27 - ESTOU DE VOLTA. A FELICIDADE É UMA ETERNA CONSTRUÇÃO
Fernando Mauro Ribeiro
27 de mar. de 2022
4 min de leitura
Você não tem medo? Você, é louco”! Certamente te lembras desse artigo que foi publicado aqui no dia 14, véspera de minha viagem aos Emirados Árabes. O último parágrafo dizia assim: Por mais que Dubai seja mais liberal que seus vizinhos, dos emirados, como Abu Dhabi por exemplo que, também visitaremos, há uma série de restrições que não vou mencionar aqui, mas que devem ser observadas, pois em caso de descumprimento, há severas punições, afinal, Dubai continua sendo um lugar muçulmano.
Aos estimados leitores do Portal Novo tempo, peço-lhes que, continuem em nossa companhia. Não farei, a princípio, artigo específico da viagem, para melhor administrar o tempo entre um e outro passeio e o descanso evidentemente. Mas, como de costume, terão, a cada dia, uma matéria, abordando temas diversos.
Pois bem. Estamos de volta. E como é bom estar de volta ao aconchego de nossas casas. Trago, evidentemente, na mala do cérebro, muitas lembranças boas, coisas engraçadas que ouvimos, vemos ou protagonizamos e que geram risos, gargalhadas mesmo. De volta, já recebi abraços, sorrisos sinceros; “que bom, tê-lo de volta”, disse-me o irmão Felix, ao abraçar-me na Matriz São Paulo, ao final da primeira missa desse domingo. O coração experimenta uma paz indescritível, quando acolhido com carinho.
É muito bom estar de volta, encontrar-se com cada um, a cada dia, ver o dia amanhecer e no final da tarde, uma resenha com os amigos e deixar a vida acontecer como faz a criança que se esquece das horas, com seu brinquedo na mão, e às vezes, chora, quando é chamada para o banho ou outra coisa qualquer. Essas boas lembranças, estarão para sempre guardadas, mas agora, já no terreno da emoção, da saudade, em algum cantinho do coração.
Acho que não falarei ainda da viagem, dos passeios, as novidades, a antiga e moderna Dubai, a mais sisuda e rigorosa Abu Dhabi, os lugares inusitados, os gigantescos prédios, o Miracle Garden, o Dubai Frater, a Marina Walk, as Mesquitas, os Palácios suntuosos, Praias como de Kite Beach, os shoppings, os chopes... Talvez, eu nem fale mesmo, tenho uma imensidão de coisas a fazer, projetos que ficaram aguardando meu retorno para serem retomados e não devem ser adiados em detrimento de outros. Mas, foi quando dei olhadinha no grupo Dubai de whatsapp que fora criado para nos comunicarmos antes, durante e depois da viagem e que deve ser encerrado daqui alguns dias, creio eu; que vi fotos incríveis das amigas e amigos companheiros de viagem e também algum comentário sobre o proceder do grupo que, teve uma convivência bastante fraterna ao longo desses dias.
Me surpreendi quando disseram de meu desempenho como “maleiro”, auxiliando as pessoas nos aeroportos, conduzindo suas malas e etc. Há quem me descreve como cantor, compositor, escritor, poeta, jornalista...
Isso, deve-se ao amigo de longa data e de longas viagens, Luiz Carlos Seghetto, o Deínha – como é conhecido de todos – que disse isso para um pequeno grupo e o assunto repercutiu. Quando, no quarto do Hilton Garden, hotel, onde nos hospedamos, questionei com o amigo, sobre tais revelações, ele disse: “Prova-me, que estou mentindo”! Tens, CDs gravados, livros publicados, fazes um jornal há mais de vinte anos, canta, compõe, escreve... onde foi que menti. A verdade é que os amigos são muito generosos e nem sempre devem ser levados a sério. Contudo, tais comentários, me motivou a escrever algo, numa espécie de agradecimento, mas dizendo que creio na boa convivência como fonte de crescimento. Vejam:
Olá amigos, companheiros de viagem!
Não tive ainda um sono reparador, mas vou me refazendo com o passar das horas. Fui à missa pela manhã, lembrei-me de cada um em minhas orações e agradeci ao Pai por esta conquista. Pois cada viagem é uma valiosa experiência, um ciclo que se inicia quando deixamos nossa casa e se conclui quando a ela retornamos. É uma grande oportunidade para se superar.
Acredito na boa convivência como fonte de crescimento. Por isso, desejo estar outras vezes, ao lado de vocês, trilhando outros caminhos, vislumbrando novos horizontes, estreitando os laços de amizade. Afinal, a felicidade não existe pronta, não é uma herança genética, não é privilégio de uma casta ou uma camada social. A felicidade é uma eterna construção.
A viagem chegou ao fim, mas as lembranças estarão para sempre na parede da memória porque a amizade permanece. Li aqui no grupo, manifestações de carinho, fico feliz, mesmo sabendo que não as mereço. São atitudes que todos têm. No território da emoção não existem heróis, mas, quem busque sólidos alicerces em sua conduta. Nada mais que isso. Se assim não o fizermos, não somos dignos do palco da vida. Somos eternos aprendizes. Sou muito grato a todos por esses dias de uma harmoniosa convivência. Meu fraterno abraço”.
Como podem ver, estou de volta. Um tanto cansado ainda. Não refeito das longas horas à bordo de uma aeronave, esperas, pés cansados, embarques e desembarques em aeroportos... mas, como eu disse acima, com o passar das horas vou me refazendo. Obrigado a todos os fiéis leitores que permaneceram conosco ao longo desses dias, em que mesmo ausente, não deixei de estar falando com vocês, através desse informativo.
Sigamos, pois, em frente, pois o mês de abril vem aí, pedindo passagem para as procissões da Semana Santa que, creio seja celebrada com um grande número de pessoas, já que a pandemia está se dissipando, em alguns ambientes, as máscaras estão sendo deixadas de lado e tudo deve voltar a ser como antes. Ou não? Sou da opinião de que nada será como antes. Podemos sim, relaxar um pouco.
Afinal, os números da Covid-19 estão caindo vertiginosamente e, isso é muito bom. Porém, precisamos mantes alguns cuidados como lavar bem e com mais frequência as mãos e outros ensinamentos que a pandemia veio nos recordar.
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