Há uma passagem bíblica que diz: “Em tudo dai graças ao Senhor”! E de fato, de tudo que nos acontece, tiramos lições, aprendemos. Às vezes, quase sempre, não entendemos. Seja porque temos urgência em ser atendido, porque não gostaríamos que fosse daquela forma, naquele local, com aquela situação. Mas, Jesus sabe o que nos dá e quando dar. Nosso tempo é diferente do tempo de Deus. Sejamos pacientes e, na hora certa Ele virá em nosso socorro.
Há uma infinidade de cânticos que nos levam ao louvor. Repito: uma infinidade de belos hinos. Menciono este porque é curtinho, muito conhecido e fácil de cantar. Creio que nossos leitores conheçam. Vejam:
Hoje é tempo de louvar a Deus. / Agora habita em nós o seu Espírito. / Então é só cantar / e a Cristo exaltar, / e tua glória encherá esse lugar/
Vem louvar, vem louvar / Vem louvar, vem louvar!
No meio dos louvores Deus habita. / É seu prazer cumprir o que Ele diz/. Então é só cantar/ e a Cristo exaltar, / e tua glória encherá esse lugar.
Vem louvar, vem louvar / Vem louvar, vem louvar!
Não há, portanto, momento impróprio para que cante a nossa alma, que elevemos o nosso espírito e que rezemos à Santíssima Trindade, que busquemos forças através de nossa Mãe, a virgem Maria, aos anjos e santos.
Tiago no capítulo 5, versículos 13 a 15 nos diz: “Está aflito alguém entre vós? Ore! Está alguém alegre? Cante louvores. Está alguém doente? Chame os presbíteros da Igreja; e eles farão orações sobre eles, ungindo-o com o óleo em nome do Senhor. A oração da fé, salvará o doente, e o Senhor o restabelecerá; e se tiver cometido pecados, ser-lhes-ão perdoados”.
Na verdade, a Palavra de Deus nos oferece pistas para caminharmos à luz da fé, conduzindo nossos dias, com nossas alegrias e nossas dores. Farei aqui, um registro que creio oportuno: “Retornando, pois, de uma recente viagem fui acometido por uma “virose” – de uns tempos para cá, quando não se desconhece a patologia é assim que os médicos dizem – que vem me dando bastante trabalho.
Creio que em razão de se estar em meio a muitas pessoas ao longo de dez dias – mil e cem tripulantes e quatro mil passageiros a bordo de um navio – elevadores cheios, restaurantes idem, salões de festa, teatro, piscina e tantos outros espaços compartilhados com tantas pessoas, pode ter causado esse contágio. E ao final da viagem, já não era sou eu.
Para resumir, tive tosse compulsiva, que me fez desmaiar, fortes dores no corpo e principalmente dores de cabeça, noites sem dormir e, não via o momento de me ver livre desse infortúnio. Mas, lembrava-me sempre: “Em tudo dai graças”!
Nem é preciso dizer que tais dores são ínfimas, insignificantes, diante da angustia, solidão e dores atrozes, escárnios e todo tipo de agressão impostos pelos seus algozes, sofridos por Jesus, para nos resgatar do pecado e nos devolver a dignidade de filhos de Deus.
Sei também dos muitos enfermos que sofrem suas dores, daqueles que agonizam nos leitos de hospitais e, pelos quais devemos sempre lembrar em nossas orações.
Algumas vezes rezei o Santo Terço na Capela do Navio e sobre o altar, algumas orações deixadas por fiéis que, como eu, lá iam para fazer suas preces. À medida que o tempo avança vou publicando algumas delas aqui para que você também usufrua das bênçãos advindas dessas orações. Agora a pouco recebi essa oração que vou partilhar com vocês:
ORAÇÃO DE NOSSA SENHORA DA AGONIA
Maria conhece todas as nossas necessidades, mágoas, tristezas, misérias e esperanças, interessa-se por cada um de seus filhos, roga por cada um com tanto ardor como se não tivera outro.
Ó Maria, Rainha dos Mártires, Senhora da Agonia, vós que permanecestes de pé, junto à Cruz de Vosso Divino Filho Jesus e, às suas palavras: Mulher, eis aí o teu Filho, filho eis aí a tua Mãe, tornastes-vos nossa Mãe; acolhei com bondade nossa prece filial.
Ó Senhora da Agonia, assim como os discípulos acolheu-Vos em sua casa, nós também queremos abrir-Vos as portas de nosso coração, as portas de nossos lares, consagrando-vos toda a nossa vida passada, presente e futura.
Exercei, pois, vossa função de Mãe, ensinando-nos a viver em todos os momentos a vontade de Deus, levando-nos assim, a imitar o vosso sim de Nazaré, que culminou com o sim do Calvário.
Vinde, ó Mãe, em socorro de nossas angústias, não permitindo que nos desviemos do caminho do bem, da verdade e do amor.
Conduzi nossas vidas ao porto seguro da salvação que é Jesus. Quando somar nossas agonias às vossas, diante desta dificuldade – pedir a graça desejada – recorrermos com a vossa maternal proteção com a confiança de que não ficaremos decepcionados em nossas súplicas. Amém. Nossa Senhora da Agonia, rogai por nós. Amém”.
POESIADE CLARICE LISPECTOR
Às vezes, a vida nos ensina que as coisas mais preciosas são aquelas que não têm preço. É o cheiro do café pela manhã, o som suave da chuva a bater na janela, ou o brilho de um pôr do sol que, por um instante, faz o tempo parar.
As coisas mais simples têm uma força silenciosa. Fazem-nos lembrar que, no meio do caos, o que realmente importa não é aquilo que podemos acumular, mas os momentos que podemos sentir.
A simplicidade guarda em si um tipo de magia. É na gargalhada sem motivo, na flor que desabrocha, no meio do concreto, no abraço apertado de alguém que amamos.
São esses detalhes que nos fazem perceber que não precisamos de muito para nos sentirmos completos. A vida passa depressa e a beleza está em aprender a desacelerar, a reparar no que sempre esteve diante de nós, mas que tantas vezes esquecemos de valorizar.
No final não são as grandes conquistas que definem a nossa história, mas os pequenos gestos, aqueles que talvez ninguém veja, mas que preenchem a alma
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