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31 - LIBERTE-SE DO PECADO E VOLTE PARA DEUS

  • Fernando Mauro Ribeiro
  • 30 de ago.
  • 4 min de leitura

Deus criou o ser humano à sua imagem e semelhança, a fim de fazê-lo participar de sua vida, por uma profunda comunhão de amor e dessa forma, fazê-lo divinamente feliz. O autor do livro do Gênesis descreve esse projeto divino, dizendo que Deus colocou Adão e Eva no Paraíso Terrestre. Esse Paraíso seria exatamente a felicidade suprema gozada por eles, advinda da comunhão de amor com Deus. Era o Paraíso do coração.

 O projeto divino foi interrompido pelo ser humano. Adão e Eva, aceitando a tentação do maligno – representado por uma serpente – quiseram ser como “deuses”. Movidos pelo orgulho de se poder tornarem como deuses, desobedeceram às ordens divinas e, por isso, perderam a amizade e o amor de Deus e foram expulsos do Paraíso, que significou a perda da felicidade do coração.

    Percebemos aqui, a tentação do orgulho, o pecado da desobediência, a perda da amizade de Deus e a consequente infelicidade. Esse é um paradigma, um modelo, de todo pecado cometido por nós.

  Todo pecado, de toda espécie é sempre um ato de desobediência a Deus. Vendo o ser humano fragilizado, infeliz e desorientado na escolha entre o bem e o mal, Deus quis indicar-lhe o melhor caminho para a sua vida, por meio dos mandamentos, dos conselhos e orientações dadas por sua Palavra.

  Quando qualquer ser humano obedece fielmente a eles, procurando fazer o bem indicado e não realizar o mal apontado por Deus, ele não peca. Poderíamos percorrer uma imensa lista de pecados de toda espécie e confrontá-los com os mandamentos divinos para percebermos que todos são desobediências a Deus.

    Como em Adão e Eva, por detrás da desobediência a Deus, sempre há o orgulho. Todo ser humano, por causa do pecado original que afeta a todos, quer ser “dono de seu nariz”, quer ser como “um deus” que sabe tudo, que não precisa ser orientado por ninguém.

   Em última análise, que não precisa de Deus. E, por isso, desobedece, não segue o caminho apontado por Deus, faz até o oposto, e com isso acaba fazendo o mal, prejudicando-se a si mesmo, aos outros, e afastando-se mais e mais de Deus. Daí vem todos os males pessoais, familiares e sociais. Daí vem a infelicidade, que mais cedo ou mais tarde corrói o coração do pecador.

   O Papa João Paulo II chamou a atenção para isso: “Todo pecado ofende a Deus justo e santo”. Isto nos diz que o pecado não é apenas alguma coisa errada, repreensível, que alguém faça. Diz-nos que a malícia do pecado não existe apenas quando prejudicamos alguém, e essa pessoa percebendo o prejuízo reclama por justiça. A malícia do pecado está antes de tudo por ofender Deus. O mal que é feito em todo pecado, afeta sempre, de algum modo, quem o pratica e muitas vezes atinge outras pessoas. E é por isso que “ofende a Deus”.

  Mas por que todo pecado ofende a Deus? Porque Deus ama com amor divino, perfeito e incondicional a cada a pessoa. E porque ama, quer só o bem para ela. Um bom pai fica muito triste ao ver um filho se destruindo pela bebida, pela droga ou pela prostituição.

Assim, Deus fica magoado quando vê um filho, uma filha, se prejudicando de algum modo, pelos pecados cometidos. Mais. Deus fica duplamente triste e magoado quando o pecado é cometido contra outra pessoa, prejudicando-a. Porque é seu filho quem está ofendendo e prejudicando o próprio irmão.

    Qual é o pai que não se ressente ao ver um filho seu ofendido, prejudicado, maltratado?  Qual o pai que não fica duplamente triste e magoado ao ver que um filho seu está maltratando e ofendendo o próprio irmão? É o que ocorre quando o pecado é cometido contra outra pessoa.


1°: PECADOS DIRETOS CONTRA DEUS:

São aqueles cometidos diretamente contra Deus, como: negação obstinada da existência de Deus, blasfêmias contra Deus, negação persistente do culto devido a Deus e muitos outros. São os pecados contra os três primeiros mandamentos divinos.

2°: Pecados contra o próximo.

3°: Pecados contra a si mesmo.

4°: Pecados contra a criação (Ecológicos) Os três últimos tipos também são pecados contra Deus, de forma indireta, porque Ele é o Pai e criador de tudo.


GRAVIDADE DOS PECADOS:

Podemos dividir o pecado em duas categorias: veniais ou leves, e graves ou mortais. Os veniais são os pecados que desagradam a Deus, fazem mal aos que cometem, prejudicam ao próximo ou a criação de forma leve, não grave. Os graves ou mortais são os pecados que ofendem gravemente a Deus, fazem mal aos que os cometem e prejudicam o próximo ou a criação de forma grave. Esses são os chamados de mortais porque fazem morrer a vida sobrenatural, interrompendo o estado de graça e de amizade com Deus.

  Os pecados veniais não interrompem o estado de graça, não quebram a amizade com Deus, mas a prejudicam e a enfraquecem. Quando cometidos, deve-se pedir perdão. Numa amizade tão importante e privilegiada como esta, entre o Criador e a criatura humana, deveria ser natural evitar a mínima ofensa, pelos pecados veniais.

   Para que haja um pecado grave, mortal, devem-se cumprir três condições:

1 – Matéria grave, isto é, que o assunto do pecado, como matar, roubar, adulterar etc., seja uma ação muito importante, seja grave. Uma mentira pode se tornar um pecado grave, se gerar consequências muito graves.


2 – Pleno conhecimento, isto é, que o pecador tenha pleno conhecimento de que aquela ação se constitui uma ofensa grave a Deus, um pecado mortal.


3 – Pleno conhecimento, isto é, que o pecador realize aquele ato por vontade própria e decidida. É preciso que se cumpra esses três requisitos para que se haja um pecado mortal. Faltando um deles, aquele ato não se constitui num pecado mortal, mas num venial.

   O batizado que cair em pecado mortal consciente e consentido, tem a obrigação de procurar o mais depressa um sacerdote para fazer uma confissão muito bem preparada e com profundo arrependimento de ter ofendido gravemente a Deus e por se ter prejudicado profundamente, a fim de se reconciliar e voltar à amizade com Deus, bem como para voltar ao estado de graça santificante.

  A obrigação dessa confissão decorre do fato de que se o pecador morrer em estado de pecado mortal, com a amizade rompida com Deus, ele se condena para a vida infeliz para sempre, milhões de toneladas que se constitui “num inferno” de infelicidade.

Pe. Alírio José Pedrini

 
 
 

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