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24 – O GRITO DOS POBRES

  • Fernando Mauro Ribeiro
  • 24 de out. de 2021
  • 2 min de leitura

Estenda o seu olhar, o quanto puder, alcance Belém e contemple lá naquela cidade, onde estão os mais pobres e são poucos os que para lá são capazes de olhar. É para esse lugar que somos chamados, como cristãos a olhar, destemidamente. Não é preciso ter medo da periferia. Foi lá que nasceu Jesus. Se Ele tivesse nascido num palácio, todos diriam: Oh!, mas não, Ele nasceu na periferia, no lugar de desprezo e de abandono.

Basta olhar nossas cidades hoje, a realidade das periferias urbanas que compreendemos bem a periferia de Belém. Se tivesse nascido num palácio, já o teríamos esquecido. Você se lembra quais foram os reis que governaram o mundo? Todos eles nasceram e viveram em palácios.

São os pobres que descobrem bem depressa as necessidades dos pobres – nossos governos muitas vezes fazem “os pobres pagarem as contas” -, por isso, foram os Pastores, gente nômade, os primeiros a encontrar Jesus. Os pobres se encontraram com os pobres de Belém de Nazaré. Aqui se realiza o Cântico de Isabel, quando da visita de Maria a Ain Karim: “Como posso ser visitada pela Mãe do meu Senhor”?

O grito de Isabel é o grito dos pobres, dos abandonados, e essa verdade se realiza agora, na visita dos Pastores a Jesus, e depois pelo próprio Jesus, que voltou seu coração compassivo e misericordioso aos sofredores. O Evangelho de Jesus é o Evangelho dos pobres.

Assim, imagino, que podemos compreender muito melhor o sentido do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida nas águas do rio Paraíba do Sul. Ela emergiu das águas, veio à luz e continua a irradiar sua luz materna, que nos faz enxergar Jesus. Contemplar Maria é encontrar Jesus. Nela descobrimos o quanto Deus abriga em seu amor os desvalidos e necessitados.

A multidão que passa diante da imagem de nossa senhora Aparecida traz no coração a esperança misturada em sua realidade existencial. As velas acesas nas mãos dos peregrinos são sinal de uma fé profunda, que nenhum racionalista é capaz de entender.

É uma força incomparável, revolucionária mesmo, pois nos mostra que a fé dos pobres é vida e vence as armas e o gosto e o poder dos poderosos. Por isso que a imagem ficou na casa dos pobres pescadores, como Jesus, na periferia de Belém.

Dessa realidade da nossa fé, compreendemos que todos estamos banhados pela bondade e misericórdia do Senhor, pois o nosso Deus, em Seu Filho Jesus, nascido de Maria, a quem chamamos de Senhora Aparecida, continua a voltar-se continuamente para os periféricos, para os abandonados no mundo. Crês nisto?

Pe. Ferdinando Mancilio, CSSR

 
 
 

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