29 - A CORRUPÇÃO NA CLASSE POLÍTICA AINDA É, HOJE, UM FENÔMENO UNIVERSAL.
Fernando Mauro Ribeiro
29 de nov. de 2022
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O Tempo do Advento talvez seja, para mim, particularmente, um dos períodos que a Igreja celebra e, que mais gosto. Termina o período do Tempo Comum e se inicia um novo Ano Litúrgico para a Igreja. No calendário convencional, teremos ainda alguns dias de novembro e o mês de dezembro para se encerrar o ano de 2022. Mas, vejo como uma oportunidade que tenho para fazer um balanço do que foram os onze meses de 2022. Onde errei, onde acertei? Houve com certeza, erros e acertos. E é bom que tenhamos esse tempo para uma avaliação, para prepararmos a nossa casa interior para a chegada do Menino Deus.
Na política, não acredito muito no que está por vir. Torço, como torci e rezei pelo atual presidente. Minhas orações parecem ineficazes. Não creio num Novo Tempo. Gostaria muito que amanhã fosse “um novo dia”, que em cada palma da mão, cada palmo de chão tivesse sementes de justiça, que semeadas geraria felicidade, contudo, tenho dúvidas eternas quando o tema é o ser humano e a política.
As manifestações antidemocrática continuam por aí, bloqueando rodovias, causando transtornos, as redes sociais continuam sendo abastecidas de mentiras, com o objetivo que tornou-se comum, nos últimos anos: semear o ódio, dividir a população, propondo aos grandes continuarem a açoitar os pequenos... Olho, às vezes, pra terra e não consigo entender esse desejo louco pelo poder, pelo “ter” a qualquer custo, dificultando cada vez mais a luta dos seres mais vulneráveis para sobreviver.
Terminaram as eleições, se elegeram deputados estaduais, federais, governadores de estados, senadores e o presidente do país. O atual presidente que, mais parecia um papagaio de pirata, outras vezes, um “vulcão” a expelir fogo e fazer espalhar lavas incandescentes. Emudeceu-se, acovardou-se, refugiou-se, abandonou praticamente o seu cargo depois de ser derrotado nas eleições, ausentando-se do Palácio do Planalto.
Há quem diga, que está a traçar novos planos mirabolantes para manter o seu “gado” fiel em seu pasto-território, a preparar sua defesa e de “seus meninos”, os quais, muito terão que explicar à Justiça, nos próximos dias. Não sou eu quem estou a dizer isso. A justiça que ele não permite investigá-lo, nem os seus pupilos, já puxou um fio da meada e a sujeira começa a aparecer. Aquele que era contra a corrupção, montou sua quadrilha e aprontou como quis. Imaginava que seria eterno, que o silencio duraria para sempre, que estava blindado e que se perpetuaria como o denodado baluarte nacional que se dizia ser, ou como o “mito” como preferem seus eleitores.
Para quem diz que a eleição acabou, é bom que reveja sua posição, pois, para uma parcela da população, não! Essa turma, como que uns “abestados” está por aí a cantar o Hino Nacional Brasileiro para pneus. Empilham pneus, tocam fogo, se reúnem em círculo e cantam o Hino Nacional para os pneus que são consumidos pelo fogo.
“Os reis dominam as nações e se fazem chamar de benfeitores. Entre vós, quem governa, faça-o como quem serve”. (cf. Lucas 22. 26-26). Os responsáveis pelo governo, em qualquer nível, deveriam ser servidores da comunidade. Não receberam o poder público para usá-lo em benefício próprio, mas para o bem de seus concidadãos.
Dos que governam se exigem algumas virtudes, especialmente o autruísmo e a transparência. Infelizmente não é isso o que ocorre. A corrupção na classe política ainda é, hoje, um fenômeno universal. Peçamos a Jesus que veio “para servir e não para ser servido”, o milagre da conversão para os que atuam na carreira política.
Fernando Mauro Ribeiro
BOLSONARO ENFIM APARECE, PELA PRIMEIRA, VEZ, EM VINTE DIAS, NO PALÁCIO DO PLANALTO
O presidente Jair Bolsonaro foi ontem ao Palácio do Planalto pela primeira vez em 20 dias. A última ocasião em que Bolsonaro esteve na sede da Presidência, foi no dia 3, para um rápido encontro com o vice-presidente eleito Geraldo Alckmim. Ele permaneceu lá por cerca de cinco horas. Desde que foi derrotado na eleição presidencial, no dia 30 de outubro, essa foi a terceira vez que Bolsonaro esteve no Planalto.
“É questão de saúde. Está com uma ferida na perna, erisipela. Não pode vestir calça. Não pode vestir calça, como é que ele vai vir para cá de bermuda? – afirmou o vice-presidente Hamilton Mourão no dia 16. A presidência, no entanto, não se pronunciou oficialmente sobre o assunto.
PAI SE REVOLTA COM BLOQUEIO NA RODOVIA
Manifestantes não liberam a passagem de menino que ia fazer cirurgia no olho: ‘aqui não passa. Que fique cego’, disse um manifestante. Um vídeo mostra a aflição de um motorista que tentava passar por um ponto bloqueado por manifestantes golpistas, na BR 163, em Sorriso (MT), na noite de segunda feira, para levar o filho de 9 anos para uma cirurgia oftalmológica em Cuiabá.
Eder Rodrigues Boas Sorte é morador de Sorriso e conseguiu a cirurgia para o filho Gabriel após uma batalha judicial e ajuda de todos os lados. Ele disse que sabia dos protestos mas imaginava que estivessem parando apenas caminhoneiros: Mostrei os documentos da cirurgia, não quiseram saber, e um deles puxou um facão.
Me exaltei quando disse que meu filho poderia perder o globo ocular e um deles falo: “Que fique cego”. Vejam até onde a “cegueira” o ódio, a paixão política, o desrespeito estabelecido por esses manifestantes golpistas estão chegando.
Impedido de seguir, Eder e a família pegou um trecho alternativo em meio a uma lavoura até sair do outro lado do bloqueio.
Na segunda feira foram incendiados um caminhão tanque e uma carreta com carga de milho, na BR – 163
MORAES MULTA E MANDA INVESTIGAR COLIGAÇÃO
O presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, multou os partidos da Coligação do presidente Jair Bolsonaro (PL), em R$ 22,9 milhões pelo relatório de auditoria em que o PL, sem indicar provas de fraude, pede a anulação de votos do segundo turno das eleições de outubro.
Moraes rejeitou o pedido de verificação extraordinária do resultado das eleições de 2022 e definiu a multa por identificar , na conduta dos partidos, “litigância de má-fé” – quando alguém aciona a Justiça com má intenção ou deslealdade, para causar tumulto.
Na decisão, Moraes também determina o bloqueio e a suspensão dos repasses do Fundo Partidário às siglas até que a multa seja quitada.
No despacho, Moraes cita, o ‘possível cometimento de crimes comuns e eleitorais com a finalidade de tumultuar o próprio regime democrático’.
“A total má fé da requerente em seu exdruxulo e ilícito pedido, ostensivamente atentatório ao Estado Democrático de Direito e realizado com a finalidade de incentivar movimentos criminosos e antidemocráticos, ficou comprovada, tanto pela negativa em aditar-se a petição inicial, tanto como pela total ausência de quaisquer indícios de irregularidades”, diz Moraes.
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