos culturais de Cachoeira Alegre, para aquele grande público. Ao lado do irmão Renato Ribeiro e o radialista Décio, da Rádio Tropical FM de Cachoeira Alegre.

E aqui estou, passageiro do tempo que sou, logo me vou... somos todos viajantes. E convivemos com paisagens e pessoas. E, a cada estação em que o trem interrompe a viagem, podemos descer e aprender um pouco mais com as virtudes e os defeitos dos outros. Assim como podem os outros aprender conosco. Os verbos “viver” e “conviver” estão inexoravelmente ligados.

Fernando Mauro Ribeiro


 
 
 

Comentários


Posts Em Destaque
Posts Recentes
Arquivo
Procurar por tags
Siga
  • Facebook Basic Square
  • Twitter Basic Square
  • Google+ Basic Square

Editor: Fernando Mauro Ribeiro - portalnovotempo.com - © 2017 PORTAL NOVO TEMPO CACHOEIRA ALEGRE/MG.

  • Facebook - Black Circle
  • Twitter - Black Circle
  • Google+ - Black Circle
bottom of page