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20 - DIA DA AMIZADE E DA CONVIVÊNCIA - PRINCÍPIOS PRÁTICOS PARA UMA CONVIVÊNCIA SAUDÁVEL

  • Fernando Mauro Ribeiro
  • 19 de jun. de 2022
  • 4 min de leitura

Se viver não é fácil, conviver então, é algo extremamente desafiador. Por não ser simples a convivência com pessoas ou grupos, muitos têm preferido se isolar e evitar construir relacionamentos mais íntimos e duradouros. Entretanto, ainda que se relacionar seja uma tarefa difícil e envolva riscos, esse é o propósito de Deus ao criar o ser humano.

A Bíblia nos revela que Deus, desde o início declarou que não era bom que as pessoas estivessem sozinhas (Gn 1,28). Deu liberdade para que elas se multiplicassem e ocupassem toda a Terra (Gn 1,28). Devemos nos preparar para a vida e para os relacionamentos, que podem ser tranquilos ou tensos, cheios de conflitos. A Bíblia se encontra repleta de experiências de problemas interpessoais. Ela não mascara todas as dificuldades que podem estar sujeitos aqueles que procuram se relacionar.

No Antigo Testamento podemos citar o caso de Adão e Eva, o primeiro casal que tão cedo viveu uma grande divergência, exatamente porque não concordaram quanto ao motivo de seus pecados no Jardim do Éden (Gn 3). Também, logo em seguida, a briga de seus dois primeiros filhos, briga esta que culminou num homicídio (Gn 4).

No Novo Testamento, não foi diferente. As dificuldades nos relacionamentos continuaram. Podemos citar de início o desentendimento de dois dos discípulos de Jesus, que discutiam entre si, sobre qual seria o maior no Reino dos Céus (Lc 22,24). Na Igreja primitiva, Ananias e Safira mentiram aos seus irmãos (At 5).o Apóstolo Paulo, por diversas vezes, em suas cartas, fez menção à desunião da Igreja e apelou para a Paz. Foi testemunha em sua lida missionária de várias tensões interpessoais.

Ao escrever aos Coríntios expressou o seu temor em estar com eles e ter de se deparar com brigas, invejas, iras, divisões, calúnias, intrigas, arrogâncias e desordem. (II Cor. 12-20). É importante dizer que, embora possamos encontrar registradas muitas experiências de dissensões, os conflitos jamais são aprovados. Pelo contrário, são apontados como pecados e, portanto, passíveis de consertos e reparação.

Em vários textos e livros da Bíblia, podemos encontrar princípios para uma convivência saudável: Provérbios; o Sermão do Monte; Tiago, etc. Entre as várias instruções práticas que podemos encontrar nestes textos, destacaremos aqui as instruções do Apóstolo Paulo encontradas em sua Epístola aos Romanos, capítulo 12. 9 a 21. Ele diz:

“O amor seja sem hipocrisia. Detestai o mal, apegando-vos ao bem. Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns pelos outros. No zelo, não sejais remissos, sede fervorosos de espírito, servindo ao Senhor; regozijai-vos na esperança... praticai a hospitalidade... abençoai os que vos perseguem... alegrai-vos com os que se alegram e chorais com os que choram, em lugar de serdes orgulhosos, condescendei com o que é humilde... não torneis mal por mal... se possível, enquanto depender de vós, tende paz com todos os homens, não vos vingueis a vós mesmos... não te deixeis vencer o mal por mal, mas vence o mal com o bem”. Neste texto, podemos extrair os seguintes princípios práticos para uma convivência saudável. São eles:


AMAR COM SINCERIDADE:

Nosso amor deve ser autêntico, sem dissimulação e sem máscara. Aqui não vale o abraço fingido e cumprimentos falsos. Devemos ter coragem para externarmos nossos reais sentimentos, evitando dessa forma, um relacionamento marcado pelo cinismo e pela superficialidade.


ABENÇOAR E NÃO AMALDIÇOAR:

Quando somos caluniados ou maltratados, nossa tendência natural é desejarmos o mal para aqueles que nos ofenderam. Entretanto, o nosso comportamento deve ser o de abençoar e não amaldiçoar as pessoas. Devemos falar palavras desejando o melhor para os outros, mesmo que eles tenham nos ferido ou magoado. (Lc 6,28; I Cr 4, 12-13; At 28,19).


TER OS MESMOS SENTIMENTOS UNS PARA COM OS OUTROS:

É colocar-se no lugar do outro e amá-lo como se a dor fosse nossa dor. Não podemos permitir que o orgulho e a vaidade pessoal assumam o controle de nosso ser. Atitudes de humildade e misericórdia nos ajudarão a manter o diálogo, abrindo assim o caminho para a restauração do relacionamento.

VENCER A VINGANÇA:

Outro importante princípio para uma convivência saudável é não procurarmos fazer justiça com as nossas próprias mãos. É não ser revanchista, é não desejar o mal como recompensa a um mal recebido. “A vingança pertence a Deus”, diz a Palavra. (Heb. 10-30; Naum 1:2).


TRATAR BEM O INIMIGO:

Este último princípio talvez seja o mais desafiador. Além de não procurarmos ser vingativos, Jesus nos ensina a cuidar bem deles. O que a Palavra do Senhor quer que nós entendamos é que, ao trata-lo com bondade, estamos permitindo que ele reflita sua culpa e se arrependa. É um ato profundo de amor. Mat 5.44; I Pe. 3:9).

Em todos os dias de nossa existência estaremos rodeados de pessoas que proporcionarão alegrias ou tristezas. Devemos estar preparados para isso, pois relacionar-se envolve riscos. Entretanto, a Bíblia nos adverte dizendo: “No que depender de você, tenha paz com todos”. Devemos com amor e responsabilidade fazer a nossa parte. Se cada um fizer a sua parte na relação, olhando para outro com amor, doando-se, certamente estes dias de convivências serão mais agradáveis e abençoados.

Ver. Jonas Mendes Barreto – Jornal Espaço Metodista


 
 
 

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