top of page

19 – CACHOEIRA ALEGRE: A CAPITAL DO FORRÓ

  • Fernando Mauro Ribeiro
  • 19 de set. de 2021
  • 3 min de leitura

Atualizado: 28 de set. de 2021

Do pé-de-serra ao eletrônico, o forró é um estilo famoso nas Festas Juninas. É verdade que em algumas cidades da região Nordeste, como Campina Grande na Paraíba e Caruaru em Pernambuco a tradição é mais intensa, mas não se pode negar que o ritmo contagia a todos os estados brasileiros.

Pelo menos nesse sábado, 18 de setembro, Cachoeira se transformou na capital do Forró. É claro que ninguém rouba de Campina Grande, - de Elba Ramalho - na Paraíba, esse título. Justo e merecedor o título outorgado a essa cidade que tive o prazer de conhecer, quando em visita àquela região, fiquei na capital, João Pessoa e visitei outras cidades. Mas, Campina Grande (PB) e Caruaru (PE) se destacam, quando em junho se transformam em verdadeiros arraiás de festas juninas.

Ignorando os riscos ainda existentes de se contrair o vírus do Corona, as cidades da região já estão realizando grandes eventos sem respeitar os protocolos de saúde. Quando disse à organizadora do evento, sobre os riscos eminentes, esta argumentou dizendo que todos estão promovendo, que Muriaé, já tem realizado esses eventos e outros tantos programados para os dias vindouros. E acrescentou: Silveira Carvalho, Barão de Monte, Patrocínio do Muriaé estão promovendo, também nós faremos!

E o forró aconteceu num ritmo alucinante, já que os adeptos da dança estavam ávidos de desejo de sacudir o esqueleto, de arrastar o pé, ainda que seja em local aberto, ao ar livre, no chão de asfalto, na Praça Maria Arquetti, palco de tantos eventos e o point da juventude cachoeirense nos últimos tempos.

O Grupo Sucessos do Forró, tendo Zé Geraldo como líder, subiu ao palco, montado no canteiro central da pracinha e botou o povo para dançar, a partir das 22:40 horas. No início, um tanto prejudicado pela queda de energia - em virtude de um apagão que ocorrera e alcançou também outros estados – que afetou também nossa pequenina Cachoeira, colocando em risco a aparelhagem de som, com esse ir e vir, com esses picos de energia e preocupando os organizadores e dançarinos que não viam a hora de levantar a poeira.

Passado esse susto, o sanfoneiro iniciou os trabalhos, o tecladista caprichou no repertório e ao som zabumba, o povo se pôs a rodopiar. Registramos aqui, a presença do ilustre casal, Sr. Miguel Arquetti e Sra. Terezinha, que também se deram os braços e foram para pista.

O Trio tocou até às três e trinta da madrugada. Quando se pensava que estavam encerrando os trabalhos, se ouvia: “Toca a saideira”! E foram muitas saideiras.

Às sete e trinta da matina, quando vou colocar na garagem, o carro, olho à minha volta, e vejo a rua Mário Ribeiro, tomada de garrafas pet, copos descartáveis e outros objetos que seriam destinados ao lixo, concluí, que: o evento recebera de fato, um grande público. Havia ainda na pracinha, alguém a batucar nas mesas de cimento, cantando sambas do mestre Martino da Vila.

Estes aí, estão “ligados” desde ontem, disse alguém, enquanto comprava pães na Panificadora Pai e Filhos. “Se não foram afetados pelo apagão, a carga é grande ainda e desconectá-los não será fácil”, pensei. Uma moradora das imediações me disse eufórica: “Fiz algumas fotos e vou te mandar depois. Sabia que não houve nenhum tipo de violência, nem mesmo um empurrão”!

Um tanto melhor que tenha sido assim, você sabe tanto quanto eu o risco de se promover esse tipo de festa sem a presença da Polícia Militar e nenhum segurança”, disse eu. Esperava-se que eles, pelo menos passassem por aqui, mas não passaram e não fez falta nenhuma, concluiu a distinta senhora, deixando o local com sua sacola de pães.

Considerado uma expressão cultural do país, o Forró tem um dia especial reservado no calendário nacional. Já dissemos isso aqui, e repito que não por acaso 13 de dezembro foi a data escolhida para celebrar a representatividade do ritmo. Instituído em 2005, o Dia do Forró também homenageia Luiz Gonzaga do Nascimento, o Rei do Baião, nascido neste mesmo dia. Nesse dia, traremos mais informações sobre a origem e a história desse ritmo tão envolvente. Mas, enquanto esse dia não vem, que se empenhe na aplicação da vacina, para que nosso povo, “vacinado”, dance muito Forró.

Fernando Mauro Ribeiro


 
 
 

Comments


Posts Em Destaque
Posts Recentes
Arquivo
Procurar por tags
Siga
  • Facebook Basic Square
  • Twitter Basic Square
  • Google+ Basic Square

Editor: Fernando Mauro Ribeiro - portalnovotempo.com - © 2017 PORTAL NOVO TEMPO CACHOEIRA ALEGRE/MG.

  • Facebook - Black Circle
  • Twitter - Black Circle
  • Google+ - Black Circle
bottom of page