Falar de dízimo não é uma tarefa fácil, da mesma forma que falar de dinheiro é sempre delicado. Infelizmente, em muitas denominações religiosas a oferta financeira acaba tendo muito destaque gerando desconfiança e preconceito acerca do uso correto das doações.
Muitos ainda têm a ideia de que a igreja é rica, que o Vaticano é rico e que por isso não precisa de donativos. Por isso queremos ser simples e breves para falar de três importantes atitudes: CONSCIÊNCIA, PARTICIPAÇÃO e COMPROMISSO.
Dessa forma você irá compreender que mais que beneficiar a Igreja o dízimo favorece a você e a sociedade, a evangelização, as atividades sociais e a missão. O termo DÍZIMO é citado 53 vezes na Bíblia, sempre com o mesmo significado: a décima parte de algo. Foi uma das formas encontradas pelo povo de Israel para louvar e agradecer a Deus, para sustentar o serviço no Templo, e ainda para dividir com os mais pobres (órfãos, viúvas e estrangeiros).
“Todos os dizimistas do campo, seja produto da terra, seja fruto das árvores, pertencem a Deus, é consagrado a Deus. Os dizimistas de animais, boi ou ovelha, isto é, a décima parte de tudo que passa sob o cajado do Pastor. É coisa consagrada a Deus”. (Levítico 27, 30-32). Jesus, sabia da necessidade do sustento da missão para anunciar o Evangelho, e precisou dos mais diversos bens materiais, tanto para o próprio sustento como para realizar sua tarefa.
Necessitou inclusive de dinheiro, pois, “muitos ajudavam Jesus e seus discípulos com os bens que possuíam” (Lucas 8,1-3). O Dízimo, por sugestão da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (Estudos da CNBB, 8), têm três dimensões ou finalidades: a religiosa, a social e missionária.
DIMENSÃO RELIGIOSA: Destinado a tudo que diz respeito às celebrações, liturgia, construções, reformas, casa paroquial, catequese, colaboradores, funcionários, equipamentos, despesas de consumo (água, luz, telefone) padres, seminários, segurança e estrutura organizacional da Igreja, Diocese e Forania.
DIMENSÃO SOCIAL: Destinado à assistência e promoção dos empobrecidos, das pastorais sociais, das atividades sociais, dos direitos humanos e ao favorecimento de participação e apoio aos membros ligados a esta atividade.
DIMENSÃO MISSIONÁRIA: Destinado a favorecer todo o trabalho direto de evangelização realizado dentro e fora da comunidade, para formação de lideranças, missões e animação vocacional dos futuros religiosos, religiosas e padres.
O Dízimo não é pagamento, não é compra, não é taxa, não é imposto, não é esmola. Não é sobra. Deus age gratuitamente em favor de seu povo. Simbolicamente o dízimo é oferta, gratidão, louvor a Deus pelo fruto do trabalho. E devolver a Deus um pouco de tudo o que Ele nos dá.
Conscientes dessas dimensões, você está sendo CONVIDADO a participar desta missão tão ampla da Igreja, procurando os membros da Pastoral do Dízimo de sua Paróquia para providenciar a sua carteirinha, assumindo o seu COMPROMISSO.
Não existe uma quantia ou porcentagem estabelecida pelos Bispos do Brasil (CNBB), os católicos são convidados a serem generosos ao contribuírem com o Dízimo de forma substancial. Os bispos sugerem até 10% ou mais. Quando mais se descobre corresponsável pela ação evangelizadora em sua comunidade, existe transparência e os resultados são visíveis o dizimista se sente mais motivado em sua MISSÃO.
LEMBRETES: O dízimo é diferente das OFERTAS nas missas. O dízimo é mensal e as ofertas são em cada celebração associadas aos dons do Pão e do Vinho e do sacrifício que será oferecido.
Não tem sentido dizer que “não dou dízimo porque já trabalho numa Pastoral da Igreja”
Todos os que possuem alguma renda deve ser dizimistas. Não existe um dízimo por família.
Ajudas a Instituições, obras sociais, projetos, meios de comunicação, revistas NÃO SÃO DÍZIMO. Quem faz essas ajudas deveria contribuir primeiramente com uma maior parte para o dízimo de sua comunidade e depois com outras atividades que também têm sua importância.
Fernando Mauro Ribeiro
SEJA UM DIZIMISTA FIEL. ASSUMA ESSE
SER-DIZIMISTA-JULHO O dizimista é o cristão voltado para Deus com os pés no chão. Quando participamos da Santa Missa, no início da Oração Eucarística, - no prefácio – há um diálogo encantador que o Presidente da Celebração estabelece com a assembleia: “O Senhor esteja convosco”. A assembleia intervém prontamente dizendo que: “Ele está no meio de nós”. O Senhor tem diversas maneiras de estar conosco – na Palavra e na Eucaristia – são presenças reais, mas ainda está no meio de nós. É tão bonito compreender a presença do Senhor no meio de nós, Ele não está longe de nós, Ele está no meio de nós! Compreendendo a suave presença do Senhor entre nós, precisamos cuidar para que todos sintam a sua santificadora e transformadora presença. O dizimista cuida dessa presença que se realiza no meio de nós, ajudando os irmãos e irmãs. O dizimista é atento a estender a mão ao caído, cuidar dos feridos, incluir quem está excluído, alimentar o faminto e tantos outros cuidados que os mais necessitados precisam. Ele está no meio de nós, sim, e queremos que sua presença nos santifique, todos, sem exceção, para que seja cheio de amor todos os lugares onde o Senhor nos enviar.
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