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28 - ENCERRAMENTO DO TRÍDUO NA ERMIDA DA VIRGEM DO PERPÉTUO SOCORRO

  • Fernando Mauro Ribeiro
  • 28 de jun. de 2024
  • 4 min de leitura

Atualizado: 8 de jul. de 2024

Foram três dias de orações e louvores. Foi uma festa linda. O pátio e a Capela ornados em tons azul e vermelho – as cores das vestes da virgem do Perpétuo Socorro - com vasos de flores, fogos, os cânticos, orações, a reza do Santo Terço Mariano... tudo isso para celebrar Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, pois, a Igreja, sempre no exercício de sua missão evangelizadora, nunca deixou de exercer a tarefa de mãe e mestra, orientando os seus membros através da catequese e da liturgia para uma reta e frutuosa veneração dos santos. Um dos santos mais venerados pela comunidade cristã é Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, a bendita entre todas as mulheres.

         Maria, no decorrer dos séculos, foi retratada de vários modos, recebeu muitos títulos e por todos os povos foi reconhecida como rainha, pois no seu ventre foi gerado o Rei do Universo, Jesus Cristo, o nosso Redentor. A existência de Maria encontra todo o seu sentido Nele, que veio ao mundo para revelar a vontade do Pai criador a toda a humanidade necessitada de salvação. As imagens antigas da Virgem de Nazaré a retratam com uma coroa sobre a cabeça ou um diadema que colocam em evidência a realeza daquela que se fez pequena, para que Deus, por meio dela, viesse ao encontro da sua criação.



ORIGEM E HISTÓRIA

         Segundo uma tradição, o quadro de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro foi pintado no fim do século XII, inspirado em outra pintura, atribuída a São Lucas Evangelista. A primeira notícia concreta que temos do quadro, remonta a 1496, quando ele era venerado na Ilha de Creta, no Mar Mediterrâneo.

         Naquele ano, o quadro foi furtado por um ambicioso negociante que queria vende-lo e para isto o levou para Roma. Chegando à cidade dos Papas. O comerciante adoeceu gravemente e ficou à beira da morte. Arrependido de seu pecado, ele confessou a um amigo o seu furto e o pediu que entregasse o quadro a uma igreja de Roma, para que recebesse o culto merecido.

         Depois de muitas delongas, o pedido do moribundo foi atendido no ano de 1499, quando o quadro foi levado em procissão para a Igreja de São Mateus, dos Padres agostinianos, situados na Via Merulana. Durante três séculos, os fiéis acorreram em tão grande número, que, ela se tornou uma das igrejas mais visitadas de Roma. A fama dos milagres operados pela virgem do Perpétuo Socorro atraiu devotos de todos os cantos da Itália.

         No ano de 1798 as tropas de Napoleão Bonaparte invadiram Roma, exilaram o Papa Pio VI e, sobre pretexto de fortalecer as defesas da cidade, destruíram 30 igrejas, dentre elas a de São Mateus. Nessa ocasião o milagroso quadro foi salvo por um sacerdote que levou-o para uma capela privada do convento dos agostinianos de Santa Maria in Posterula.

         Em meados do século XIX, a Congregação dos Padres Redentoristas foi convidada pelo Bem-aventurado Pio IX a instalar em Roma sua Casa Generalícia. Para essa finalidade conseguiram um terreno na Via Merulana, justamente no local onde existira a Igreja de São Mateus. Ali construíram um convento e uma igreja de santo Afonso.

         Não tardou a descobrir que a nova igreja tinha sido construída exatamente onde existira outrora a igreja de São Mateus dos Padres Agostinianos, na qual era venerada a pintura de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.

         Os Redentoristas então solicitaram ao Santo Padre que lhes fosse confiada a guarda do milagroso quadro, a fim de expô-lo publicamente no local original. O Papa consentiu no pedido e deus aos filhos de Santo Afonso de Ligório a missão de difundir a devoção à Nossa Senhora do Perpetuo Socorro: “Fazei com que ela seja conhecida no mundo inteiro”!

         O quadro foi levado em procissão pelas ruas de Roma, acompanhado por 20.000 (vinte mil) pessoas até à Igreja de Santo Afonso. A mãe do Perpétuo Socorro manifestou sua bondade e seu poder já nesse dia, por meio de alguns milagres. “Querida Mãe, cure o meu filho ou leve-o para o Céu”! Implorou da janela de sua casa, uma angustiada mãe, erguendo nos braços seu filho moribundo enquanto passava o quadro. Logo o menino ficou curado.

Pouco depois outra mãe pediu para curar a sua filha atingida por uma paralisia total. Imediatamente a menina ganhou forças nas pernas, porém, não o suficiente, para começar a andar. Mãe e filha foram no dia seguinte à igreja de Santo Afonso e suplicaram; “Ó Maria, terminai o que começastes” E a menina saiu de lá, completamente curada.

         Iniciou-se, assim, uma nova fase na história da sagrada pintura da Virgem Santíssima. Até hoje ela acolhe maternalmente seus filhos e filhas no santuário de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, na cidade de Roma. E, graças ao zelo dos padres redentoristas, milhares de Igrejas em sua honra foram edificadas em diversas partes do mundo e, aqui, em Cachoeira Alegre, temos essa pequenina ermida, onde nos reunimos para celebrar esse Tríduo e comemorar hoje, o Dia da Virgem do Perpétuo Socorro.

Viva Nossa Senhora do Perpétuo Socorro!

Fernando Mauro Ribeiro


 
 
 

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