A DÁDIVA DE SER CACHOEIRENSE, COM A BÊNÇÃO DE TODOS OS SANTOS
Fernando Mauro Ribeiro
1 de nov. de 2021
4 min de leitura
Olá, cara pálida! Não acessas o Portal Novo Tempo? Não lês os nossos artigos? Estás então desinformado em relação ao que rola realmente, em nossa Cachoeira Alegre? Não faça isso! O Novo Tempo é o jornal da nossa terra, ele é seu, é nosso, é de todos nós. Veja você, que mesmo sem uma programação oficial da Festa do Cachoeirense, que apesar da chuva torrencial que cai sobre a região, o cachoeirense se rende ao dia Primeiro de Novembro para celebrar o seu dia.
Ontem, eu escrevia em meu perfil: “Estou pensando em como o amor move as pessoas. Amo minha Cachoeira Alegre. É uma relação de carinho muito especial. Vibro com cada conquista de minha terra. Às vésperas do Dia do Cachoeirense, meu coração já está em festa. Aqui, no calçadão da Mário Ribeiro, há um grupo com um cavaquinho e um violão, fazendo música ao vivo e as pessoas cantando e batucando nas mesas.
No meu peito, batuca uma canção que fiz pra nossa terra, em parceria com Zé Olavo: “Cachoeira, como me alegras, só em saber que tu existes. Tu és pra mim, a alegria de um sorriso, o paraíso de um mundo que vivi. Quando nasci, como uma mãe, tu me acolheu, pra ser mais um, dos muitos ‘uns’ dos filhos seus. Por isso eu digo ó querida Cachoeira, que serás sempre a minha terra hospitaleira. Levei você no coração por onde andei; falei de ti pra muita gente. Eu falei do quanto amo o doce mundo onde vivi, e o quanto quero o lugar onde nasci. Tu és pra mim, a porta da Felicidade...” A música, na íntegra, consta do CD do artista, amigo e conterrâneo que nos deixou precocemente.
Para quem está fora, sente saudade da terrinha e deseja ter notícias dessas paragens, acesse o portalnovotempo.com.br. Em virtude da pandemia, não foi elaborada uma ampla programação para celebrar esse dia. Porém, alguns eventos ocorrerão como o show-baile no Jupter clube, com a dupla Paulo Júnior & Natan e encerrava dizendo: Salve Primeiro de Novembro. Viva o Dia do Cachoeirense”!
Da forma que ontem, encerrei, inicio hoje, essa matéria: Salve Primeiro de Novembro! Viva o Dia do Cachoeirense,! Porque foi mais ou menos isso o que ouvi bem cedo, quando ainda na cama ouvia o barulho da chuva. Por volta das cinco da matina, já se ouvia o barulho dos fogos, (a chuva cai lá fora...) aqui, se ouve os gritos de Viva Cachoeira Alegre ao longo das horas, (a chuva continua a cair...) Nos bares já há aglomerações, (esqueceram os protocolos de saúde...) ‘Hoje, pode. Afinal, é Dia do Cachoeirense’, diz uma jovem, com uma latinha de cerveja na mão.
A chuva diminui, os fogos se intensificam. Crianças espiam curiosas a montagem dos pula-pulas; ansiosas esperam o carrinho de pipocas e algodão doce. A chuva aumenta, os voluntários correm para guardar o material. ‘Será que a chuva não vai parar, não? Pergunta-me, com certa impaciência - quando passo pelo portão daqui de casa, um garotinho com a camisa do Flamengo que provavelmente, vivia expectativa do entretenimento.
Não, a chuva não parou.Mas os bares permaneciam cheios, de gente cheias de entusiasmo. Ao menor sinal de estio, a turma do ‘Vira Copos’ apanha o pandeiro e o atabaque e inicia seu batuque com gritos de: Viva Cachoeira! A chuva volta a cair impiedosa. Os amantes do álcool e de Cachoeira, guardam seus instrumentos.
Ouve-se o espocar de fogos aqui e ali. A chuva não dá trégua. O que fazer? Certamente, há muita gente se perguntando, mas não obtêm resposta. Da rua Padre Nonato me chega aos ouvidos um som doméstico, mas possante e, quebra aquele quase silêncio. O DJ, não se faz de rogado, e responde com o bom pagode de Raça Negra, Ferrugem, Dilsinho, Xande de Pilares, Zeca Pagodinho e outros bambas. O tão aguardado bolo vem para o calçadão, os carinhos de pipoca e algodão doce estão a produzir; entoa-se com entusiasmo redobrado o popular Parabéns pra você. Agora, com direito a bolo e guaraná, felizes, as crianças fazem uma algazarra.
É surreal descrever uma festa ao som de uma insistente chuva. Não falo de uma suposta festa. Mas, de uma festa real, que o cachoeirense faz para a sua terra. E para esse povo, independe de se a chuva vai estiar ou não. São 18:30 horas, a chuva se intensifica, os fogos também. Ô povo pra gostar de foguete! E o véu da noite cai. Não pense você que a cidade estará sem vida, pois, hoje é Dia do Cachoeirense!
Sabes que horas são? Pois eu te digo: são 21:20 horas. Os fogos e o pagode continuam. Agora, mais música que fogos. Mas, te enganas se achas que a chuva cessou. Não, a chuva não cessou. Há ainda gente nos bares, mas, desta feita, já decida que vão ao Jupter clube para curtir Paulo Júnior e Natan. Alguém me faz um convite insistente para que eu também vá.
Noutros tempos, convites eram desnecessários. Hoje, porém, com a taxa de ácido úrico elevada, o que dificulta meu caminhar, estou impedido de sair. Procurei um médico no sábado pela manhã, recebi os cuidados de um anjo bom que chegou na minha vida, estou em uso de medicamentos, quero crer que até amanhã eu esteja melhor, consiga ir à Missa louvar e agradecer ao Deus da vida, pela dádiva de ser CACHOEIRENSE.
Celebramos também em primeiro de novembro o Dia de Todos os Santos, lembrando a comunhão dos santos que professamos em nosso CREDO. Comunhão que desejamos participar um dia. Como é importante nos lembrar dos santos. Eles são como “janelas que mostram o céu”. Se a chuva permitir, quem sabe uma visita ao Cemitério amanhã? Tenho por hábito levar flores e fazer uma prece também nesse dia. De forma respeitosa e à luz da fé, muitos de nós homenageamos nossos entes queridos que já partiram deixando saudades em nossos corações.
Quantas vezes eu falei da chuva ao longo dessa matéria? Não sei! Mas, para encerrar, digo que ela, ainda continua a cair. Só que suavemente, sem barulho. E assim, como a chuva, sem alarde, fico por aqui entre fogos e o desejo de que todos tenham uma noite inesquecível, como inesquecível é todo o Dia do Cachoeirense. Com as bênçãos de Todos os Santos!
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