20 - MISSA NA MATRIZ COM A PARTICIPAÇÃO DO APOSTOLADO DO TERÇO DOS HOMENS E NO FINAL FAZ CRÍTICAS...

NOSSO PÁROCO FAZ SEVERAS CRÍTICAS À ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL

“Eu sou a salvação do povo, diz o Senhor. Se clamar por mim em qualquer provação eu ouvirei e serei seu Deus para sempre”.

Esta foi a antífona da celebração desse domingo, quando padre João Pedro celebrou na Igreja-matriz em Cachoeira Alegre, a Missa do 25º Domingo do Tempo Comum. A liturgia tinha como responsável o Apostolado do Terço dos Homens, que fez uma bela apresentação na Entrada da Bíblia.

Os membros do Grupo do Terço dos Homens, vestidos com suas camisas, fizeram uma procissão e apresentaram alguns objetos que enriqueceram aquele momento tão significativo:

A Bandeira predominantemente branca, onde fora inserido o brasão da Diocese de Leopoldina, bordado nas cores azul, amarelo, vermelho e marron, e a inscrição: Apostolado do Terço dos Homens e Paróquia São Sebastião de Cachoeira Alegre.

O Santo Terço: Ladeado por duas velas acesas, lembrando-nos que Jesus é a Luz do mundo; estava um enorme Terço para nos recordar que ele é uma das armas do cristão e, que ao rezarmos o rosário, meditarmos os seus mistérios Gozosos, Dolorosos, Gloriosos e Luminosos, mais nos aprofundamos sobre a vida de Jesus e que em cada Ave Maria rezada, estamos repetindo o que narra o evangelista Lucas quando fala da Anunciação do Anjo à Virgem Santíssima.

A Bíblia Sagrada: A Bíblia Sagrada que é a Palavra de Deus, semeada no meio de seu povo, foi apresentada, enquanto o coral Santa Cecília com a assembleia, cantava, entusiasticamente: “É como a chuva que lava, é como o fogo que arrasa, Tua Palavra é assim, não passa por mim, sem deixar um sinal...” Já, no presbitério ela é levada até ao celebrante, que a beija e, em seguida a Palavra é erguida como que a dizer: “Ei-la! Aqui está a salvação da humanidade. É também através desse Livro Sagrado que me comunico com vocês, porque eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vai ao Pai, senão por Mim..! E sob os aplausos o Santo Livro é depositado na mesa da Palavra, de onde serão proclamadas as leituras.

Através das Leituras de hoje, Jesus revela-se o Messias e como realizará sua missão. Que será rejeitado e deverá morrer na cruz para depois ressuscitar. O Salmo nos exorta afirmando que: “É o Senhor quem sustenta minha vida”!

Em sua homilia, Padre João nos diz que o Senhor nos convida a relativizar a “sabedoria do mundo” e escolher a “sabedoria de Deus”, pois somente a “sabedoria de Deus” nos possibilitará o acesso à vida plena, à felicidade sem fim. Nos faz ver também que Jesus deixa evidente que a grandeza da sociedade não está na riqueza e nem no poder, mas no serviço sem pretensão e interesse. Que somos todos iguais perante Deus, que não adianta realizar um trabalho em troca de aplausos, de reconhecimento. O servo não é maior que o seu Senhor. É servindo com amor, é na prática desse serviço que vamos nos tornando a cada dia, servos uns dos outros, pois para Deus não somos maiores nem menores, somos todos irmãos, somos filhos seus.

O Cura, em algumas ocasiões, interage com a assembleia, hoje, por exemplo, perguntou a um paroquiano se já havia lido Tessalonissenses. Ele assentiu afirmativamente com a cabeça. As cartas de Paulo são de uma ternura, um carinho e afeto para com o seu povo. Quase sempre ele as inicia com uma saudação fraterna à Comunidade para quem ela é endereçada, pensei. Mas, nada acrescentei, apenas respondi que sim, que já lera as cartas.

Padre João também recomendou que lêssemos o Livro da Sabedoria: “Colocando-nos como o menor que serve a todos, somos convidados a descobrir a sabedoria de ser o que serve a todos: Se alguém quer ser o primeiro, seja o último e aquele que serve a todos”. Ser maior é servir os pequeninos. Ao acolher os pequeninos por causa de Jesus, estará o acolhendo. E mais: quem recebe Jesus, recebe Aquele que o enviou, o Pai.

“Onde há inveja e rivalidade, aí estão as desordens e toda espécie de obras más...” É o que nos diz São Tiago na segunda leitura. Ele nos diz ainda que as guerras e lutas entre as pessoas nascem do coração onde guerreiam nossos prazeres; nascem da cobiça e da avidez. Até nossa oração perde a eficácia, porque queremos receber de Deus para gastar com nossos prazeres. Diferentemente acontece com a sabedoria que é pacífica, indulgente, conciliadora, cheia de misericórdia e de bons frutos, isenta de parcialidades e hipocrisias”.

Lendo uma reflexão do Padre Luiz Carlos de Oliveira, me deparei com essa riqueza: “O coração pacificado pelo serviço fraterno aos frágeis, produz um fruto de justiça semeado por quem promove a paz. O mal põe raízes profundas que escravizam e geram sempre maiores maldades (Tiago 3.17).

Ao final da Santa Missa, padre João falou das obras de reforma da Casa Paroquial e, que os serviços terão sequência no Pátio, adro, muros, escadaria e jardins da Igreja-matriz.

Os avisos de praxe: Terço dos Homens na segunda feira, às 19:00 horas, na Matriz.

Ensaio do Coral Santa Cecília, na quarta-feira, também na Matriz, às 19:00 horas.

Falou de um evento que acontecerá em Silveira Carvalho, onde se rezará o Santo Terço na Pracinha. Vários grupos do Terço dos Homens estarão se reunindo no local e que também o Grupo daqui deveria comparecer. Não disse ainda a data para esse encontro.

NOSSO PÁROCO FAZ SEVERAS CRÍTICAS À ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL

Antes da Bênção, nosso pároco fez severas críticas à administração Municipal em relação a uma série de fatores que, segundo ele acontecem aqui em Cachoeira e o prefeito é conivente ou no mínimo indiferente. Disse que o povo tem que desempenhar o seu papel de fiscal, tem que exercer o seu direito de cobrar. Por que coisas desse tipo. Como: Ruas sujas, mal iluminadas e esburacadas, Lixo nas praças, Obras inacabadas e outras coisas só acontecem aqui, indagou ele. Silveira Carvalho é limpa, bem cuidada, uma bonequinha, acrescentou ele. Barão da mesma forma, muito bem cuidada, enquanto aqui, não há latões para se colocar o lixo, as ruas estão permanentemente sujas... Estou certo no que digo, perguntou ele. E a assembleia disse: sim! É mentira o que estou dizendo, pergunta novamente. O povo responde: Não!

Então, por que vocês não cobram isso de seus vereadores, concluiu ele. Dei carona a uma senhora, que me diz: “Padre, aqui temos 3 vereadores e ninguém faz nada”! Depois, na sacristia, alguém lhe esclarece: “não são três, não. São quatro vereadores, padre!

De fato, há algo de errado em tudo isso. É uma pauta que deveria ser discutida, são questionamentos sérios que precisam de resposta, são acusações graves, (não sei se verdadeiras ou não, embora todo o povo concordou com o que dissera no presbitério o nosso pároco). Gente, eu não estou falando mal desse ou daquele, essas cobranças eu fiz diretamente ao Vice-prefeito Feniciano.

Eu não sou candidato a nada, sou apenas o pároco dessa Matriz. Aqui é a sede da Paróquia e precisa ser cuidada, tem que ser olhada com mais atenção. Onde já se viu, jogar lixo na área da Igreja-matriz] Se a pessoa faz isso com o local sagrado, imagine como deve ser a sua casa, disse ele. Não posso concordar com coisas desse tipo e, vocês tem o dever de se manifestar, tem o direito de cobrar e devem me ajudar, concluiu o Cura.

Mais na condição de cidadão cachoeirense, de paroquiano que sou e menos do pretenso jornalista, atividade que exerço há décadas, vou falar com as autoridades competentes, os funcionários da limpeza urbana e voltaremos a esse tema, mesmo porque, acredito que: “As ideias precisam ser discutidas e a melhor forma de fazer isso é escrevendo e lendo, discutindo e respeitando outras opiniões, gostos e costumes”.

Em busca de resposta, à espera de solução, aqui estamos e mais uma vez digo que o espaço está disponível para aqueles que desejarem se manifestar. Que tal se os vereadores se pronunciassem!

“Interrogar é ensinar”.

Xenofonte (430-355 A.C) historiador, filósofo e general ateniense

Fernando Mauro Ribeiro