01: DIA DO TRABALHO: BRASIL SEM APARTHAID
- Fernando Mauro Ribeiro
- 1 de mai. de 2022
- 2 min de leitura
Atualizado: 20 de mai. de 2022
“Algo que nos orgulha como brasileiros é nossa capacidade de convivência com as diferenças. Ou nos orgulhava? Começam a aparecer com maior frequência manifestações de racismo e de desrespeito com as diferenças”.
Somos um povo trabalhador. Vivemos num território que, provavelmente, seja o mais pródigo em riquezas naturais do mundo. Temos todos os climas e biomas. Estamos construindo uma civilização caracterizada pela mescla de culturas e povos originários da Ásia, Europa e África, com os nativos deste território. Mas, mesmo com tantas riquezas naturais e humanas, nossa sociedade ainda sofre mazelas inaceitáveis.
Nada justifica a elevada concentração da riqueza, da propriedade dos bens e da renda, que beneficiam apenas os mais ricos. Isso revela que ainda temos um longo caminho a percorrer para alcançar a justa distribuição das riquezas e a consequente, democracia social e econômica.
No contexto político atual, de acirramento das diferenças sociais, o povo das periferias tem sofrido ataques de racismo e preconceito, reforçando inclusive uma ideia de segregação da região sul em relação ao norte do país. Mas, enquanto os poderosos costumam usar da força e da violência para garantir seus privilégios e extorquir a maioria da população, o que precisamos é de uma verdadeira revolução democrática e pacífica para assegurar que o Brasil seja de todos os brasileiros.
Isto as poderosas elites não toleram, mas não podem manifestar sua contrariedade abertamente, sob pena de cair a máscara. Há séculos as elites vêm aperfeiçoando sus técnicas em manter aparências par que o povo não saiba de suas reais intenções. Não raro, criam disputas artificiais para jogar o povo contra o povo.
A demagogia, o autoritarismo, os sorrisos forçados não satisfazem mais a um povo que sofreu muito com a falta de um olhar de respeito para com os pobres. Tudo isso mostra que a democracia é uma palavra imprevisível. Precisamos a aprender a conviver com ela, sem apartheid!
Rui Souza
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