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28 -  BELÍSSIMO PASSEIO NA ZONA RURAL DE GRAMADO E O TOUR RAÍZES COLONIAIS

  • Fernando Mauro Ribeiro
  • 28 de nov. de 2023
  • 4 min de leitura

Belíssimo Passeio na Zona Rural de Gramado. O tour Raízes Coloniais é um passeio por uma Gramado pouco conhecida da maioria dos turistas. A Zona Rural de Gramado é uma das regiões mais lindas do município e com enorme valor, pois é nessa região onde acontece o passeio, que Gramado teve a sua origem, tornando-se município anos depois. O passeio nos proporcionou um delicioso Café Colonial.

Pois bem, foi aqui que teve origem a cidade de Gramado, onde havia prefeitura e um bom comércio. Depois que se emancipou, o município cresceu, surgiu o centro urbano de Gramado e essa região tornou-se rural e o grande barato, hoje, é visitar as fazendas, conversar com seus proprietários, conhecer mais da história, apreciar a culinária local no Café Della Nonna – Família Foss.

O verdadeiro Café na Colônia de Gramado. Uma experiência única que une as raízes italianas, a boa acolhida, a gastronomia e a música típica.

Vou tentar narrar pelo menos em parte o que foram essas visitas do Projeto Gramado Rural – Raízes Coloniais:

Visita a um Museu Rural; Café Della Nonna; Plantação, Produção, Industrialização, Comercialização e Degustação da Erva-mate, o chimarrão. Visita a propriedades de algumas famílias tradicionais, suas histórias, suas tradições, provar dos sabores da gastronomia italiana, a Nonna ensinando as danças, os passos da Tarantela e da Polenta ao som da sanfona.

a guia disse-nos que um abraço na árvore – um Carvalho centenário – promete renovar as energias. Uma folha da árvore colocada na carteira promete prosperidade financeira. Já apanhei a folha e cumpri o ritual; vamos ver se no final do passeio vai haver mais dinheiro em minha carteira.


MUSEU NELSON FOREZE

Há em Bento Gonçalves o Museu do Imigrante, bastante conhecido e recebe muitas visitas. Mas visitando o Museu Nelson Foreze na Zona Rural de Bento Gonçalves fomos recebidos pelo seu fundador que nos contou uma breve história e abriu as portas à nossa visitação. Há uma infinidade de peças em seu acervo. É na verdade, um galpão, onde ele expõe as suas peças. Uma bela iniciativa.

 

UMA AULA SOBRE O CHIMARRÃO - A ERVA MATE

  Com um ramo na mão, o senhor... nos apresentava a erva mate, falava de como cultivá-la, poda, colheita das folhas e o processo de industrialização como secagem das folhas e foi com enorme gosto que nos conduziu ao segundo pavimento e nos mostrou o processo de beneficiamento ligando as máquinas numa demonstração clara de quem ama o que faz. depois de nos falar de todo esse processo, dos benefícios que a erva nos confere, convidou-nos a todos para ir à sua “lojinha” onde compramos alguns de seus produtos industrializados e nos presenteou com uma cuia de chimarrão preparado na hora. Não foi a primeira vez que provei, mas foi a primeira vez que senti o gosto meio amargo, mas saboroso da erva. Gostei!

 

OS INCAS JÁ USAVAM A ERVA MATE

 A erva mate ocorre em regiões subtropicais e temperadas da América do Sul. Atinge além do Brasil, os países: Argentina, Uruguai, Paraguai, Colômbia, Bolívia, Peru e Equador. No estado do Rio Grande do Sul, a erva mate está dispersa pelo planalto meridional. A erva mate é uma arvoreta ou árvore do planalto; ocorre principalmente nas submatas de Canela muito frequente na região dos “ervais”, ocorre principalmente nas submatas de Canela, em solos úmidos, compactos e pouco inclinados, onde por vezes se torna bastante abundantes. Sempre está associado aos pinheiros-do-Paraná e às canelas.

  o uso desta planta como bebida tônica e estimulante já era conhecido pelos aborígenes antigos da América do Sul. Em túmulos precolombianos escavados e abertos no Peru, foram encontradas folhas de erva mate ao lado de alimentos e objetos, o que sem dúvida prova o seu uso entre os Incas.

O nome “mate” vem da palavra quéchua “mati” que significa cuia, cabeça. O uso da cuia e da bomba com que se toma essa erva em infusão ainda hoje é largamente usado. É o apreciado chimarrão.

o aborígene brasileiro chamava a erva-mate de “caá” (erva) cujas folhas empregava para prevenir doenças e fadiga. Na guerra e em marchas forçadas, tomavam-se a infusão de suas folhas para manterem-se fortes e dispostos durante muito tempo em que não podiam tomar alimentos sólidos.

 foram os jesuítas espanhóis que espalharam o uso da erva entre os civilizados, inventaram sua industrialização e comercialização e resolveram o problema germinativo da semente. A exploração do mate no Brasil se dá ao fechamento dos portos do Paraguai pelo ditador Frância, que levou os países vizinhos a procurá-la no Brasil, onde foi desde então (primeira metade do século 19) explorado até hoje no sul do Mato Grosso, no oeste e sul do Paraná, norte de Santa Catarina e norte do Rio Grande do Sul.


AS PRINCIPAIS PROPRIEDADES DO MATE, SÃO:

Estimulante: como tal age beneficamente sobre nervos e músculos.

Diurético: Favorece a diurese sendo também de grande proveito nas moléstias da bexiga.

Estomáquico: Facilita as digestões e suavisa os embaraços gástricos.

Sudoríficos: É benéfico nas constipações e resfriados.

A cafeína que contém atua em casos de cólicas renais, neurastenia, depressões nervosas e fadigas cerebrais em geral.

Facilita o trabalho intelectual em uso interno e externo (cataplasmas) curou antrazes e úlceras crônicas.

Face à sua importância econômica e social e folclórica, foi a erva-mate escolhida como a Árvore símbolo do Estado do Rio Grande do Sul.


FAMÍLIA FERRARI – MANTÉM A ANTIGA CASA DE MADEIRA

  Foram os imigrantes italianos benedito e Elisabeth Ferrari que, em meados de 1900 construíram essa casa. Ela é sustentada por troncos de madeira de pinheiros inteiros e roliços. estas madeiras foram cortadas e trabalhadas no próprio local da construção. Em 1944 o porão de pedras foi construído por Augusto Ferrari, filho do casal, construção esta composta por pedras cuidadosamente colocadas. Neste porão, são armazenados alimentos para consumo próprio, como salames e vinhos. Atualmente, é Elizabetha Ferrari, esposa de Augusto Ferrari, juntamente com sua nora Loiva Ferrari que recepcionam e compartilham com os turistas a beleza dessa moradia cercada de belas paisagens. Desta vez, somente Loiva nos recebeu, conversei com ela que, ainda que de forma tímida, cumprimenta a todos e esclarece possíveis dúvidas dos turistas.

 Uma atração da casa é o Carvalho centenário. Cujas sementes foram trazidas pelos imigrantes da Itália, onde usavam dessa madeira para fabricar barcos como meio de transporte, devido a sua durabilidade. seus grandes galhos, madeira resistente e sombra abundante, encantam os que o veem. Reza a lenda que ao abraçar o carvalho e fazer um pedido o mesmo se realiza.

 Fernando Mauro Ribeiro

 
 
 

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