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24 - PEREGRINOS, SOMOS TODOS PEREGRINOS

  • Fernando Mauro Ribeiro
  • 24 de fev. de 2022
  • 2 min de leitura

Estranho mundo este em que vivemos. Tudo o que nele é construído está fadado ao desaparecimento. É apenas uma questão de tempo. Uma gama imensa de seres vivos, incluindo o gênero humano, nele se desenvolvem, lutam, sofrem devoram-se um ao outro e por fim desaparece. Devorados e devoradores, conquistados e conquistadores, todos se esfumam no tempo, que implacável arrasta a tudo e a todos na sua corrida infinita, rumo ao nada, pois o tempo, falso como é, não tem objetivos.

Mundo de paradoxos, de incoerências, às vezes, até bizarro, a girar no espaço cósmico com sua capa protetora, formada pela atmosfera, dando-nos a vida lembrança de aquário, de um lugar preparado para o desenvolvimento da vida, por alguém que estaria a nos olhar de um outro plano, medindo e observando as reações decorrentes do desenrolar de uma estranha peça, levada ao palco ininterruptamente e encenada por miríades de seres compulsoriamente sem saber quando apresenta o ato final.

O planeta apenas recebeu os requisitos necessários à conservação, para um pequeno período, da roupagem a que ele se reveste em sua curta passagem por essas plagas, rumo ao infinito.

Em contato com a Mente, a Grande Catedral da Alma, descobre a necessidade que tem o ser de purificar sua essência, corrigindo e vencendo seus desafios, fazendo aflorar cada vez com maior vigor as suas atitudes, para habitar planos mais sutis na imensidão do incomensurável Universo, nas muitas moradas a que se referia o Mestre Jesus.

Percebe-se que os seres não se encontram todos em um mesmo degrau da escada da evolução cósmica, como tampouco é igual o tempo de permanência de cada um. Mas, caminha o místico incansável nas sendas do tempo.

Nova visão do mundo, outra filosofia de vida, novos valores norteiam agora sua trilha. Passa a pertencer ao círculo interior onde os conhecimentos esotéricos lhe chegam, na maioria das vezes, através da voz interior que ele agora sabe existir. E ele a ouve. Distingue-a de outras impressões e por ela se guia. Sabe agora que é um peregrino, todos são peregrinos. Não é aqui a sua casa. Apenas aqui reside por algum tempo, até que tenha de viajar novamente.

Não vislumbra com toda clareza qual será o próximo destino. Mas sabe com certeza que o caminho é ascendente e que novos panoramas, mais coloridos e amplos, o esperam. Percebe que a jornada é longa e que o tempo e o espaço não tem a menor importância nessa viagem.

Dá graças enfim, ao Criador, por existir. À sua frente, um longo caminho, cheio de agruras e espinhos, como antes de trilhar a senda, pois aprendeu também que nessa peregrinação não há atalhos; mas ao caminhar, sente o perfume e vislumbra de permeio às farpas um roseiral em flor. E segue em frente, altivo e confiante. Este é um dos objetivos a que nos propomos nessa peregrinação terrena.

Soror Inês de Almeida Ribeiro

 
 
 

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