17 - QUERO MAIS SAÚDE – USO DE MACONHA AUMENTA O RISCO DE DOENÇAS CARDÍACAS
Fernando Mauro Ribeiro
17 de jul. de 2024
3 min de leitura
“Pesquisa mostra relação entre princípio ativo da droga e inflamação de células”.
As pessoas que usam maconha têm um risco aumentado de doenças cardíacas e infarto, de acordo com um grande estudo liderado por pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade Stanford dos Estados Unidos. O trabalho, publicado na revista Cell, indica que o THC, componente psicoativo da droga, pode desencadear inflamação nas células que revestem os vasos sanguíneos e causar aterosclerose.
Os pesquisadores chegaram a essa conclusão após analisarem dados sobre o uso de maconha e ataque cardíaco de cerca de 500 mil pessoas, com idade entre 40 e 69 anos. Os resultados mostraram que os indivíduos que fumavam maconha mais de uma vez por mês eram muito mais propensos a ter um ataque cardíaco antes dos 50 anos, em comparação com os não usuários. A associação se manteve mesmo após serem analisados fatores que influenciam o risco do problema, como idade, sexo e peso corporal.
“Há uma percepção pública crescente de que a maconha é inofensiva ou até benéfica. A maconha claramente tem usos medicinais importantes, mas os usuários recreativos devem pensar cuidadosamente sobre o uso excessivo”, destacou Josep Wu, professor de medicina cardiovascular e radiologia e diretor do Instituto Cardiovascular Stanford, em comunicado.
Em seguida, a equipe analisou por quais mecanismos a droga aumenta esse risco. Eles então descobriram que o nível de moléculas inflamatórias no sangue de voluntários que fumaram um cigarro de maconha, aumentaram significativamente nas três horas subsequentes. Eles provaram também que o THC promove inflamação e marca de aterosclerose em células endoteliais h8manas cultivadas em laboratório, aquelas que revestem o interior dos vasos sanguíneos e do coração.
Por fim, decidiram descobrir se havia alguma substância que poderia bloquear as propriedades pró-inflamatórias do THC sem interromper os efeitos psicoativos da droga.
SUBSTÂCIA DA SOJA É BENÉFICA
Segundo estudo, o THC se liga a um receptor chamado CB1, presente nas células do cérebro, coração e sistema vascular. O receptor reconhece os canabinóides naturais ou endocanobinóides, que regulam o humor, a percepção, a dor, a função imunológica e o metabolismo. Mas o uso frequente de maconha causa ativação inadequada desse receptor, o que pode causar inflamação e aterosclerose, e está associado à obesidade, câncer e diabetes.
Os pesquisadores descobriram que a genisteína, substância presente na soja, bloqueia as propriedades inflamatórias e ateroscleróticas do THC sem causar efeitos colaterais psiquiátricos. Ela não inibe a capacidade do THC de estimular o apetite, diminuir a dor e reprimir a náusea, características importantes para os usuários de maconha medicinal.
O próximo passo é realizar ensaios clínicos para saber se a genisteína pode reduzir o risco de doenças cardiovasculares em usuários de maconha.
APLICATIVOS PODEM RASTREAR SINAIS DE ALZHEIMER
Pesquisadores da Universidade da Califórnia em San Diego, nos Estados Unidos, Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) e outras doenças e distúrbios neurológicos a partir da análise dos olhos.
O aplicativo usa uma câmera de infravermelho frontal, que é incorporada a smartphones mais recentes para reconhecimento facial, juntamente com a câmera selfie para rastrear como a pupila de uma pessoa muda de tamanho. Pesquisas recentes mostraram que o tamanho da pupila pode fornecer informações sobre as funções neurológicas de uma pessoa. Por exemplo: ela aumenta quando uma pessoa realiza uma tarefa cognitiva difícil ou ouve um som inesperado.
Colin Barry, pesquisador da UC San Diego e primeiro autor do estudo, admite que ainda há muito trabalho pela frente para que o aplicativo seja colocado em uso no dia a dia, mas afirmou estar “animado” com o potencial da tecnologia, que poderá ser usada para fazer a triagem neurológica fora dos laboratórios.
UMA NOTA:
Em maio de 2022, á exato um ano atrás, a Secretaria de Saúde de Minas Gerais confirmou a morte de uma menina indígena de 12 anos de raiva humana. Foi o terceiro caso no país naquele ano, todos de pré-adolescentes moradores da mesma aldeia em Bertópolis (MG).
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