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29 –    VISITA AO FORTE, AO MUSEU, E À UMA EXPOSIÇÃO NO FORTE DE COPACABANA

  • Fernando Mauro Ribeiro
  • 29 de dez. de 2024
  • 6 min de leitura

O Rio de Janeiro continua lindo... disse o mestre Gilberto Gil em um de seus grandes sucessos ao ser “convidado” a deixar o Brasil, no período de chumbo. O artista voltou algum tempo depois, e a cidade continua linda, continua sendo... cidade maravilhosa. Depois de um giro pela Bahia – Porto Seguro, Santa Cruz de Cabrália, Arraial D’Ajuda, Trancoso – estou descortinando pontos turísticos do Rio. Maíza e eu, fomos visitar o Forte de Copacabana, depois, uma paradinha no Posto Seis em Copacabana, um peixe frito e um chope gelado. Afinal, o Rio é um caminhar pelo calçadão de Copacabana, um mergulho no mar, shows, cerveja, churrasco, batuque, teatro, cinema...

            Mas, faz algum tempo que a Zona Sul está em segundo plano. Ultimamente, a Barra da Tijuca, Jacarepaguá, Recreio e Barra Olímpica têm sido meus points. A Barra da Tijuca, Recreio e região é mais tranquila. Do próprio condomínio, tomo um ônibus que me leva até à Praia da Reserva, o New York Center Shopping, o Barra Shopping, Metropolitano, um banho de piscina no condomínio, um chope ‘triscando’ de gelado, nos barzinhos do shopping dentro do condomínio e a Santa Missa na Igreja-matriz São Marcelino, para agradecer a Deus as dádivas recebidas.


VISITAS AO FORTE DE COPACABANA, AO MUSEU DO EXÉRCITO E A EXPOSIÇÃO: O EXÉRCITO NA REPÚBLICA

            O Quartel Provisório do Forte de Copacabana: teve começo em 11-11-1918 e foi terminado a 20 de março de 1920. Cujo presidente da República era Epitácio Pessoa. Assim está escrito numa placa.

            O Museu Histórico do Exército – 1865 – “Todos nós passamos, o Brasil fica. Todos nós desaparecemos, o Brasil fica. O Brasil é eterno, e o Exército deve ser o guarda vigilante da eternidade do Brasil” Gustavo Barroso

A Exposição: A exposição abrange o período de 1889 a 1945 e aborda episódios marcantes que caracterizam a atuação do Exército como mantenedor da democracia.

           

O EXÉRCITO NA REPÚBLICA 1889 -1945. 

       Em 15 de novembro de 1889 O Marechal Deodoro, liderando forças militares do Exército, proclamou a República do Brasil. Nesse dia, os sonhos de liberdade e igualdade, que sempre estivam presentes no processo histórico, tornaram-se realidade e o povo começa a tomar consciência de seus direitos de cidadania. Surgida sem lutas, a República proclamada e consolidada pelo Exército, será por ele defendida durante o decorrer de nossa história.

           

FRAGMENTOS DA BANDEIRA NACIONAL BRASILEIRA

            Na exposição, se vê e fotografei: Fragmentos da Bandeira pertencentes aos Tenentes Siqueira Campos e Mário Carpenter, momentos antes da marcha heroica pela Avenida Atlântica em Copacabana. Os revoltosos dividiram a Bandeira Nacional em pedaços distribuídos entre os Oficiais e Praças do Forte que, vindos pelo mesmo ideal, não o abandonaram.

           

MISSÃO DO MUSEU DO EXÉRCITO E DO FORTE

            Preservar, salvaguardar e disseminar os valores, as tradições e a memória histórica do Exército Brasileiro.

           

MISSÃO DE FUTURO

            Ser um Museu de excelência reconhecido nacional e internacionalmente nas áreas de preservação, restauração e divulgação da cultura militar e possuidor de espaço cultural, amplo, moderno e seguro.

           

CAPELA NOSSA SENHORA DE COPACABANA

            Em 1914, o local era destinado para ser o Paiol de Espoletas dos canhões de 305mm do Forte de Copacabana. Réplica da imagem original existente no santuário da cidade de Copacabana – Bolívia, oferecida ao Forte pelo Colégio Militar de Aviação “General German Busch” das Forças Armadas Bolivianas. A imagem original da igrejinha, encontra-se hoje, na Paróquia N. S. de Copacabana, no Rio de Janeiro.


A IMAGEM QUE VI NA CAPELINHA FOI ABENÇOADA PELO PAPA FRANCISCO

            No dia 25 de julho de 2013, o Papa Francisco abençoou a imagem de Nossa Senhora de Copacabana existente na capelinha pertencente ao Forte de Copacabana, por ocasião da visita de Sua Santidade durante a 18ª Jornada Mundial da Juventude.

            PARA MIM, MUSEU É UMA HISTÓRIA VIVA

            Realmente é esse o conceito que tenho de Museu. Gosto de visitar esses locais, cada um com seu acervo nos entrega uma história da qual ele é guardião. E desse contato, abstrai-se um enorme aprendizado. A Exposição o Exército na República 1889 -1945, por exemplo, abordou temas fascinantes como a Força Expedicionária Brasileira e o Esquema do Serviço Postal da FEB, em um mapa, toda a trajetória percorrida até chegar ao destino Brasil-Itália e vice-versa.

           

O SERVIÇO DOS CORREIOS NA GUERRA

            Os serviços de Correios e a agência do Banco do Brasil localizada em Nápoles, funcionavam no atendimento aos soldados. Cartas, pacotes e telegramas eram enviados e recebidos pelo serviço postal da FEB. Os telegramas eram emitidos por meio das empresas norte-americanas Western e All American Cable e pela Rádio Internacional do Brasil, por um preço acessível. Já a correspondência normal poderia levar de oito dias a um mês para se entregue.

            Ao longo da permanência do efetivo brasileiro na Itália, mais de 1.300,000 cartas foram enviadas e recebidas. Os pracinhas enviaram ao Brasil mais de 75 mil telegramas e receberam mais de 170 mil. A média podia chegar a cerca de 7 mil cartas recebidas por dia. Mais de 2 mil pacotes foram recebidos e mais de 95 mil encomendas foram enviadas.

            Quanto aos jornais, podiam chegar à Itália com semanas de atrasos, e eram disputados pelos soldados, na certeza de que trariam lembranças do Brasil. Surgiram jornais não oficiais, editados artesanalmente e tipografados. Os próprios regimentos trataram de criar seus jornais, como era o caso de “O Sampaio” e do “Zé Carioca” voltados para a recreação e o bem-estar das tropas. O mais popular foi o “Cruzeiro do Sul”, que acabou por receber status de órgão oficial da FEB sendo impresso em uma gráfica em Florença.

            Os jornais publicavam cartas de parentes, boletins de serviços, textos escritos por soldados sobre a vida na guerra e até citações de combates, relatos oficiais de ações realizadas por soldados em campos de batalha.


FORÇA EXPEDICIONÁRIA BRASILEIRA: O BRASIL NA 2ª GUERRA MUNDIAL

            A FEB foi criada em 9 de agosto de 1943 e definida como instrumento militar destinado a desagravar ofensas feitas à nossa soberania e a cooperar com os aliados na missão de destruir o inimigo comum. Sob o comando do Marechal Mascarenhas de Moraes, à época, General de Divisão, o contingente de 25 mil Pracinhas, embarcou para a Itália em navios norte-americanos. Apesar das dificuldades, os soldados brasileiros entraram em ação, fazendo parte do 5º Exército Americano, atuando no Vale do Rio Pó. Tomaram Monte Castelo em 21 de fevereiro de 1945; venceram em Castelnuovo, em 5 de março; e participaram da tomada de Montese, em 14 de abril. Cumprida a missão, voltaram ao Brasil, deixando na Itália 443 companheiros mortos em combate, que tombaram lutando pelos ideais democráticos.         


O BRASIL ACLAMA SEUS HERÓIS, VIBRA A CIDADE COM A CHEGADA DE NOSSOS EXPEDICIONÁRIOS

            A viagem de volta foi muito mais curta do que a de ida pois não havia necessidade de trajeto sinuoso para evitar submarinos. Acho que durou uma semana, se não me engano. A alegria era total e generalizada antes de chegarmos. Total talvez não. Afinal, muitos companheiros, os que tinham perdido a vida em combate (...) não estavam agora ao nosso lado.

            O retorno nos mesmos navios “transporte de tropas’, que nos havia levado para a Europa, foi um espetáculo inesquecível. Ao entrarmos na Bahia de Guanabara fomos cercados por um grande número – talvez uma centena – de barcos pequenos e grandes, veleiros e lanchas. Aviões da FAB já vinham desde longe fazendo evoluções; passavam e voltavam a passar sobre nós. O Forte de Copacabana e todas as outras fortalezas próximas, com ruidosas e sucessivas salva de canhão nos faziam vibrar emocionados. De vez enquanto o navio respondia com um som grave e forte dos apitos.

            Uma pequena multidão já nos esperava no cais. Desembarcamos, pois devíamos desfilar. A duras penas conseguimos descer nos organizar em fila. O desfile pela Avenida Rio Branco nos fazia lembrar cenas de filmes americanos da época. Janelas e sacadas apinhadas de gente, gritarias, acenos, chuva de papel picado e serpentinas.

            (...) Uma enorme ansiedade para chegar em casa. Não preciso descrever a alegria de rever a todo mundo e vice-versa, de voltar a dormir no mesmo quarto, na mesma cama de antes da partida.

1º Tenente Med. Carlos Henrique Bessa

 

NO ATERRO DO FLAMENGO: MONUMENTO AOS PRACINHAS

            No dia 1º de janeiro de 1946, é extinta a Força Expedicionária Brasileira. Posteriormente, em 1960, os corpos dos soldados tombados na Itália, foram transladados do Cemitério na cidade de Pistóia para o Monumento Nacional aos Mortos da Segunda Guerra Mundial, no Rio de Janeiro. Ainda permanece naquele cemitério, o túmulo de um soldado desconhecido.

OBSERVAÇÃO: Noutra ocasião, em outra matéria volto a falar da visita ao Forte de Copacabana, o Museu do Exército e a Exposição ...

Fernando Mauro Ribeiro

 
 
 

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