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25 – ESTOU EM PORTUGAL, ONDE O PRESIDENTE LULA ENTREGA A CHICO BUARQUE O PRÊMIO CAMÕES

  • Fernando Mauro Ribeiro
  • 25 de abr. de 2023
  • 2 min de leitura

Hoje, estou em Coimbra – já visitei dez cidades de Portugal – e acompanho pela mídia a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a esse país e a entrega do Prêmio Camões ao cantor, compositor e escritor Chico Buarque. Lula desembarcou em Portugal numa data festiva e muito importante para os portugueses: a Revolução dos Cravos e, desde então fotos do presidente do Brasil estampam a primeira página dos jornais. Não só da capital, Lisboa, mas também de outras cidades, como Coimbra, onde estive em visita e adquiri um exemplar do conceituado Diário de Coimbra, fundado em 1883.

Dentre outras manchetes, o informativo trás também uma matéria sobre a distinção recebida quatro anos após ter-lhe sido atribuída. O presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Souza lamentou o atraso na entrega do Prêmio Camões ao artista brasileiro.

O presidente da República de Portugal lamentou ontem, a espera de quatro anos para a entrega do Prêmio Camões a Chico Buarque, referindo que alguns “não gostaram” da sua atribuição.

“Meu caro amigo, me perdoe, por favor, essa demora”, disse o presidente português, dirigindo-se ao compositor, cantor e escritor brasileiro, citando versos de uma canção sua. O chefe de Estado português, discursava na cerimônia de entrega do Prêmio Camões, no belíssimo Palácio de Queluz, - de fato, belíssimo, eu estivera em visita àquele Palácio e posso atestar isso - em Sintra, na presença do presidente do Brasil, Lula da Silva e o primeiro-ministro português, António Costa.

“Saudando a decisão do Júri do Prêmio Camões e as razões da sua decisão, suspeito que por uma vez ninguém precisaria da fundamentação dessa decisão, de tal forma ela se impõe como evidência, acima de tudo poética, mas também romanesca”, considerou.

A entrega do Prêmio Camões 2019 a Chico Buarque aconteceu simbolicamente na véspera da Revolução dos Cravos, em Portugal e quatro anos depois de sua atribuição ter sido anunciada, em 21 de maio de 2019. O então presidente do Brasil Jair Bolsonaro, mostrou-se reticente em assinar o diploma do prêmio, o que levou Chico Buarque a afirmar: “A não assinatura do Bolsonaro no diploma é para mim um segundo Prêmio Camões”.

Dir-se-á que quatro anos é uma longa espera para se concretizar, não importa chorar o leite derramado, o prêmio respeita a 2029 é entregue pessoalmente em 2023, mas ninguém cuidará saber a que ano diz respeito. Diz respeito a todos os anos, diz Marcelo Rebelo de Souza.

Na sessão, com a presença de vários membros do governo e da diplomacia dos dois países, e de dezenas de convidados, e que foi acompanhado por uma extensa cobertura midiática de jornalistas portugueses e brasileiros, Chico Buarque dedicou o Prêmio Camões a “tantos autores humilhados e ofendidos”, nos anos de estupidez e obscurantismo”, lembrando que “a ameaça fascista persiste no Brasil e um pouco por toda a parte”.

Sobre a presidência de Jair Bolsonaro, o músico falou em “quatro anos de governo funesto que duraram uma eternidade, porque foi um tempo em que o tempo parecia andar para trás”.

Ao entregar, finalmente, o Prêmio Camões a Chico Buarque de Holanda, o presidente do Brasil Lula da Silva, destacou que se corrigiu um dos maiores absurdos cometidos contra a cultura brasileira.

Fonte: Diário de Coimbra


 
 
 

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