22 - DIA DA JUVENTUDE DO BRASIL- "SEM O ROSTO JOVEM, A IGREJA SE APRESENTA DESFIGURADA"
Fernando Mauro Ribeiro
22 de set. de 2021
2 min de leitura
Atualizado: 28 de set. de 2021
Quando de sua visita ao Brasil, o Papa emérito Bento XVI, falou aos jovens reunidos no Estádio do Pacaembu em São Paulo: “Sem o rosto jovem, a Igreja se apresenta desfigurada”. Não dá para entender uma Igreja sem um rosto jovem, porque esse rosto traz a novidade, novidade essa comunicada por Deus. Deus comunica muita coisa através da juventude, de seus dons, de suas buscas e até mesmo através de suas interrogações e suas crises, Deus está querendo comunicar alguma coisa conosco. Isso não quer dizer que estamos justificando todas as ações ou falas dos jovens como manifestações de Deus.
Não é nesse sentido. É que um jovem, dentro do contexto eclesial, além de contribuir concretamente no crescimento e na reflexão, ele também, com suas falhas e carências, com seus pecados e tristezas, está comunicando alguma coisa para nós, nem que seja para nos questionar se estamos no caminho certo da evangelização da juventude.
O jovem é muito sensível à realidade humana. Ele, com muito mais rapidez, vai dizer: “olha, o mundo está indo para tal direção”. E a nós não cabe apenas dizer: “Isso está certo, ou está errado”. Precisamos entender porque as coisas ou os comportamentos estão como estão.
Os grupos são a base para a gente poder trabalhar os elementos da vida cristã católica de maneira muito séria e são a porta para os adolescentes e jovens que querem entrar na igreja a partir de algo que lhes diz respeito, neles, ou como a gente diz hoje em dia, que tem a sua linguagem e o seu jeito. Os grupos de jovens têm suas riquezas e temos que continuar investindo neles, ou como a gente diz hoje em dia, experiências grupais ou experiências juvenis. O grupo de jovens favorece o discernimento do jovem em relação à sua fé quando, dentro do grupo se dedica um tempo para discutir algum assunto, quando o grupo se apoia em alguma orientação da Igreja que vai ajudar nas respostas às perguntas que o jovem tem.
O grupo de jovens oferece amadurecimento quando organiza momentos de oração próprios, levando o jovem a se sentir mais próximo da Igreja. O grupo também favorece o desenvolvimento do jovem quando oferece ações práticas dentro e fora da Igreja, na medida deles, na medida daquele adolescente, daquele jovem. E essa experiência prática, por menor que seja, vai amadurecendo o ‘ser pessoa’ dele, o ser cidadão, gente que participa. Ele vai se sentir valorizado e isso faz com que a pessoa se fortaleça, a tal ponto que, mesmo depois, sem o grupo de jovens ele estará preparado para atuar na Igreja e na sociedade.
Então o grupo tem uma importância muito grande no amadurecimento global deste adolescente deste jovem que quer, na Igreja, crescer como cristão, como cidadão. E no grupo de jovens se desenvolve o protagonismo, a valorização do jovem enquanto, e daquilo que ele pode fazer na medida e do jeito dele e isso vai alimentando. Ele vai se sentindo responsável, ele vai despertando, descobrindo, descobrindo capacidades que ele não conhecia. Agora precisamos encontrar novos modelos ou novas dinâmicas de reunião para que os jovens se sintam mais atraídos.
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