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17 - BÚSSOLA E GPS

  • Fernando Mauro Ribeiro
  • 13 de dez. de 2022
  • 2 min de leitura

Os dois se completam. Um aponta onde se quer chegar, e o outro qual o caminho a percorrer. Há, porém, diferença entre ambos. A bússola se refere sempre a um mesmo polo e não muda, enquanto que o GPS _ Sistema de Posicionamento Global – depende de um ponto a ser definido. Ambos são úteis para quem viaja. E o viajante esperto sabe a diferença entre ambos e sabe que precisa dos dois: de um ponto de chegada e um caminho a ser trilhado.

Assim é com a vida. Ela precisa de um ponto de chegada que lhe dê sentido, uma bússola, e então se escolhe quais meios, o caminho a percorrer para atingi-lo, um GPS. Se não se sabe o que fazer da vida ou que sentido dar a ela, de pouco adiantam os caminhos que se tem à disposição. Assim como precisamos de pontos definidos para nossas idas e vindas nos caminhos geográficos, coisa semelhante precisamos para nossa vida.

Há muita gente que não sabe o que fazer da vida, não encontra sentido para ele e anda meio como barata tonta, dando voltas sem sair do lugar, e fica confusa. Vive de improviso e de imediatismos. Como não define um sentido duradouro para a vida, fica sem saber para onde ir. Cada dia traça uma rota diferente, cada dia quer uma coisa e não faz escolhas que motivem uma sua busca permanente. Não possui um ideal pelo qual viver e morrer.

Só pensa no imediato, naquilo que produz prazer já, sem avaliar se aquilo está de acordo com um horizonte maior. Quem vive do imediato, nele se perde, porque fica sem rumo, se desencontra nas encruzilhadas de cada dia, porque ignora onde quer chegar, qual o fim que almeja. É como se tivesse só GPS sem bússola. O GPS mostra o caminho que deve ser feito, mas se não se sabe onde quer chegar, pouco serve, não é ele que define o ponto de chegada.

Há pessoas preocupadas em demasia com o hoje e se esquivam de um compromisso com algo maior e duradouro. Gastam-se nas poucas coisas que conseguem a cada dia, e com o passar do tempo, só resta a sensação do vazio, pois não sabem o que fazer da vida. Falta-lhes bússola que as oriente para ir mais longe. Não têm ideais pelos quais vale a pena viver. Para que servem os ideais, perguntou alguém? Ouviu a seguinte resposta: os ideais indicam que você deve andar uma semana para chegar até eles, quando você andou uma semana eles indicam que você deve andar mais um mês.

Então, para que serve os ideais se quanto mais se anda em direção a eles, mais distantes eles parecem ficar? Eles servem para mostrar o caminho por onde você deve seguir caminhando. Eles são como a bússola que aponta o objetivo; você escolhe os meios para alcança-los, seu GPS. Quem não possui ideal, não adianta ter muitos caminhos para andar. É melhor optar por um horizonte maior. Tenha uma bússola para sua vida e use bem o seu GPS.

Pe. Deolino Pedro Baldissera – SDS – Psicólogo e Professor


 
 
 

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