18 – BEM VIVER – ALIMENTOS CONTRA O VÍCIO EM CIGARROS
Fernando Mauro Ribeiro
18 de jan. de 2024
2 min de leitura
Gengibre, chocolate amargo, frutas secas, hortelã e outros estão na lista de pesquisa. Cigarro causa problema no coração, câncer de pulmão, pressão alta, entupimento de artérias e pode levar a um AVC acidente Vascular Cerebral, além de outros inúmeros malefícios. Entretanto, 12% da população brasileira são fumantes. Segundo dados da OMS, 8,7 milhões de pessoas morrem todo ano por conta do tabagismo e 1,3 milhão em virtude do “fumo passivo”, que é quando quem está perto do fumante inala a fumaça.
Um estudo realizado pela Universidade Federal Fluminense (UFF) destaca a importância da nutrição no combate ao tabagismo ao revelar alimentos que podem ser usados no combate ao uso do cigarro. A pesquisadora e autora do estudo, Aline Silva de Aguiar, afirma que o hábito de levar o cigarro à boca pode ser substituído erroneamente por guloseimas, salgados e ultraprocessados, alimentos que estimulam a sensação de prazer no cérebro, mas podem desenvolver quadros de outras doenças crônicas associadas ao ganho de peso como diabetes e hipertensão.
A professora listou alguns “alimentos chave”, que auxiliam na substância da nicotina sem causar efeitos colaterais. Uma das sugestões é um mix de frutas secas e oleaginosas, como abacaxi, tâmara, maçã, mamão, banana, manga, uvas passas e damascos desidratados. elas têm triptofano, aminoácido que ajuda na produção de serotonina cerebral.
“Esse mix é composto por alimentos pequenos que facilitam nesse processo de levar algo, à todo momento, à boca, suprindo a falta do cigarro, ao mesmo tempo promovendo essa sensação de bem-estar sem causar danos à saúde”, diz Aguiar. Os amantes de chocolate amargo (70% cacau) também é recomendado porque ele diminui a sensação de fissura além de apresentar atividade antioxidantes e compostos fenólicos que atuam sobre os processos cognitivos: o chocolate amargo tem um lipídio, uma gordura equivalente à anandamída, que atua no sistema endocanabinóide, o mesmo afetado pela cannábis. Além de dar palatabilidade agradável, proporciona estímulo a este sistema que tem uma ação ampla no controle do apetite, no metabolismo, no sono, no humor e na memória.
No estudo ela também citou outros alimentos, como gengibre, cravo e hortelã, além de orientações de como preparar a comida, como cortar legumes em formatos de palitinhos. A professora diz ainda que o acompanhamento de um profissional é importante no que diz respeito a manter o paciente sem recaída.
Aguiar cita como exemplo o café, sempre atrelado ao cigarro. No processo de cessar a dependência, tanto o profissional da Psicologia sinaliza que o café pode causar lembranças gustativas que o levarão à recaída, quanto o profissional da alimentação tentará substituir a bebida por outra, como o chá verde.
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