CADÊ A VERBA PARA A EXECUÇÃO DA OBRA NA ESTRADA DE CACHOEIRA?

Temos que ter muita paciência com os políticos ou o melhor a fazer é chutar o balde? Ouvi isso, outro dia numa conversa sobre a atual administração no município de Barão do Monte Alto. Conversa de bar, sempre rende. Não costumo me manifestar com a retórica de alguns, que gesticulam, faz comparações com administrações anteriores, mais parece um discurso. E sabe que às vezes, bem fundamentado. Outras vezes, puramente partidário. Por isso, é que precisamos ter paciência. Não somente com os políticos, mas também com os eleitores. E por que não com os não eleitores, com todos de modo geral?

Mas a verdade é que a política, na maioria das vezes, “dá nos nervos”, irrita, porque é feita de mentira, de promessas que dificilmente serão atendidas, outras que, sabe-se: nunca serão cumpridas; mas, a impressão que tenho é de que “Política é a arte de mentir”, quando sabemos que é a arte de bem governar, de estar a serviço do povo. Mas quase sempre, é: quem mente mais chega ao poder. Promessa é fundamental, principalmente em tempos de campanha eleitoral, prometer é preciso, cumprir o prometido é impreciso. Dizer mentiras é preciso, desdize-las, nem tanto. E de quatro em quatro anos, lá vem eles novamente, com suas falácias, promessas e ladainhas.

Voltemos à questão: “Ter paciência, ou chutar o balde”? Já ouvi dizer que cautela, paciência e caldo de galinha não fazem mal a ninguém. Também uma outra mais antiga se ecoa por aí: “Quem espera, sempre alcança”. Eu, particularmente, não tenho crido muito nisso. Acho até que: “quem espera, se desespera e, há muita gente se desesperando”. Mas, “chutar o balde”, depende muito das circunstâncias: Se o balde tiver cheio, pode causar uma série de transtorno: Uma contusão, uma fratura, o conteúdo se perder e por aí vai. Será então, que chutar o balde literalmente, é a saída?

Agora, que as coisas andam confusas por aqui, ah, isso andam! As redes sociais dão conta de que há muito ainda para se fazer, que o tempo urge, que no próximo ano haverá eleições municipais, que há obras da administração passada e ainda não concluídas, que o executivo diz que não há verba e, que sem verba o município não caminha e etecétera e tal. As interrogações são inúmeras, os questionamentos são muitos, as críticas vão além das redes sociais, estão presentes nas rodas sociais, no bate papo da esquina, nas conversas de bar. Aqui em Cachoeira Alegre, o que mais se comenta é o descaso com as estradas. Veja:

Nesse mês de outubro, completam-se dois anos que fora destinada uma verba ao nosso município, para se pavimentar um trecho da estrada Cachoeira x Muriaé, que compreende o trevo da Guarita até à Comunidade da União, no limite com Patrocínio do Muriaé, e essa obra não se inicia. Onde foi parar essa verba? Fora toda ela empregada na pavimentação da estrada Silveira Carvalho x Barão. E Cachoeira Alegre ficará a ver navios? Mais uma vez, seremos ignorados? Nosso povo contribui e merece respeito. Ou Cachoeira Alegre não faz parte do município?

Alguém vai em socorro do prefeito dizendo: “Essa obra será realizada ainda esse ano”! E o que se ouve são sonoras gargalhadas. Acrescenta em seguida um eleitor que diz não mais votar em ninguém: “Se nem a festa do cachoeirense deve realizar, como ele vai fazer a obra da estrada? Mas, em Barão teve o Micareme com um cachê altíssimo para a fanqueira Lexa; houve a festa da Vila, houve a quatro dias de festa no Distrito (Barão), certamente se fará a festa de 15 de novembro em Silveira Carvalho, mas da festa de Cachoeira, nem se fala.

Não faz sentido, se o próprio prefeito publicou que havia uma verba destinada a esse trecho da estrada; por que é que até então, nada se fez! Não estou falando nenhuma mentira, não fui só eu quem viu essa publicação, então, alguém me responda: onde está o dinheiro? Cadê a verba? Dizia um eleitor mais exaltado. Eu disse apenas que ele deveria procurar o vereador em quem ele votou para se obter tais respostas. Mas, devo lembrar que nosso distrito, nossa Cachoeira Alegre, tem cinco vereadores a nos representar na Câmara Legislativa e que ele não deveria ter dificuldades em esclarecer suas dúvidas.

Então, o que se conclui com isso é que, precisamos ter realmente muita paciência, e que chutar o balde ou o “pau da barraca” como também popularmente se diz por aqui, não é a atitude mais coerente. Deve-se antes, se questionar sim, e se informar de nossos representantes para que, sabedores então da realidade dos fatos, avaliemos a situação, julguemos o que pode ser melhor para a comunidade, e tomemos, cada um de nós, sua decisão. Mas que se aja com conhecimento de causa!

Fernando Mauro Ribeiro