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25: PODE A VIDA NOS ENVELHECER MAIS QUE O ESPAÇO DEMARCADO NA CRONOLOGIA DO CALENDÁRIO?

  • Fernando Mauro Ribeiro
  • 25 de set. de 2023
  • 2 min de leitura

Seu discurso é raso como as raízes das margaridas, e mesmo assim é belo. Mas no raso de sua fala há uma raiz profunda, um broto teimoso que insiste em alcançar os destinos mais profundos do chão da vida.

A arrogância é um recurso dos ignorantes. Quanto menos sabe, maior é o desejo de agredir aquela que atenta contra o que ele não sabe, mas julga saber.

Na mesma casa onde se abriga o filósofo está também o poeta. Um depende do outro. O filósofo vive de análises infecundas. Já o poeta fala a linguagem das flores. Se o poeta prevalecer, é lógico que o filósofo arrogante dará lugar ao filósofo sábio, perspicaz, astuto, equilibrado.

Há uma planta que parece possuir a mesma personalidade que você. Comigo ninguém pode. Conhece?

“A amizade é um encontro de almas que se reverenciam”.

“Todo silêncio fecundo já tem sabor de palavra”.

“A tristeza é como o rio. Se estancada ela aprofunda”.

“Já começou a ganhar aquele que reconhece ter perdido”.

“Só as flores respondem o que as palavras ainda não sabem perguntar”.

“Dar um passo na direção desejada já é chegada”.

“A mais nociva solidão é a que nos ausenta de nós mesmos”.

“A eternidade se antecipa cada vez que do tempo nos esquecemos”.

“A sabedoria carece de dor para crescer”.

“O amor sobrevive é de esperas”.

“Deus não está longe nem perto. Deus é”.

“Depois da morte e ressurreição da semente, a flor é recompensada”.

“Ao poeta cabe o ofício de verbalizar as entrelinhas da alma”.

“A simplicidade só é possível aos que ousaram trilhar os caminhos da maturidade”.

“Mais vale o desconforto da verdade que a comodidade da mentira”.

“Quem vive se buscando nunca para de chegar”.

“O meu olhar alcança o longe. Contempla o território que me separa da concretização de meu desejo. O destino final que o olhar já reconhece como recompensa, aos pés se oferece como lonjura a ser vencida. Mas não há pressa que seja capaz de diminuir essa distância. Estamos sob a prevalência de uma imposição existencial, regra que ensina, que entre o ser real e o ser desejado, há o senhorio inevitável do tempo das esperas”.

A partir da página 71:

Pessoas simples e sem muita instrução são tesouros de um conhecimento prático que os livros não nos ensinam. São portadoras de sentimentos e experiências muito preciosas. Pessoas são como livros, meu amigo. Precisam ser lidas. Não pare nas capas. Há muitas riquezas escondidas em capas não atraentes.

Resguarde o filósofo e dê liberdade ao poeta. O filósofo talvez não se interesse pelas pessoas simples, mas o poeta, este sim. A matéria prima da poesia é a vida, meu Caro. A vida simples, rotineira, cotidiana.


 
 
 

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