17 - DIA DA COMPREENSÃO MUNDIAL - PÃO DA VIDA

Amado leitor, é na graça do Cristo missionário, libertador dos pobres e das nações, no amor do Pai, origem de todo bem, e na comunhão do Espírito Santo, fogo ardente de todo empenho missionário, que a vós me dirijo, nessa tarde de primavera.

Isso, mais parece uma saudação do apóstolo Paulo aos Gálatas. Mas não é! Quem vos exorta, aqui, é o editor do Portal Novo Tempo, para dizer-lhes que na igreja, a missão não deve ser realizada só pelos padres, bispos e religiosos, mas é tarefa de todos os cristãos, onde quer que eles se encontrem. Nós somos Igreja, o prédio, a arquitetura, o espaço físico é um importante monumento de nossa fé.

Somos Igreja onde quer que estejamos, somos peças necessárias na engrenagem que faz girar o palco-mundo. Nele, estamos inseridos e todos devemos dar nossa contribuição, atuando nas mais diversificadas áreas. Faço com alegria esse trabalho, não remunerado, não temos retorno financeiro nenhum, mas o faço com uma satisfação enorme. Com esse empenho, essa dedicação, penso que contribuo um “tiquinho” para a edificação do Reino de Deus, além de levar até você, as informações acerca de nosso município, sempre comprometidos com a verdade. Assim, peço-vos, com carinho, que reflitam sobre a matéria que se segue:

De 5 a 12 de setembro de 2021 foi realizado em Budapeste, Hungria, o 52º Congresso Eucarístico Internacional, com o lema “Todas as minhas fontes estão em Ti”. A cada quatro anos toda a igreja celebra essa grande festa eucarística mundial que busca promover e aprofundar a devoção da Santa Eucaristia.

Esse evento tem enorme valor simbólico para a Hungria, onde a igreja sofreu por mais de quarenta anos a perseguição e opressão comunista. De fato, é na fé dos mártires que se mostra, de maneira especial, que a Eucaristia é a fonte, a síntese e o ponto culminante da vida cristã.

Foi o Pão da Vida que deu aos mártires a força invencível do amor. Mesmo quando lhes faltava tudo, eles estavam dispostos a dar suas vidas pela celebração da Santa Missa. Já para os primeiros cristãos, o sacrifício da Missa estava no centro de suas vidas, apesar da cruel perseguição, como foi testemunhado pelo historiador da Igreja Eusébio de Cesareia: “Todo lugar onde se sofria tornava-se para nós, um lugar para celebrar [...] podia ser um campo, um deserto, um navio, um alojamento, uma prisão”.

Também o martirológio dos séculos 20 e 21 conta com grande quantidade de relatos comoventes de celebrações clandestinas da Eucaristia, até mesmo nos campos de concentração.

Em muitos países, devido às medidas de proteção relacionadas ao coronavirus, foram suspensas as celebrações públicas da Santa Missa por longos meses. A maioria dos fiéis só conseguiu participar da celebração eucarística através da televisão ou de transmissão on-line. É verdade que essa dolorosa situação deu origem a muitas formas novas de evangelização, através dos modernos meios de comunicação, fazendo-nos redescobrir a importância da Igreja doméstica. No entanto, ela também foi causa de muita solidão e separação. Afinal de contas, o homem anseia por uma união íntima, amorosa e pessoal com Deus.

“Tomai e comei, isto é o meu Corpo”. Jesus faz de si o mesmo Pão da Vida para saciar nossa fome de amor. Foi por isso que São Pedro Julião Eymard, fundador da Congregação do Santíssimo Sacramento, disse: “No Santíssimo Sacramento vocês encontram tudo; uma palavra de ânimo, sabedoria e milagres. Sim, também milagres. A Sagrada Eucaristia é a mais sublime revelação do amor de Deus. Ela só pode ser superada no Céu”. Aceitemos sempre, caros amigos, o convite de Jesus para o Seu banquete sacrificial, que Ele mesmo nos prepara. Então nunca estaremos sozinhos e nunca deixaremos ninguém sozinho em suas necessidades.

Fernando Mauro Ribeiro com base em artigo do Jornal Palavra Viva