O Dia do Soldado Desconhecido é celebrado no dia 28 de novembro. Esta data tem como propósito de honrar a memória dos soldados que perderam as suas vidas lutando pelas suas pátrias, mas cujos corpos não foram identificados. Na ocorrência de uma guerra, é comum que alguns soldados que morrem em combate não sejam transportados para a sua terra natal para que seja organizado um funeral.
Desta forma, muitos países prestam homenagem a estes heróis anônimos através da construção de monumentos, que são muitas vezes conhecidos como "Túmulo do Soldado Desconhecido". Muitos desses monumentos são simbólicos, porém alguns guardam os restos mortais de alguns desses soldados.
A origem deste tipo de homenagem aconteceu no Reino Unido, quando em 1920 um guerreiro incógnito que faleceu combatendo durante a Primeira Guerra Mundial foi enterrado na Abadia de Westminster. Esta cerimônia teve como objetivo dignificar todos os soldados que deram a sua vida pelo Império Britânico.
No Brasil, o Monumento Nacional aos Mortos da Segunda Guerra Mundial, que se encontra no Rio de Janeiro, foi inaugurado em Junho de 1960. Este monumento contém uma urna com restos mortais de soldados não identificados, que simboliza o Soldado Desconhecido.
BEM QUE EU ME LEMBRO, DA GENTE SENTADO ALI, NA GRAMA DO ATERRO SOB O SOL...
Algumas vezes, estive em visita a este local que, fica no Aterro do Flamengo, no extenso gramado do Parque do Flamengo, próximo da orla da Praia de mesmo nome, onde se podia ver o iate Lady Laura do cantor Roberto Carlos, onde está situado o MAM, Museu de Arte Moderna do Rio, um espaço belíssimo que vale a pena uma visita. Uma caminhada um pouquinho maior, nos leva ao Aeroporto Santos Dumont.
Não raras vezes, estive nesse local. Primeiro por se tratar de um lugar bastante aprazível com o fantástico projeto de Oscar Niemayer e o exuberante Jardim de Burle Max, também pela localização, praia e uma extensão de coqueiros ornamentais, árvores e pequenos arbustos que colorem de verde a paisagem ameaçada pelos tons de cinza que o concreto impõe às grandes cidades.
No finzinho da década de 1970, foi quando pela primeira vez, visitei o monumento, conversei com o soldado que faz a guarda, comprei alguns postais onde fiz os meus registros – creio que estejam ainda na minha coleção de cartões postais - descer ao subsolo e estar em contato com a história, é bastante interessante, mas é também triste e meio que desolador: Se ali prestamos homenagem, aos nossos heróis anônimos – os soldados que morreram em combate - e, que em alguns casos, os corpos não foram encontrados, ou não foram identificados, causa-me enorme estranheza ao imaginar a dor da saudade que se instala no seio dessas famílias, o coração dilacerado de tantas mães.
Voltei, outras vezes lá. A última visita, foi quando retornava de uma viagem à Europa, o navio atracou no Porto Maravilha no Rio, permanecendo uma noite e um dia no Rio de Janeiro, possibilitando-nos alguns passeios. Assim, atendendo à solicitação dos amigos de viagem, fui com eles ao Aterro do Flamengo, onde visitamos o belo Monumento, que marca a paisagem por sua envergadura e modernidade – não quiseram descer ao subsolo onde estão os túmulos – Teatro Municipal; a tradicionalíssima Confeitaria Colombo; uma pausa nas castanheiras da Praia do Leme e depois um shop, num quiosque, no Posto 6, em Copacabana. À tardezinha retornamos ao navio, que seguiu para o litoral de São Paulo, quando desembarcamos no Porto de Santos.
Acho mais que justo, que se tenha iniciativas desse tipo. Nossos heróis precisam ser lembrados, pois é dessa forma que se escreve a história de um povo, de um país. Apesar de certa estranheza, como mencionei, não é um lugar sinistro, nem assustador e, quem tiver oportunidade de fazer uma visita, deve fazê-la.
Comments