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DIA DO PSICÓLOGO: NÃO SE VINGUE, PERDOE!

  • Fernando Mauro Ribeiro
  • 30 de ago. de 2022
  • 2 min de leitura

Olá querido leitor. Você já se vingou de alguém? O ato de vingar-se de alguém por uma ofensa cometida ou dano sofrido é um dos mais antigos na nossa sociedade, o que há por detrás deste comportamento?

A vingança precisa de uma vítima e de um algoz. Um dos envolvidos precisa se perceber como uma vítima inocente acometida de um algoz violento, que escolhe suas presas sem parâmetros. Essa percepção é necessária para que a revolta contra o ato possa ter lugar dentro da pessoa. Em comunidades, por exemplo, vale a mesma regra: o jogo do nós, contra eles só funciona se “eles” forem “do mal” e, nós, “do bem”.

O segundo elemento é que a “vitima” não pode saber como se defender. Pessoas que sabem se defender dificilmente são vingativas. Compreender o comportamento do outro e ser capaz de empatia com as intenções é recurso fundamental para o perdão, já para a vingança a noção de comportamento aleatório.

Não saber como se defender é necessário porque se a defesa é impossível, só resta uma alternativa afim de livrar-se do mal ou “ensinar uma lição”: vingar-se. A vingança não é uma atitude que ocorre rapidamente. Se levo um soco e revido, isso é impulso, não vingança. O ato vingativo, como diz o ditado, é servido frio, pelo fato de que precisa ser elaborado dentro da pessoa.

O convencimento de ser vítima de um algoz, a necessidade de destruir este algo e de fazê-lo com o mesmo remédio aplicado, ou seja, a dor, - de alguma maneira – faz o palco da vingança. O problema é que ao pensar em vingar-se, a pessoa já não é mais vítima. Ora, se ela é capaz de infringir dano a alguém, é também, capaz de defender-se e de reconhecer o comportamento do outro.

É nesse momento que existe a necessidade de manter-se como vítima, mesmo sendo algoz. Essa sombria percepção, apenas se realiza após a vingança ter se completado. Não raro as pessoas sentem-se mal depois de levarem a cabo uma vingança: percebem sua força pessoal e, então, percebem: não sou vítima, posso me defender. Esta percepção destrói a ilusão criada e iguala a vítima ao algoz. Daí a culpa.

Quer se vingar? Pense de novo. Se você é capaz de vingar é capaz de aprender a se defender. Defenda seus princípios e deixe a culpa para outra pessoa. Perdoe.

Akim Neto – Psicólogo – Radio Evangelizar AM1060 / FM90.9

 
 
 

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