top of page

19 - DE AGOSTO: DIA DO HISTORIADOR

  • Fernando Mauro Ribeiro
  • 18 de ago.
  • 3 min de leitura

Atualizado: 19 de ago.

Instituído há apenas uma década, o Dia do Historiador deve ser comemorado pelos profissionais formados na disciplina, temporalmente recente. A data, cravada em 19 de agosto, foi escolhida em homenagem à data de nascimento do diplomata e escritor Joaquim Nabuco [1849-1910]. Junto às celebrações, historiadores lembram a importância da profissão e da necessidade de valorização do trabalho na área.

      Sem a pretensão de me arvorar a intitular-me um historiador, acho que o profissional é importante para a formação crítica do cidadão. Recordo-me bem, que o competente e saudoso professor Luiz Gonzaga, ao ler algo que escrevi e dei-lhe para uma avaliação, disse que eu era um “historiador”, que era um material interessante e que eu deveria prosseguir na função de pesquisar sobre o assunto.  Na medida do possível, - apesar de aposentado – porque tenho outros projetos e outras atividades paralelas que me exigem tempo, continuo o trabalho de pesquisa com o objetivo de reunir material para escrever o tão desejado - e por que não, tão cobrado por professores e amigos – livro: “Um grito no silêncio”. Provisoriamente escolhido, faz tanto tempo e, que deve ser o título definitivo do livro, que contará a história de Cachoeira Alegre.

       Já há algumas décadas me dedicando a esse trabalho; hoje, já na casa dos sessenta, acredito que a história é necessária para que os cidadãos compreendam o próprio presente. “Gosto muito de pensar no conceito de consciência histórica, que todo ser humano tem. Nenhuma pessoa, independentemente da cultura, etnia ou origem, é desprovida dessa consciência”. “É a capacidade de nos localizarmos no tempo e no espaço, de fazer planos para o futuro”.

          O anseio de conhecimento acerca da história de meu povo, nossos antepassados, nossa gente, nossa Cachoeira Alegre, o desejo de viajar, de buscar informações, a vontade de partilhar esse conhecimento, desde muito cedo me motivou a conversar com antigos moradores, registrar em fitas cassetes seus depoimentos ou transcreve-los e arquivá-los numa pasta, o que me propicia de alguma forma escrever sobre assuntos que não encontrei nas minhas pesquisas na Diocese de Leopoldina e Mariana, no Cartório e Fórum de Palma e em algumas bibliotecas.

       Minha formação de educador/professor – apesar de não exercer a profissão – faz com que eu me preocupe com o ensino e mais que isso; me encante com a arte de ensinar. Pude experimentar alguns desses momentos no período de estágio em escolas da rede de ensino público, como na E. E. Professora Columba Teixeira e Stela Fidelis em Muriaé e, quando estive com alunos das duas escolas de Cachoeira Alegre, em visitas guiadas ao Museu de arte Sacra e confesso que minha principal inspiração é a curiosidade dos alunos. “Tento dar espaço para exercitar a curiosidade dos estudantes e gosto de dar alternativas, dentro dos limites da escola”.

Sou de opinião de que a história não vive só de passado, o aluno tem de estudar o que aconteceu para entender o que acontece hoje à volta dele. “Muitas expressões, teorias, crendices são reflexo do que ocorreu antes de chegarmos aonde estamos”.

Em minhas convicções, creio que há espaço para historiadores fora da sala de aula. “A principal dificuldade, tenha sido talvez, a demora em reconhecer a profissão, que só foi regulamentada em 2020.

Mas, ao conquistar esse direito, se pode ter salários melhores, a atividade se torna mais atrativa”.  “Isso também aumenta o campo de atuação: não só na educação básica e superior, também se terá vagas em museus, em órgãos do Legislativo e do Judiciário. Todos esses lugares têm áreas onde um historiador pode atuar”.

  A Lei nº 14.038, de 17 de agosto de 2020 estabelece as condições para o exercício da profissão e define quem pode ser considerado historiador.


DETALHES DA REGULAMENTAÇÃO: A Lei permite que sejam historiadores aqueles que possuem diploma de curso superior em história, mestrado ou doutorado na área.

EXPERIÊNCIA: Profissionais formados em outras áreas, podem se tornar historiadores se comprovarem atuação na área por pelo menos cinco anos.

A regulamentação foi resultado de anos de luta e debate, e a lei foi aprovada após a derrubada de um veto presidencial.

Um historiador é um profissional que estuda, pesquisa e interpreta o passado humano, analisando eventos, processos e transformações sociais ao longo do tempo. A profissão envolve análise crítica do passado para compreender o presente e projetar o futuro, com foco na análise de documentos, artefatos e outras fontes históricas.

Fernando Mauro Ribeiro

 
 
 

Comentários


Posts Em Destaque
Posts Recentes
Arquivo
Procurar por tags
Siga
  • Facebook Basic Square
  • Twitter Basic Square
  • Google+ Basic Square

Editor: Fernando Mauro Ribeiro - portalnovotempo.com - © 2017 PORTAL NOVO TEMPO CACHOEIRA ALEGRE/MG.

  • Facebook - Black Circle
  • Twitter - Black Circle
  • Google+ - Black Circle
bottom of page