No dia 26 de julho, celebramos o Dia da Gloriosa Sant’Ana e São Joaquim, mãe e pai de Nossa Senhora e avós do Menino Jesus. Em sua representação, imagem ou estampa, Sant’Ana está sentada, com a menina Maria ao seu lado, atenta a seus ensinamentos. As vovós sempre gostaram de contar histórias para os netinhos, ensinar-lhes a rezar. Principalmente, nos dias atuais quando as mães precisam ajudar nas despesas da casa, vão para o trabalho e deixam seus filhos com a vovó, para sustenta-los e educa-los. Há muitas avós fazendo papel de mãe.
O Dia dos Avós foi instituído pelo Papa Paulo VI. Neste dia a Igreja celebra Santa Ana e São Joaquim, pais de Maria e, portanto, avós de Jesus. Ana e Joaquim foram canonizados pelo Papa Gregório VIII, em 1584. Segundo evangelhos apócrifos, es não podiam ter filhos. Mas, ao se retirar para o deserto para rezar, Joaquim recebeu a visita de um anjo, dizendo que suas preces seriam atendidas. E apesar da idade e da esterilidade, Ana fica grávida de Maria.
A relação entre avós e netos é muito importante. Avós são adultos que estão envelhecendo, ganhando cada vez mais experiências, e netos são crianças amadurecendo. A troca de carinho, afeto e amor é valioso para todos os lados. Os avós veem nos netos a continuação da família e do seu próprio ser. E os netos veem nos avós a segurança, a experiência, o amor maduro vivido no mais alto grau e a certeza de que a vida vale a pena ser vivida apesar dos percalços.
É normal lembrarmos dos castigos e broncas recebidos na infância e nos admirarmos com a “nova “ postura de nossos pais em relação aos netos. Eles parecem mais complacentes, menos autoritários, mimadores e cúmplices. E é isso mesmo que acontece em maior ou menor grau, com maior ou menor tolerância por parte dos pais. Eles não têm mais a obrigação formal de educar os netos. Essa tarefa difícil é papel dos pais.
Os avós querem apenas curtir os netos. Estão vivendo uma nova fase da vida familiar, mais tranquila e prazerosa. Se os pais estiverem seguros da educação que dão aos filhos, podem ficar tranquilos em relação aos mimos dos avós que, ao contrário do que muitos pensam, não estragam os netos. Porém, se os avós tiverem exagerando, os pais devem dialogar com eles, longe dos netos, e colocar seus limites sem prejudicar a relação deles com os netos.
Mas, não esqueçamos, também de que os filhos sabem “diferenciar os contextos que frequentam e as pessoas com quem convivem”, segundo a psicóloga Rosely Saião. Outro papel fundamental dos avós em relação em relação à história familiar. Ao mesmo tempo em que as lembranças são saudáveis para os idosos, as histórias familiares ajudam os netos a crescerem com boa saúde emocional, conhecendo seu passado, fazendo conexões importantes com o presente e preparando o futuro e a família que um dia que irão formar.
A criança gosta de ouvir histórias e saber que ela faz parte dela, que ela pertence a um grupo maior e que por causa dele ela existe. A presença dos avós afeta a vida dos netos, que precisam dessa influência. A maturidade, a experiência de vida, a generosidade, os valores, a paciência e a sabedoria dos avós ajudam a moldar a personalidade das crianças, tornando-as mais seguras, até para entenderem melhor os limites colocados pelos pais.
É comum percebermos os avós educando seus netos com mais sabedoria do que quando educam os filhos. Os pais são os maiores responsáveis pela educação dos filhos, mas é bom ter sempre em mente que a experiência de vida é uma excelente educadora.
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