23 PADRE MÁRCIO CELEBRA NA MATRIZ, EM CACHOEIRA ALEGRE, NO DIA DE SÃO BENTO
Fernando Mauro Ribeiro
23 de out. de 2023
6 min de leitura
A Cruz Sagrada seja minha luz, não seja o dragão o meu guia. Retira-te, satanás! Nunca me aconselhes coisas vãs. É mau o que tu me ofereces, bebe tu mesmo o teu veneno!
Antes mesmo de dar inicio à celebração, um membro da equipe de liturgia distribuiu a todos esta Oração de São Bento. Bastante difundida aqui na Paróquia, essa oração é recitada com frequência na comunidade. Para nossa alegria, Pe. Márcio Nunes tem celebrado na Igreja-matriz, não somente a santa missa de domingo, mas também nas Primeiras sextas feiras de cada mês, celebrou no dia dos Santos Anjos, Dia de N. S. Aparecida, dia de São Bento e outras datas. Os fiéis estão respondendo de forma positiva, uma vez que registramos também nesses dias uma presença maciça na Matriz.
Foi assim, nessa segunda feira – 23-10-2023 – quando às 18h30m, o padre expôs o Santíssimo sacramento no altar mor da matriz para um momento de adoração. Ele se fez presente, conduziu aquele momento de oração, contemplação e adoração que culminou com a bênção do Santíssimo.
Na sequência, deu-se início à Santa Missa com o canto e a procissão de entrada. Nosso pároco que havia pedido que os fiéis levassem para esse encontro, cruzes para serem bentas; protagonizou um momento lindo, quando as luzes se apagaram e apenas a luz da Cruz, no presbitério permaneceu acesa, criando uma atmosfera que levou a assembleia à oração ao contemplar a Cruz e o canto do coral que entoava: “Ninguém te ama, como eu”. Outro momento rico da liturgia de hoje, foi quando o padre aspergiu toda a igreja, caminhando pelos corredores do templo, a inundar-nos com a água cristalina, a água viva que, ao lavar-nos, torna-nos novas criaturas.
Pe. Márcio ministrou a santa Eucaristia com os carismas de sempre. Em sua homilia destacou a fé de Abraão e exortou-nos de que devemos procurar o necessário para a nossa vida e não o acúmulo desmedido. Disse também que, todos devemos assumir a nossa cruz e conduzi-la com responsabilidade para que tenhamos uma sociedade mais fraterna, um mundo menos fragilizado e mais santo. Foram dados os avisos relacionados à Comunidade, como por exemplo o local onde será rezado o Terço do Apostolado da Oração, e a informação de que a Paróquia de São Sebastião de Cachoeira Alegre, sediará o evento em que se reunirá toda a Forania de Muriaé, e esse encontro acontecerá em Barão do Monte Alto.
Ao final da celebração, já na sacristia, indagado sobre os horários de missa na Paróquia para o Dia de Finados, padre Márcio disse não ter definido ainda, mas que me informará com antecedência para que possamos estar informando aos nossos leitores e divulgando como sempre fazemos aqui nesse jornal eletrônico, o portalnovotempo1.com.br.
Fernando Mauro Ribeiro
VISITA AO MAIS BELO MONUMENTO COLONIAL QUE O BRASIL POSSUI: O MOSTEIRO DE SÃO BENTO, NO RIO
No início deste ano – fevereiro de 2023 - numa das minhas incursões pela cidade maravilhosa, visitei o Mosteiro de São Bento no Rio de Janeiro e adquiri um livro que, dentre outras informações traz um roteiro cronológico de suas obras, além, evidentemente de retratar em fotografias os belíssimos painéis que o compõem. Participei lá da santa missa com uma dezena de padres e me encantei com os belíssimos Altares, as Torres, o Frontispício, os Alpendres, o Vestíbulo da Igreja, seus atuais portões, o Tapa-vento, as Capelas, o Corpo da Igreja, sepulturas, Forro, Lustres e Lampadários, a Capela-Mór, as Capelas Laterais da direita e esquerda: Capela de São Brás, São Lourenço, Santa Gertrudes, Nossa Senhora da Conceição, São Caetano, Nossa Senhora do Pilar, Santo Amaro, Capela do Santíssimo Sacramento, Tribunas da Igreja, Batistério, o Corpo superior... tudo de uma riqueza e beleza extraordinárias.
“O mais belo monumento colonial que o Brasil possui”, disse Dom Henrique Golland Trindade, OFM, Bispo de Bonfim, depois Arcebispo de Botucatu, (1897-1974).
“O mais vistoso templo que tem esta cidade!” Estado (relatório abacial de final de governo) de 1747-1748.
Fernando Mauro Ribeiro
FUNDAÇÃO DO CENÓBIO:
O Mosteiro de São Bento do Rio de Janeiro foi criado no começo de 1590 por dois monges beneditinos, os padres Frei Beto Ferraz e Frei João Porcalho, vindos do Mosteiro da Bahia no mês de outubro de 1589, a convite dos moradores da cidade do Rio de Janeiro. No mês de março de 1590, receberam em doação do fidalgo Manoel de Brito e seu filho Diogo de Brito de Lacerda o terreno limitado pelo polígono cujas linhas eram o traçado da atual rua Visconde de Inhaúma e Alcântara Machado, subindo pelo Morro da Conceição onde até hoje se situa o antigo Forte da Conceição, daí descendo obliquamente em direção ao atual encontro da rua Sacadura Cabral e rua do Escorrega, até se encontrar com o mar, que dava na atual Praça Mauá. A baía da Guanabara fechava o polígono.
Foi neste terreno que se estabeleceram os monges fundadores, junto a uma ermida dedicada à Nossa Senhora da Conceição, construída por Aleixo Manoel, também fidalgo, e outros, que doaram aos monges no ano de 1596. Em 1602, o título da padroeira foi mudado para Nossa Senhora de Monserrate, por influência de Dom Francisco de Souza, governador da Bahia e depois capitão-general das capitanias de São Vicente, Espírito Santo e Rio de Janeiro, grande devoto da Senhora de Monserrate, devoção espanhola que se estendeu também por Portugal, especialmente entre os beneditinos, tendo em vista a importância do grande cenóbio (Convento - habitação dos Cenobitas, de monges) da Catalunha.
Além da doação feita por Manoel de Brito e seu filho, o mosteiro adquiriu desde essa época até a metade do século XVIII, vastas extensões de terras por doações, heranças dos seus monges e compras em outras regiões do atual Estado do Rio de Janeiro: Iguaçú, Campo Grande, Inhumerim, Angra dos Reis, Campos dos Goytacazes, Maricá, Camorim, Ilha do Governador e Icaraí (Niterói), onde instalaram fazendas de gados ou engenhos de cana de açúcar, cujo serviço era feito pelos escravos. Graças a esses escravos os engenhos e fazenda produziram recursos para os monges se sustentarem e construírem os edifícios do Mosteiro e de sua Igreja, e ainda muitas casas de aluguel na cidade.
O braço escravo também ergueu as paredes do Mosteiro e da Igreja e arcou com toda a mais obra bruta. A madeira para essas obras vinha das ; o organeiro Agostinho Rodrigues Leite ;fazendas mais próximas do Mosteiro, a cal e a areia vinham de Iguaçu, a pedra era tirada do Morro da Viúva, onde o mosteiro tinha uma pedreira, situada em um terreno recebido em aforamento do Senado da Câmara, em 1618.
Fonte: Revista ampliada – Mosteiro de São Bento
CONSTRUÇÃO DO MOSTEIRO E DA IGREJA
A construção do que é hoje o complexo do Mosteiro de São Bento do Rio de Janeiro, começou pela Igreja, em substituição ao antigo Mosteiro, feito de taipa de mão, e à pequena igreja. O plano foi traçado em 1617, pelo Engenheiro-Mór (militar) do Brasil, Francisco de Freitas de Mesquita. As obras, porém, só tiveram início em 1633 com a abertura dos alicerces. A construção do que é hoje a nave central da Igreja com a capela-mór, durou até 1641, sem, entretanto, o frontispício, o vestíbulo e o Coro superior que lhe fica por cima e sem as capelas laterais. Também não havia a talha, que só foi iniciada em 1699-1672.
Além de Francisco de Freitas de Mesquita, conhecemos os nomes de mais quatorze artistas que trabalharam na Igreja e sua ornamentação. No século XVII, o monge arquiteto, autodidata Frei Bernardo de São Bento Correia de Souza (1693). O monge leigo pintor, irmão Donato Frei Ricardo do Pilar (1700), natural de Colônia, Alemanha; o monge leigo, escultor, irmão Donato Frei Domingos da Conceição da Silva (1718). No século XVII, o mestre entalhador Alexandre Machado Pereira, os mestres escultores José da Conceição e Simão da Cunha No século XVII, o mestre entalhador, os escravos encarnadores e estofadores de imagens, Antonio Teles e Miguel do Loreto; o dourador Tenente Caetano da Costa Coelho; o toreuta mestre Valentim da Fonseca e Silva; os ourives Capitão Martinho Pereira de Brito e João Paulo Meira, o entalhador Mestre Inácio Ferreira Pinto.
Em 1669 as obras de construção foram dirigidas pelo Padre Mestre-de-obras Frei Leandro de São Bento, falecido em 1673. A partir de 1699 até 1693, este trabalho esteve a cargo de Frei Bernardo de São Bento Correia de Souza.
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