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21 - PAPAI PERDOA – UM ESTUPENDO TEXTO. NÃO DEIXE DE LER

  • Fernando Mauro Ribeiro
  • 20 de dez. de 2022
  • 3 min de leitura

Você vai ver a seguir, um texto que, criado a partir de sentimentos sinceros, toca tão fundo a sensibilidade do leitor que é considerado um clássico eterno. É um clássico do jornalismo americano intitulado “Papai perdoa”, texto originalmente publicado como editorial do periódico People’s Home Journal. A primeira vez que li, foi em sua versão condensada e publicada na Reader’s Digest, revista-livreto da qual fui assinante nos anos 80 e 90. , e agora decidi publicá-la no nosso Portal.

Segundo W. Livingston Larned, seu autor, desde sua primeira aparição o texto foi reproduzido em “centenas de revistas, publicações internas de empresas, jornais de todo o país. Foi publicado em outros idiomas praticamente na mesma proporção. Milhares de pessoas fizeram a leitura dele nas escolas, na igreja ou em palestras. Já foi transmitido pelo rádio em incontáveis programas e ocasiões. Por incrível que pareça, também já foi publicado em periódicos universitários e em revistas de instituições de ensino médio. Às vezes, um pequeno texto mobiliza as pessoas de uma forma misteriosa, foi o que aconteceu com este”.

PAPAI PERDOA

Escute, meu filho: estou falando enquanto você dorme, com sua mãozinha escondida debaixo do rosto, os caixinhos louros grudados na testa úmida. Entrei no seu quarto sozinho sozinho e sem faze barulho. Minutos depois enquanto lia o jornal na biblioteca, fui tomado por uma sufocante onda de remorso. Sentindo-me culpado, vim até a cabeceira de sua cama.

Andei pensando em algumas coisas, meu filho: fiquei zangado com você. Repreendi você enquanto se vestia para a escola porque mal enxugou o rosto com a toalha. Chamei sua atenção por não ter limpado os sapatos. Reclamei com raiva quando jogou suas coisas no chão.

Também me irritei no café da manhã. Você derramou a bebida. Engoliu a comida. Pôs os cotovelos na mesa. Passou manteiga demais no pão. Foi lá brincar e, quando saí para o trabalho, você virou para mim, acenou e disse: “Tchau, papai”! Eu franzi a testa e respondi:: “Endireite os ombros”!

De noitinha, tudo recomeçou. Quando cheguei perto de casa, vi você de joelhos no chão, jogando bolinhas de gude. As meias estavam furadas. Eu o humilhei diante dos seus amigos e o fiz voltar para casa. Meias são coisas caras e você teria mais cuidado se tivesse que comprá-las com o próprio dinheiro. Meu filho, imagine isso vindo de um pai!

Você lembra quando mais tarde, eu estava lendo na biblioteca e você entrou tímidamente, com uma carinha triste? Irritado pela interrupção, ergui os olhos do jornal, e você hesitou à porta. O que você quer? – perguntei, resmungando. Você não disse nada, apenas saiu correndo, abraçou meu pescoço e me beijou. Seus bracinhos me apertaram com uma afeição que Deus fez desabrochar em seu coração e que nem minha negligência foi capaz de fazer murchar. Em seguida, você saiu e subiu correndo a escada.

Pois bem, filho: pouco depois, o jornal escorregou das minhas mãos e um medo terrível, nauseante, tomou conta de mim. O que o hábito tem feito comigo? O hábito de encontrar defeitos, de repreender – era assim que eu vinha recompensando você por seu um menino. O problema não era falta de amor; era que eu esperava demais da infância. Eu o avaliava segundo os padrões da minha idade.

E havia muita coisa bola, bela e verdadeira em seu caráter. Seu coraçãozinho era tão lindo quanto o amanhecer entre as colinas. Percebi isso pelo seu gesto espontâneo de correr para me dar um beijo de boa noite. Nada mais importa esta noite, filho. Eu vim até à sua cabeceira na escuridão e me ajoelhei envergonhado!

Meu gesto não passa de uma auto punição insignificante. Sei que você não compreenderia essas coisas se me ouvisse enquanto estivesse acordado. Mas amanhã serei um papai de verdade! Serei um companheiro, sofrerei com seu sofrimento, rirei com o seu riso. Vou me refrear quando quiser demonstrar impaciência. Repetirei sem parar, como um ritual: “Ele é apenas um menino... um menininho”!

Infelizmente, eu estava enxergando você como um homem. Porém, ao observá-lo nesse momento, meu filho, encolhido e exausto em sua cama, vejo que ainda é um bebê. Ontem mesmo estava nos braços de sua mãe com a cabeça apoiada no ombro dela. Eu exigi demais de você, demais.

W. Livingston Larned,

OBS: Em vez de condenar as pessoas, vamos tentar compreende-las. Vamos tentar descobrir o que as leva fazer o que fazem. Essa atitude é bem mais útil e interessante do que as críticas, além de cultivar a compaixão, a tolerância e a bondade. Saber tudo é perdoar tudo. Como diria o escritor Samuel Johnson: “Nem o próprio Deus se propõe a julgar um homem até o fim de seus dias”. Então, por que eu e você deveríamos julgar? Princípio 1: Não critique, não condene, não recrimine.

 
 
 

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