Em 18 desse mês, celebra-se o Dia Mundial dos Museus. Mas, o mês de maio é cheio de datas e comemorações interessantes: Dia do Abraço, Dia do Pedagogo, da Língua Nacional, do Decorador, da Fraternidade Brasileira, do Pintor, do Regaae, do Artista Plástico, do Sertanejo, da Coragem, Dia do Campo, da Abolição da Escravatura, Dia do Pau Brasil; Dia do Sol; Dia Mundial da Liberdade de Imprensa; Dia Mundial das Comunicações; Dia do Sol, da Mata Atlântica...
No mês que se inicia com o Dia do Trabalho e se encerra com o Dia de Oração pela Unidade Cristã, não falarei de todas as datas, pois, seria inviável. Poderia dizer do Museu de Arte Sacra de Cachoeira Alegre que está em vista de passar por uma restauração e adequação, para reorganizar o seu acervo, mas, que, aguarda decisão do Padre João que pediu que efetuássemos esse trabalho e depois embargou as obras, sem aparente justificativa.
É lamentável, porque nesse compasso de espera, o tempo vai se esvaindo, o acervo vai se perdendo, o material vai aumentando, o prédio vai se deteriorando, o que torna a reforma, a realização do serviço ainda mais dispendiosa. Contudo, obedientes à decisão de nosso pároco, a equipe encarregada de efetuar tais mudanças, aguarda pacientemente uma decisão do padre.
Enquanto isso, falemos sobre o Patrimônio Histórico que está relacionado ao Museu, à arte e a cultura de um povo que deseja valorizar sua história. Para tanto, o cuidado com a preservação é fundamental. Vejamos:
PATRIMÔNIO ARQUITETÔNICO DE CACHOEIRA:
UMA HISTÓRIA A SER CONTADA
O patrimônio histórico, arquitetônico e cultural representa a memória do passado de um povo, trazendo nos seus prédios antigos a produção simbólica e as diferentes experiências pelas quais passaram nossa sociedade. Assim, não passa despercebido pelos habitantes de nossa cidade o fato de ter sido destruída ou desfigurada a casa de seus antepassados, antigos clubes, bares, igrejas e outros prédios históricos.
As cidades, em geral, têm crescimento rápido e desordenado com uma progressiva perda e descaracterização do patrimônio histórico. Não é esse o caso específico de Cachoeira Alegre, cujo crescimento é bastante lento. Mas, mesmo assim, perdemos em torno de 80% de nosso patrimônio.
Ao que se sabe, não temos um órgão que cuide, que promova discussão em torno da necessidade de preservação e valorização do patrimônio arquitetônico e histórico no município. No município ainda há antigas construções, casarões antigos que devem ser preservados.
Em Cachoeira Alegre, perdemos valiosos prédios. A antiga Matriz de São Sebastião, a antiga Igreja consagrada a Nossa Senhora do Rosário, a Primeira Casa Parochial; o Palacete da Família do barão, Teodoro da Silva, o Casarão do Sr. Luiz Soares Dias, a imponente residência do farmacêutico Sr. Domiciano Cerqueira de Castro; o casarão do Sr. Faustino Delgado Junior; Antônio Nâna; Iracema Alvarenga Portela; Maestro Geraldo Rodrigues, Casa da Cia. Força e Luz Cataguases Leopoldina; Professora Lourdes Rodrigues; antiga residências do senhor Pedro Alves de Oliveira, Abel Estácio de Oliveira, José Ribeiro Gouveia; Antônio Venâncio; Eurides Moreira do Prado; Farmácia do Sr. Nhonhô e outras.
Podemos ainda conservar a sacristia que abriga o MAS “Museu de Arte Sacra”; a Caixa D’água, Primeiro reservatório que abastecia parte da população, construída em 1934; a Escola Municipal; a Casa do senhor Adir Mansor e antigas fazendas do município.
NOTA DO REDATOR: Se você tem em seus guardados ou de sua família alguma foto antiga desse acervo a que me referi e deseja contribuir conosco para contar a história desse povo, envie-nos ou traga até a redação do jornal para digitalização e arquivamento. Ela te será devolvida de imediato. É nossa intenção montar uma exposição de fotos contando um pouco de nossa história. Esse acervo deve ficar exposto permanentemente no segundo pavimento do Museu. Ficaremos muito agradecidos com sua contribuição.
OBSERVAÇÃO: Só mesmo para ilustrar, trouxemos algumas construções antigas de nossa vizinha Muriaé, que preservadas, fazem parte da história da cidade e contribui harmoniosamente para compor o cenário da cidade.
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