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22 - A CAMINHO DO PAI – O PURGATÓRIO

  • Fernando Mauro Ribeiro
  • 22 de mar. de 2023
  • 4 min de leitura

A Via Sacra. A Via Sacra é uma prática das mais ricas de piedade. As indulgencias que lhe estão anexas foram, outrora, concedidas, tão somente aos peregrinos da Terra Santa.

Corramos também nós, tão frequentemente quanto possível essas estações santificadas pelo sofrimento de Jesus as quais se tornarão fonte de refrigério e de libertação para as almas.


O ROSÁRIO – RAINHA DAS DEVOÇÕES

A rainha das devoções indulgenciadas, assim o Padre Faber denominava o rosário. Enchem um livro inteiro as indulgencias com que foi enriquecida essa devoção durante os séculos. O simples fato de o uma pessoa levar consigo lhe dá o direito a um tesouro de indulgencias diárias.

Convém lembrar que é preciso empregar a essa oração toda piedade. Santa Gertrudes afirmava que uma palavra dita do fundo do coração e animada de sólida devoção tem mais eficácia que grande número de orações, feitas com pouco fervor.

Um, dia, São Domingos pregava sobre a eficácia do rosário, era nas planícies do Languedoc. Um homem que o ouvia teve uma visão na qual via as almas se precipitarem nos abismos do purgatório, e Maria Santíssima, com uma cadeia de ouro as tirava do abismo e as punha em terra firme. Era a imagem do rosário, cadeia de ouro pela qual Nossa Senhora arranca do purgatório as pobres almas sofredoras.

O Padre Luiz Manaci era fervoroso devoto das almas. Viajando por uma estrada infestada de assaltantes, ia recitando o rosário pelas almas. Ao avistar de longe o sacerdote sozinho, um grupo de bandidos se preparou para o assaltar. Qual não foi o espanto quando viram e ouviram um pelotão de soldados que marchava ao lado do padre. Aterrorizados, se esconderam, enquanto o padre caminhava tranquilo. Tempos depois, encontrando-o na hospedaria, indagaram sobre os soldados que o seguiam.

“Meu filho, eu ando sozinho, só tenho um companheiro, o meu rosário, que recito pelas santas almas”, disse o padre. Pois bem, confessaram. Essas almas vos salvaram. Somos bandidos e estávamos prontos para o despojar e matar. Cremos que as almas vos salvaram da morte. Tocados pela graça, ali mesmo pediram perdão e se confessaram humildemente.

Uma jovem, libertada do purgatório pelo rosário de São Domingos, apareceu a este santo e lhe disse: “Em nome das almas sofredoras eu vos conjuro, pregai por toda a parte e fazei conhecer a toda a gente a devoção do rosário. Que os fiéis apliquem às pobres almas as indulgencias e outros favores desta devoção tão santa. A Santíssima Virgem e os anjos e Santos se alegram com o Rosário, e as almas libertadas por ele rezam no céu pelos seus benfeitores.

Fonte: Associação Maria Rosa Mística

ANJOS DE DEUS – NO MONTE GARGANO

No fim do século V, quando na cadeira de São Pedro regia a Igreja o Papa São Gelásio, um pastor que apascentava uma manada de vacas no alto do Monte Gargano, na Itália, província de Apúlia, querendo obrigar um novilho a sair de uma caverna onde se refugiara, desferiu lá dentro uma flecha, a qual retrocedeu com a mesma velocidade, vindo ferir quem a lançara.

Esse fato causou admiração nos que presenciaram o acontecimento e a notícia foi longe e chegou também aos ouvidos do bispo de Siponto, cidade que ficava no sopé da montanha. Julgou ele tratar-se de um misterioso sinal da parte de Deus e ordenou um jejum de três dias em toda a diocese, pedindo ao Senhor que se dignasse revelar-lhe do que se tratava.

Deus escutou a oração do Prelado, e passados três dias, apareceu-lhe o Arcanjo São Miguel, declarando-lhe que o Senhor queria que a ele, anjo tutelar da Igreja, e aos outros anjos, se edificasse naquela caverna, onde se manifestou o prodígio, uma igreja em sua honra, para reavivar a fé e a devoção dos fieis no seu amor e proteção, como anjo custódio da Igreja Católica.

Tendo o bispo comunicado ao povo da visão que tivera e o que lhe fora pedido, foi ele próprio, com muita gente, observar o local. Encontraram uma caverna espaçosa em forma de templo, cavada na rocha com uma fenda natural na abóbada, de onde jorrava a luz que a iluminava. Nada mais era preciso do que pôr um altar-mor para celebrar os Divinos Mistérios. Levantado o altar, o bispo consagrou-o. todos os povos vizinhos acudiram para a cerimônia cheios de alegria e a festa durou vários dias.

Nunca mais, até hoje, se deixou de celebrar ali a Santa Missa, como também os outros ofícios litúrgicos, e Deus consagra esse lugar ao longo dos séculos, com graças e milagres de toda espécie, em favor dos que lá acorrem, doentes de corpo e alma, mostrando quanto lhe agrada a devoção em honra do glorioso Arcanjo São Miguel, que defendeu, quando da revolta de Lúcifer, a fidelidade ao Deus Uno e Trino, soltando este grito: “quem é como Deus”?

O Santuário do glorioso arcanjo na gruta do Monte Gargano é considerado um dos mais célebres e devotos de todo o mundo. A Igreja, para atestar esse fato histórico, marcou para o calendário litúrgico universal a festa comemorativa dessa aparição, no dia 08 de maio. Essa festa foi obrigatória para toda a Igreja até a nova reforma litúrgica após o Concílio Vaticano II. Atualmente, só é obrigatório na diocese de origem e em alguns calendários particulares.

O Monte Gargano, onde está esse Santuário, fica perto do Convento de Nossa Senhora das Graças, onde viveu e morreu o célebre estigmatizado Padre Pio de Pietrelcina, falecido em odor de santidade e já canonizado.

Devocionário de São Miguel Arcanjo

 
 
 

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