Do pé-de-serra ao eletrônico, o forró é um estilo famoso nas Festas Juninas. É verdade que em algumas cidades da região Nordeste, como Campina Grande na Paraíba e Caruaru em Pernambuco a tradição é mais intensa, mas não se pode negar que o ritmo contagia a todos os estados brasileiros.
Pelo menos nesse sábado, 18 de setembro, Cachoeira se transformou na capital do Forró.É claro que ninguém rouba de Campina Grande, - de Elba Ramalho - na Paraíba, esse título. Justo e merecedor o título outorgado a essa cidade que tive o prazer de conhecer, quando em visita àquela região, fiquei na capital, João Pessoa e visitei outras cidades. Mas, Campina Grande (PB) e Caruaru (PE) se destacam, quando em junho se transformam em verdadeiros arraiás de festas juninas.
Ignorando os riscos ainda existentes de se contrair o vírus do Corona, as cidades da região já estão realizando grandes eventossem respeitar os protocolos de saúde. Quando disse à organizadora do evento, sobre os riscos eminentes, esta argumentou dizendo que todos estão promovendo, que Muriaé, já tem realizado esses eventos e outros tantos programados para os dias vindouros. E acrescentou: Silveira Carvalho, Barão de Monte, Patrocínio do Muriaé estão promovendo, também nós faremos!
E o forró aconteceu num ritmo alucinante, já que os adeptos da dança estavam ávidos de desejo de sacudir o esqueleto,de arrastar o pé, ainda que seja em local aberto, ao ar livre, no chão de asfalto, na Praça Maria Arquetti, palco de tantos eventos e o point da juventude cachoeirense nos últimos tempos.
O Grupo Sucessos do Forró, tendo Zé Geraldo como líder, subiu ao palco, montado no canteiro central da pracinhae botou o povo para dançar, a partir das 22:40 horas. No início, um tanto prejudicado pela queda de energia - em virtude de um apagão que ocorrera e alcançou também outros estados – que afetou também nossa pequenina Cachoeira, colocando em risco a aparelhagem de som, com esse ir e vir, com esses picos de energia e preocupando os organizadores e dançarinos que não viam a hora de levantar a poeira.
Passado esse susto, o sanfoneiro iniciou os trabalhos, o tecladista caprichou no repertório e ao som zabumba,o povo se pôs a rodopiar. Registramos aqui, a presença do ilustre casal, Sr. Miguel Arquetti e Sra. Terezinha, que também se deram os braços e foram para pista.
O Trio tocou até às três e trinta da madrugada.Quando se pensava que estavam encerrando os trabalhos, se ouvia: “Toca a saideira”! E foram muitas saideiras.
Às sete e trinta da matina, quando vou colocar na garagem, o carro, olho à minha volta, e vejo a rua Mário Ribeiro, tomada de garrafas pet, copos descartáveise outros objetos que seriam destinados ao lixo, concluí, que: o evento recebera de fato, um grande público. Havia ainda na pracinha, alguém a batucar nas mesas de cimento, cantando sambas do mestre Martino da Vila.
Estes aí, estão “ligados” desde ontem, disse alguém, enquanto comprava pães na Panificadora Pai e Filhos.“Se não foram afetados pelo apagão, a carga é grande ainda e desconectá-los não será fácil”, pensei. Uma moradora das imediações me disse eufórica: “Fiz algumas fotos e vou te mandar depois. Sabia que não houve nenhum tipo de violência, nem mesmo um empurrão”!
Um tanto melhor que tenha sido assim, você sabe tanto quanto eu o risco de se promover esse tipo de festa sem a presença da Polícia Militare nenhum segurança”, disse eu. Esperava-se que eles, pelo menos passassem por aqui, mas não passaram e não fez falta nenhuma, concluiu a distinta senhora, deixando o local com sua sacola de pães.
Considerado uma expressão cultural do país, o Forró tem um dia especial reservado no calendário nacional.Já dissemos isso aqui, e repito que não por acaso 13 de dezembro foi a data escolhida para celebrar a representatividade do ritmo. Instituído em 2005, o Dia do Forró também homenageia Luiz Gonzaga do Nascimento, o Rei do Baião, nascido neste mesmo dia. Nesse dia, traremos mais informações sobre a origem e a história desse ritmo tão envolvente. Mas, enquanto esse dia não vem, que se empenhe na aplicação da vacina, para que nosso povo, “vacinado”, dance muito Forró.
Comments