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28 – NO MINEIRÃO, EM BH, MURIAÉ, CACHOEIRA ALEGRE... A SOLENIDADE DE CORPUS CRISTI

  • Fernando Mauro Ribeiro
  • há 11 horas
  • 4 min de leitura

"Na hóstia consagrada está presente o próprio Cristo, em corpo, sangue, alma e divindade".

    É, na minha opinião, uma das solenidades mais belas da Igreja Católica. As ruas das cidades se enfeitam com enormes tapetes confeccionados de flores, serragens e outros materiais que se estendem ao longo das ruas e avenidas, por onde o sacerdote conduz, no ostensório, o Corpo de Jesus, do latim: Corpus Christi -  É o dia em que Jesus marca um encontro com seu povo, dia em que Ele passeia, caminha pelas ruas da cidade, abençoando sua gente.

É um tanto nostálgica essas minhas lembranças, mas como não as trazer à tona? 

Desde a infância, depois a adolescência e posteriormente, a juventude me reunia com toda aquela gente nas manhãs frias de maio ou junho, para realizar o trabalho de limpeza e ornamentação das ruas, enquanto minha mãe caprichava com as alvas toalhas rendadas e florzinhas mimosas para o altar da celebração.

        As meninas, crianças vestidas de anjos com suas vestimentas coloridas acompanhavam todo o cortejo, meninos-coroinhas acionavam as sinetas, anunciando que Jesus estaca ali, diante de nossos olhos, enquanto a Banda de Música alternava com os fiéis, entoando os mais belos hinos Eucarísticos, os sinos repicavam na torre marcantemente elevada de nossa Igreja-matriz São Sebastião. Pequenas paradas para diante dos altares, ministrar a Bênção do Santíssimo, a fumaça do incenso a sair do turíbulo para se espalhar pelos ares...

        À noite, estávamos diante da TV, para assistir no Jornal Nacional, Cid Moreira trazer em síntese, com o colorido das imagens geradas pela emissora os lindos tapetes das cidades históricas de Minas com seu casario de arquitetura arrojada com suas toalhas de linho e jarros de flores nas sacadas.

        Infelizmente, estamos perdendo aos poucos essa riqueza, essa tradição. Mas ainda se vê, pessoas abnegadas se debruçarem sobre o solo, na madrugada fria que antecede a solenidade, para proporcionar essa beleza rara, essas felizes lembranças que o tempo vem se encarregando de apagar.

        Esse ano, participei da grande festa em Belo Horizonte, evento que reuniu mais de 30 mil fiéis no Estádio Magalhães Pinto, o Mineirão.


Por volta de meio dia e meia já era grande a concentração de fiéis que adentravam os portões do Estádio do Mineirão.

Oito emissoras de TV, como Canção Nova, TV Aparecida, TV Século XXI, TV Anhanguera, Rede Vida e outras transmitiram a Solenidade.

A fumaça do incenso subia até as arquibancadas, inebriando a multidão de fiéis, quando o Grande Coral entoou o cântico de Entrada.

Um Grupo de Dança, com 180 componentes fez uma bela apresentação no gramado do estádio.

O cantor, compositor e instrumentista Marcos Viana em apresentação impecável, exibiu seu vasto repertório entre eles “Sagrado Coração da Terra” tema de abertura da Novela Pantanal da rede Globo.

Como é belo fazer ecoar pelas arquibancadas de todo o Estádio o Hino de Louvor: “Glória a Deus na Imensidão e paz na terra...”

 280 sacerdotes, 220 diáconos, 186 seminaristas na Festa de Corpus Christi.


A estimativa é de que 40 mil pessoas estiveram no Estádio para celebrar a Festa do Corpo de Cristo.

Hoje, no Estádio Magalhães Pinto, o jogo de uma torcida única: A Torcida de Deus.


Quase 300 Paróquias, presentes no Grande Encontro.

Às exatas 17:30 horas o Arcebispo da Arquidiocese que presidira a solenidade, deu início à celebração.


Com as lanternas de seus celulares acesas, o povo de Deus iluminou o Mineirão numa noite inesquecível.

O cantor Alisson Portes interpretou canções de: Jota Quest, Roberto Carlos, Raul Seixas, Legião Urbana, Verônica Sabino, Emilio Santiago e outros,

O evento se encerrou com uma solene Procissão com o Santíssimo Sacramento que percorrera toda a extensão do Estádio;

“A Ele a glória, a Ele o louvor, a Ele o domínio Ele é o Senhor”!

Em Muriaé, a Paróquia São Paulo inovou ao promover uma campanha em que se arrecadou material de higiene, (sabonetes, creme dental, escovas de dente, papel higiênico) cobertores, agasalhos e outro itens, com os quais foram confeccionados os tapetes exibindo um cenário diferente dos padrões, mas atrativo aos nossos olhos e, todo esse material foi doado para entidades beneficentes de nossa cidade, como Casa de Repouso, convida e outras. Tal iniciativa repercutiu bastante e foi notícia no G1.

Fernando Mauro Ribeiro


VEJAMOS A ORIGEM DA SOLENIDADE DE CORPUS CHRISTI

A festa de Corpus Christi originou-se a partir das visões da Irmã Juliana de Mont Cornilon, agostiniana, nascida em Liége, na Bélgica, em 1193. Com apenas 17 anos de idade começou a ter visões, nas quais Jesus pedia uma festa anual para agradecer o Sacramento da Eucaristia.

       Em 1231, aos 38 anos, Ir. Juliana, confidenciou esse segredo ao Cônego Tiago Pantaleão. Em 1261 ele foi eleito Papa e adotou o nome de Urbano IV. Antes de sua morte, escreveu a Bula Tansiturus, em 1264, instituindo a Festa de Corpus Christi, para ser celebrada na quinta-feira após a Festa da Santíssima Trindade.

       A quinta-feira foi escolhida porque a Eucaristia foi celebrada por Jesus neste dia, na véspera da sua Paixão, na sexta-feira. O decreto de Urbano IV teve pouca repercussão devido à sua morte, mas algumas Igrejas adotaram a festa, como a Diocese de Colônia, na Alemanha.

        Porém, Corpus Christi tornou-se uma festa universal 50 anos depois, quando o Papa Clemente confirmou a Bula de Urbano IV nas Constituições Clementinas do Corpus Júri, tornando a Festa da Eucaristia um dever canônico mundial.

       Antes de tudo isso acontecer, no século XI, surgiram questionamentos sobre a presença real de Cristo na hóstia consagrada e o povo cristão reagiu intensificando as formas de devoção e adoração. As devoções eram centralizadas nas relíquias dos santos e, para atrair a devoção para a pessoa de jesus, a Igreja favoreceu-se desta Festa.

       Assim, os ostensórios com a hóstia consagrada, considerada como uma “relíquia” de Jesus, substituíram os relicários e foram apresentadas ao povo para adoração. A Bíblia não apresenta a Eucaristia como um mero “símbolo” do corpo de Cristo. Na Hóstia Consagrada está presente o próprio Cristo, em corpo, sangue, alma e divindade.

       Olhar para Jesus no Sacramento do Altar nos dá a consciência de que somos amados por Deus e passamos a reconhecer os sinais desse amor em nossa vida.

Pe. Reginaldo Manzotti

 
 
 

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