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22 - COM A PROXIMIDADE DE FINADOS, UMA REFLEXÃO: O MEDO DE PERDER

  • Fernando Mauro Ribeiro
  • 22 de out. de 2021
  • 2 min de leitura

Atualizado: 23 de out. de 2021

Meu querido leitor, você, muito provavelmente, já sentiu medo de perder algo ou alguém, não é mesmo? Esse sentimento sufocante, muitas vezes nos impede de buscar nossa felicidade. Mas, por que sentimos isso?. É importante compreender do que temos medo na perda. Este sentimento é muito comum, quando as pessoas precisam tomar decisões de mudança. Frente à percepção de que podem se arrepender, elas dão um passo para trás e paralisam a ação.

A possibilidade de arrependimento em geral, está ligada à falta de competência em lidar com a frustração, ou à falta de convicção sobre o que se quer. Arrepender-se é algo possível em uma escolha, porém, frear uma decisão por medo de sentir isso é inadequado visto que o mesmo arrependimento pode vir da falta de ação. Esse pensamento se resume na ideia de que não agir é uma ação.

Portanto, o medo do arrependimento deve ser tratado aprendendo a lidar com a sensação dolorosa de arrepender-se de algo. Arrependimento não é algo ruim no sentido moral do termo; não há nada de errado com este sentimento e, em geral, ele nos ensina muitas coisas. Não se arrepender significa, muitas vezes, perder um aprendizado.

Outro ponto é a falta de convicção. Quem sabe, de fato, o que deseja tem outro sentimento frente à perda: tristeza. Assim, trocar de cidade, de emprego ou mesmo encerrar uma relação amorosa pode ser uma situação que provoque tristeza na pessoa que toma a decisão. Ao efetuar a mudança, ela perde muitas coisas das quais gostava como convivência, ambiente, salários e até mesmo amigos.

Neste momento é que a convicção surge como a ferramenta fundamental, pois a sensação de escolha é ambígua: ao mesmo tempo que nos mostra a perda e aquilo que estamos buscando. É uma mistura de tristeza pelo que se foi e motivação para o que vem. A convicção é o que nos ajuda a organizar estas duas emoções nos fazendo ter um momento de repouso para chorar as perdas e logo em seguida, nos animar para buscar o que queremos.

Sem a convicção o arrependimento se torna muito perigoso porque podemos fazer juízos morais sobre nós, a partir dos resultados de nossas escolhas. Em outras palavras: se tudo der certo, vamos entender que fizemos uma boa escolha, porém, se a vida oferecer alguns reveses e problemas para serem solucionados, entendemos isso como uma escolha ruim.

Quem está convicto do que se deseja, sabe que contratempos podem aparecer – e em geral o fazem – e que julgar a decisão como boa ou ruim por causa deles, não é adequado. O arrependimento também é visto com outros olhos: o do aprendizado. Estar convicto não significa estar “certo”, mas sim, saber que, naquele momento, era aquilo que você entendeu como certo. Caso tenha se equivocado, a pessoa convicta aprende – e em geral nunca esquece. E então, pronto para dar o próximo passo ou ainda fica um medinho do arrependimento.

Psicólogo Akim Neto www.akimneto.com.br (Você pode mandar suas dúvidas ou comentário para akim@uol.com.br)

 
 
 

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