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29 - DIA NACIONAL DA MATA ATLÂNTICA

  • Fernando Mauro Ribeiro
  • 29 de mai. de 2023
  • 3 min de leitura

Falar de Mata Atlântica envolve inúmeras questões relacionadas ao Meio Ambiente, como preservação dos nossos rios, represas, nossos mananciais, o feroz desmatamento, o uso irresponsável de agrotóxicos nas lavouras, extinção de áreas ambientais que deveriam ser preservadas, reciclagem de lixo, poluição de nosso ar que nos acarreta várias doenças respiratórias, de pele e tantos outras situações que por mais que sejam debatidas nos encontros do gênero, é vital que sejam tratadas, entendidas, assimiladas e assumidas nas nossas casas, nossa escola, na nossa rua, no nosso bairro, nossa cidade...

Ah, como eu gostaria de não estar falando disso. Mas como não falar? Como não denunciar esses crimes ecológicos tomam de assalto nosso habitat de forma tão agressiva ao ponto de ameaçar a vida no planeta Terra? Essas questões sempre me interessaram. Em 2016, fiz um Curso sobre Meio Ambiente e Sustentabilidade e obviamente, passei a me preocupar ainda mais e também a engajar-me em algumas atividades relacionadas, aqui em Muriaé. durante um ano e oito meses, mantivemos uma Coluna intitulada /// no Portal Novo Tempo, abordando sistematicamente estas questões, denunciando o uso indiscriminado de agrotóxicos, falando da coleta de lixo, da absurda poluição do Córrego Rico em Cachoeira Alegre, de desmatamento e outras questões.

Quem viu, em tempos áureos, o ribeirão denominado Córrego Rico, que divide ao meio nossa Comunidade, se lembra que havia nele fartura de peixes e muitos meninos daquele tempo se banhavam em suas águas. Hoje, o Córrego é apenas um fio de água suja, mal cheirosa, extremamente poluída pelos dejetos que são lançados no “pobre” Córrego que um dia, recebera o nome de Córrego Rico e, por muitos anos, ele fora de fato rico.

Fala-se muito em se conseguir verba para a canalização desse Córrego. Penso que, canalizá-lo não é o melhor para a população e que se teria dificuldades em se obter verba público para tal projeto. Ao passo que, se desenvolvermos um trabalho efetivo de conscientização nas escolas Municipal e Estadual, na Comunidade através da Paróquia, do Conselho de Desenvolvimento Comunitário e outros órgãos, com uma proposta de se reflorestar toda a margem do ribeirão, até a cabeceira, em sua nascente, lá para as bandas das propriedades dos Assis, se recolhermos todo o lixo nele depositado, com o propósito de não mais permitir que esse tipo de comportamento equivocado se repita; creiam todos vocês: teríamos nosso Córrego Rico de volta e totalmente limpo.

É evidente que isso demandaria um tempo, e que talvez alguns de nós não colheríamos desses frutos. Mas, com certeza, estaríamos deixando um belo legado para as futuras gerações. E se pensarmos em se traçar duas ruas paralelas às suas margens: uma à direita e outra à sua esquerda. O que se proporcionaria de lotes para a construção civil atenderia à demanda de tantos moradores, sem falar que poderíamos trafegar por essas vias, arborizadas, pavimentadas e sem o habitual mal cheiro que infesta as casas próximas.

Já conversei disso com algumas pessoas. Enquanto uns me acharam lunático, outros gostaram da ideia. E não pense você, caro leitor, que se trata de algo impossível, inviável ou coisa parecida. É bem verdade que se necessita de verba sim. Não sou nenhum irresponsável para dizer o contrário. Contudo, é preciso e é possível iniciar já tal projeto.

Para iniciá-lo, não precisa muito mais que a “boa vontade”, engajamento de todos, envolvimento de todas as classes. Digamos que primeiro, faríamos uma extensa coleta, retirando todo o lixo, depois viria o plantio de árvores, na sequência, a limpeza do entorno, a abertura das duas ruas às suas margens para melhor fiscalizar e executar o nosso projeto. O Córrego foi limpo recentemente por uma equipe da Prefeitura. Não sei se em toda a sua extensão. Porém, até onde vi, é incontestável o quanto mudou seu aspecto.

À coleta de recicláveis, se somaria oficinas, atividades ambientais, plantio e distribuição de mudas, caminhadas ecológicas, um abaixo-assinado com o intuito de se conseguir mais adeptos, um simbólico abraço ao Córrego, palestras sobre o meio ambiente, uma Santa Missa relembrando as Campanhas da Fraternidade que abordaram o tema “ecologia”, apresentações musicais priorizando o tema, e outras atividades culturais. Topas? Fale disso na sua escola, na sua casa, bairro, grupo de amigos, no racha de fim de semana com os amantes do futebol, nos bares da vida, na Igreja-matriz, na Câmara de Vereadores, onde quer que estejas. Proponha, forme um grupo e conte comigo!

Enquanto mantermos nossas mentes fechadas, enquanto acharmos tudo difícil e mantermos os nossos braços cruzados, os “lobos” do poder vão só ocupando os espaços e destruindo com suas ambições desmedidas. Quando a gente se der quer conta, talvez não tenhamos água potável para o nosso consumo. Veja algumas manchetes assustadoras que colhi numa página da internet. É bom que façamos algo, pois, é assim que agem os inescrupulosos políticos que nós elegemos.

Fernando M. Ribeiro

 
 
 

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