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22- OS MELHORES JOGADORES BRASILEIROS DE TODOS OS TEMPOS

  • Fernando Mauro Ribeiro
  • 22 de jul. de 2024
  • 3 min de leitura

“Luiz Pereira: Fingia dar o bote e recuava, para tomar a bola quando o avante não esperava”.

Nome: Luiz Edmundo Pereira

Nascimento: 21/06/1949, em Juazeiro (BA)

Clubes: São Bento (1967-1968); Palmeiras (1968-1974); Atlético de Madrid – ESP. (1974-1980); Flamengo (1980-1981); Palmeiras (1981-1984); Portuguesa (1985-1986); Corinthians (1986); Santo André (1986); Central de Cotia (1988-1989); São Caetano (1990-1992); São Bernardo (1993); São Bento (1994); São Caetano (1997)

Seleção Brasileira: 1973-1977 (32 jogos zero gol)

        Luiz Pereira chegou ao Palmeiras como a esperança. Não de ter um zagueiro forte, vigoroso, mas de fazer nascer a partir dele, e de outros jogadores jovens uma geração mais vencedora do que a anterior. Não que Tupãzinho, Julinho, Gildo, Ademar Pantera formasse uma equipe frágil. Longe disso. É que o ano de 1968, de ameaça de rebaixamento no Campeonato Paulista e derrota na decisão da Copa Libertadores contra o Estudiantes deixou má impressão.

        O ano de 1969 começou com novidades. Rubens Minelli era o técnico, Baldocch ganhava lugar na zaga, Luiz Pereira foi cavando sua vaga de titular aos poucos. No início da temporada seguinte já era o dono da camisa 3. Durante anos apresentou sua receita para amedrontar os atacantes que apareciam em sua frente: Fingia dar o bote recuava, para tomar a bola quando o avante não esperava.

        Foi com essa receita de futebol sóbrio, mas elegante, de avanças frequentes, mas seguros, ao ataque, que Luiz Edmundo Pereira começou a se transformar no maior zagueiro da história do Palmeiras. Observe a lista dos principais defensores que poderiam estar à sua frente: gente como Djalma Dias, Baldocch, Waldemar Fiúme, Aldemar, Gamarra, Marinho Perez, mas não... Nenhum foi melhor que Luiz Pereira.

        Na chegada, Luiz Chevrolet, marca da força com que partia da defesa para o ataque no tempo em que atuava pelo São Bento de Sorocaba. Jogou como titular da Copa de 1974. Foi bem, apesar de se tornar na Alemanha o primeiro jogador brasileiro a tomar um cartão vermelho em Copas do Mundo.

Titular do Palmeiras até 1975, só deixou o clube por causa de uma proposta tentadora do Atlético de Madrid. Seguiu para a Espanha depois de lá conquistar a Taça Ramon de Carranza. Os dirigentes do Atlético se encantaram e levaram também o atacante Leivinha, além do zagueiro vigoroso.

Leivinha deveria ser a principal estrela, mas não foi bem assim. Na temporada de 1976-1977, a segunda, com os dois na Espanha, Leivinha sofreu com as lesões, Luiz Pereira, não. Foi a temporada em que atuei em quase todas as partidas e o Leivinha, não. A temporada em que fomos campeões.

        Isso explica o fato do Leivinha ter voltado ao Brasil, para jogar pelo São Paulo em 1978 e Luiz Pereira ter permanecido até 1980, ano em que foi comprado pelo Flamengo, sua única experiência ruim no futebol. No Fla não encontrou seu espaço e acabou voltando ao Parque Antártica para ser líder de uma equipe já sem a mesma força daquela que integrara em sua primeira passagem.

        Trabalhou com treinadores como Rubens Minelli, Mário Travagline e Fedato. Foi ídolo da torcida, carente de bons resultados. Até uma partida contra o Santos, pelo Paulistão de 1984.

        Já perto do fim da carreira, não conseguiu parar o rebote de uma falta cobrada pelo santista Márcio Rossini, na trave do goleiro Leão. A bola tocou sua canela direita e foi para o fundo das redes. O jogo aconteceu em outubro e, no final daquele ano chegou a informação de que o Palmeiras não pretendia renovar o seu contrato.

A tristeza abateu-se sobre o ídolo e sua torcida. Luiz Pereira seguiu sua carreira fazendo sucesso em clubes de menores expressão. Mas teve ainda a chance de jogar pelo Corinthians. E principalmente, de liderar a Portuguesa ao vice-campeonato paulista de 1985.

André Kfouri e Paulo V. Coelho

 
 
 

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