28 - MISSA EM AÇÃO DE GRAÇAS NA CAPELA DO HOSPITAL

A pequenina e acolhedora Capela consagrada a Nossa Senhora das Dores, belamente decorada, recebeu os fiéis nessa manhã de sexta-feira (28 de maio de 2022) para a celebração da Santa Missa em ação de graças pelos 95 anos do Hospital São Paulo. Em seu interior, os bancos foram tomados – 33 pessoas – nos jardins e pátio, visitantes e funcionários se reuniram para, junto com o celebrante Padre Fernando, louvar e agradecer a Deus pelas bênçãos recebidas ao longo desses 96 anos de fundação.

Em sua homilia, o Cura lembrou das dificuldades pelas quais passaram a Instituição, desde seu surgimento em 1927 até os dias de hoje, passando pela luta travada contra o corona vírus. “Hospital não é mole não. Quem trabalha aqui sabe. Tanto médicos, quanto enfermeiros, pessoal da limpeza, da cozinha que cuida da alimentação, pessoal da administração, meus Deus, quanto trabalho! Então são 95 anos de ação de graças, glória a Deus!

Foi assim também com Jesus: Trinta e três anos, morreu, ressuscitou e voltou para o Pai. Uma coisa interessante, se você olhar na literatura católica cristã, desde a morte e ressurreição de Jesus, você não vai ver uma palavrinha se quer, uma única palavra, registrando que alguém tivesse saudade de Jesus de Nazaré. Aqui, Jesus está se despedindo, as leituras do Evangelho de João, nesses últimos dias, nos diz que o Mestre está se despedindo, porque no próximo domingo já celebraremos a Ascenção, é quando Jesus volta para o Pai.

Pois bem, eu digo que você nunca viu, em nenhum momento, um místico, um santo, um teólogo escrever sobre saudade de Jesus. Sabem por que? Porque, os cristãos, tiveram sempre, sempre, muito forte em seu coração, uma coisa: “O Senhor esteja convosco”. E onde é que Ele está? “Ele está no meio de nós”, respondemos. E o padre diz: “Vamos repetir”? “Ele está no meio de nós”! repete a assembleia. “Que coisa maravilhosa”!, acrescenta ele. Caminha com a gente. Caminha no meio de nós! Voltou para o Pai, mas não abandonou os seus. Ele está conosco na sua humanidade, na sua divindade, na sua presença amiga, nos amparando, socorrendo, carregando e a grande promessa que nos faz: “Vou enviar para vocês, o Defensor”! E enviou o Divino Espírito Santo, que ilumina a nossa mente e o nosso coração, diante das trevas dessa vidas. “Quem nunca enfrentou trevas nessa vida? Quando estamos nas trevas, meu Deus! Uma velinha acesa é de grande valia. Quando estamos na pior, o Divino Espírito Santo vem em nosso socorro, seja com uma palavra que ouvimos, um gesto de alguém que nos ajuda a clarear a situação.

São, portanto, 95 anos de bênçãos, mas de muito trabalho, principalmente de médicos e enfermeiros, cuidando dos enfermos. Eu tenho muitos parentes, sobrinhos, que nasceram aqui. Quanta gente bonita, vejo por aqui, tenho muito carinho por essa casa. Quero, daqui há cinco anos, estar de volta, para celebrar os cem anos dessa instituição. Um centenário, que festa bonita, com certeza! Amém? Assim encerrou sua homilia o Revmo. Padre Fernando”.

Fernando Mauro Ribeiro