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22 – DIA INTERNACIONAL DA ÁGUA – TÃO INDISPENSÁVEL QUANTO O AR QUE RESPIRAMOS

  • Fernando Mauro Ribeiro
  • 22 de mar. de 2022
  • 3 min de leitura

Água é vida. A água é tão indispensável para a nossa vida quanto o ar que respiramos. Apesar de sua importância, a água não recebe o cuidado que merece, nem no nível pessoal, no desperdício que não evitamos, nem no nível social de acesso, de acesso e distribuição justa da água para todos.

O Dia Mundial da Água foi criado pela ONU em 22 de março de 1992. Em 2013 foi escolhido pela entidade como Ana da Cooperação pela Água. Grande parte das fontes de água potável (rios, lagos, represas) está sendo contaminada pela ação humana. Poderá então faltar água para parcela considerável da população mundial. O Dia Mundial da Água e o Ano da Cooperação pela Água são momentos de reflexão, conscientização e elaboração de ações práticas para resolver o problema.

Hoje, 1,1 bilhão de pessoas já não têm acesso a água potável, e 2,4 bilhões não têm saneamento básico. A cada ano, morrem 6 milhões de pessoas pobres (4 milhões são crianças) de enfermidades ligadas à aguas contaminadas. O problema é mais grave em países da África e da Ásia.

O Brasil é privilegiado com 17% de toda a água do mundo. Cada brasileiro, teoricamente, teria cerca de 34 milhões de litros de água à sua disposição. Porém, apesar dessa abundância, muitos brasileiros ainda sofrem com a falta de água devido à utilização inadequada que fazemos desse recurso vital. A poluição das águas, o assoreamento dos rios, a expansão da agroindústria e o desperdício contribuem com a escassez.


COOPERAÇÃO E MERCADORIA

Muitos usam ainda a água de forma irresponsável como se fosse um bem inesgotável. Mais grave ainda é o uso da água como mercadoria. Para o ambientalista Roberto Malvezzi, “o discurso privatista da água tem interesse e endereços certos: vender dificuldades para conquistar facilidades. A privatização da água gera negócios na escala dos bilhões se pensarmos em seus múltiplos usos como consumo humano, animal, industrial, geração de energia, sobretudo o aumento intensivo de seu uso na irrigação. A agricultura irrigada devora 70% de toda a água doce consumida no mundo (dados extraídos da Revista Mundo Jovem em 2013).

Para a ecologista social Vandena Shiva, da índia, trata-se de um modelo de desenvolvimento predador e abusivo pois sistemas agrários que utilizam cinco vezes mais água para produzir a mesma quantidade de alimentos são ditos eficientes e produtivos. O suposto milagre da Revolução Verde é um dos grandes motivos do desaparecimento dos nossos lençóis freáticos, bem como da água utilizada na superfície terrestre em áreas que nunca deveriam ter passadas por irrigação intensa”.

Também o comércio de água engarrafada é uma forma de uso da água como mercadoria. Estão nos acostumando a comprar essa água, que nem sempre é mineral nem de qualidade. Muita gente não bebe água da torneira, mesmo pagando por ela, e compra água engarrafada para beber. Parece que escassez é apenas um mito para dar valor econômico à água.


ÁGUA: FONTE DE FRATERNIDADE

Como cristãos, já na Campanha da Fraternidade de 2004, (você se lembra?) dizíamos, que, a partilha da água pode ser fonte de fraternidade, não de guerra. A Bíblia fala da água como símbolo do Espírito de Deus que derrama sobre o universo uma vida nova, de justiça e cooperação. É preciso considerar que já existe a consciência avançada para que a água seja reconhecida como um desejo fundamental da pessoa humana e um patrimônio de todos os seres vivos.

O Brasil está despertando para a cooperação pela a água. Ela vem principalmente da sociedade civil, através de ações como instalação de cisternas no Nordeste, diminuindo a mortalidade infantil e outros efeitos da seca. Cabe a cada pessoa mudar seus hábitos no cuidado com a água de todos, a partir dos próprios hábitos cotidianos, individuais e familiares.

Uma forma, conforme Malvezzi “é calcular quanto de água se gasta em casa por pessoa no mês. É só pegar a conta de água, dividir a metragem pelo número de pessoa e depois dividir pelos dias do mês. Se o consumo diário de cada pessoa estiver acima de 120 litros, já há desperdício”.

Nesse sentido, escolas, Igrejas e movimentos sociais têm um papel importante e amplo na educação para a cooperação e compromisso com a água de todos.

Fonte: Jornal Mundo Jovem – Porto Alegre


 
 
 

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