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20 - CAMINHOS DE UMA PSIQUIATRA REBELDE - VISITE A EXPOSIÇÃO NISE NO GRANDE HOTEL

  • Fernando Mauro Ribeiro
  • 20 de mai. de 2022
  • 3 min de leitura

Aprendi muito com os loucos e isto vem a atrapalhar um pouco o conceito de razão. Fala-se na fonte da sabedoria e na fonte da loucura. Mas elas não são duas. Não há fontes separadas, está tudo muito próximo. De vez em quando uma pessoa ajuizadíssima comete um ato de loucura que, felizmente diz muito a ela própria sobre sua forma de viver”.

Nise da Silveira


CONVERSANDO COM O LEITOR

Em razão de outros projetos, estou sem tempo para produzir - o portalnovotempo.com.br – esse humilde informativo que faço há 26 anos, que absorve um pouco do meu tempo, mas dá-me prazer, o fato de estar à cata de notícias do município, as obras da prefeitura, da paróquia, o dia a dia de minha Cachoeira e um olhar discreto sobre o Brasil e o mundo.

Sem tempo para ler e escrever, dificilmente eu faria esse trabalho que, como já disse: gosto de fazer. Com um folder nas mãos, eu lia sobre a Exposição Nise, “A Revolução pelo afeto”, aberta recentemente, (sete de maio) no Centro Cultural Grande Hotel Muriahe e permanecerá aberta à visitação até dez de julho. Estive lá com Maiza – a namorada – mas não foi possível a visita, já que o espaço não é aberto ao público nas segundas-feiras. Voltaremos, com certeza!

Agora, encontro-me em Jacarepaguá, Rio de Janeiro, com um livro denso de quase 400 páginas, de Luiz Carlos Mello, cujo título é: “Nise da Silveira – Caminhos de uma psiquiatra rebelde”. São 43 capítulos: Infância em Maceió; Faculdade de Medicina da Bahia; Vinda para o Rio de Janeiro; Hospício da Praia Vermelha; Prisão na Ditadura Vargas; Anos de Clandestinidade; A Seção de Terapêutica Ocupacional... Li o Prefácio e a Apresentação, vi as fotos, - são várias, raras e de muita qualidade - folheei-o com voracidade e cheguei até as referências bibliográficas e os agradecimentos, já à página 367. Então, feito o primeiro contato, tenho que, por enquanto, deixa-lo de lado, e depois encontrar tempo para mergulhar nesse rico universo de Nise da Silveira.

Fernando Mauro Ribeiro


FOTOBIOGRAFIA DE UMA REBELDE

“Lembro de Machado e de sua deliciosa expressão, a química do tempo, que opera com bases e ácidos, para compor ou dissolver imagens que se fizeram dentro de nós, em modos de afeto e bem querer. Com a Dra. Nise da Silveira, a sensação que guardo é de que a sua força e desafio permanecem cada vez mais acesos. Como explicar tudo isso – ultrapassando o domínio científico – na província do humano e da química implacável.

A Dra. Nise trazia dentro de si um sertão profundo, como o de Euclides, Rosa e Mestre Graça de quem Nise foi amiga, inventando nomes de personagens como Caralâmpia. Trazia o ethos do sertão, o vigor e a nobreza das coisas que não se dobram, nem se vendem. Donde sua cultura marcada por uma fortíssima instância moral, sua vontade inquebrantável, frente à intolerância e à injustiça. Era um misto – mas por favor, no melhor dos sentidos – de beata e de jagunça, generosa, como poucas, e combativa, porque a estupidez das instituições exigem denodo e coragem. Honrava a sua palavra e quando selava suas questões em nome do afeto, tornava-se um gigante em sua física e apenas aparente fragilidade...”

Trecho de um texto de Marco Luchesi:

A APRESENTAÇÃO DO LIVRO

A apresentação do livro vai da página 11 até a 43. Pela extensão pode-se imaginar a importância dessa obra. Para quem deseja conhecer mesmo a vida e obra de Nise, recomendo a leitura do livro em questão, ou assistir ao filme em que a atriz Glória Pires interpreta a Dra. Nise. Vou transcrever apenas o primeiro parágrafo da apresentação que, de alguma forma, creio, poderá estimulá-lo a visitar e entender a exposição Nise, no Centro Cultural Grande Hotel Muriahe, em Muriaé, MG.

Fernando Mauro Ribeiro

Caminhos de uma psiquiatra rebelde foi o título que Nise da Silveira deu ao trabalho iniciado nos seus últimos anos de vida. Por não acreditar em biografias, era sua intenção, apenas sinalizar as direções pelas quais optou, os caminhos que percorreu. Os textos, infelizmente, ficaram no início, e o pouco que foi feito aparece nessa publicação. Como seu colaborador, tive o privilégio de acompanha-la nos seus últimos 26 anos. A partir dessa convivência, procurei ser o mais fiel possível a esse projeto, registrando o que foi mais significativo em sua trajetória de vida. Além de minhas próprias anotações, recordações de fatos e sonhos que me foram por ela narrados, utilizei como fonte de pesquisa material de imprensa, seus manuscritos, fotos, depoimentos, documentários e publicações, assim como agrupei as imagens do acervo do Museu de Imagens do Inconsciente que foram decisivas na construção de à sua obra. Espero ter conseguido reunir o essencial de seus pensamentos e ações, assim revelando algo das riquezas de sua vida intensa e da sua profunda humanidade...”

Extraído do Livro de Luiz Carlos Mello – Nise da Silveira – Caminhos de uma psiquiatra rebelde



 
 
 

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