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16 – ACHADO ARQUEOLÓGICO NO PALÁCIO DO CATETE

  • Fernando Mauro Ribeiro
  • 16 de mar. de 2023
  • 2 min de leitura

O chão do Palácio do Catete recebeu mais acontecimentos que os livros podem nos contar. Décadas após momentos emblemáticos como o polêmico baile Corta-Jaca, em 1914, e o suicídio de Getúlio Vargas, em 1954, o prédio – que hoje é o Museu da República – é palco de um momento intrigante. Em meio às camadas de história, foram descobertos, no mês passado, ladrilhos com requinte artísticos do século 19.

O achado surpreende até quem trabalha há anos na pesquisa e curadoria do local, já que não há uma planta arquitetônica da época que mostre o que um dia já foi aquela construção. A estrutura foi encontrada a 75 centímetros abaixo do solo, em ótimo estado de conservação.

A descoberta se deu durante escavação para a modernização do sistema de esgoto e, agora, será material de estudo de como a sociedade se comportava à época. Construído entre 1858 e 1867, o Palácio foi arquitetado pelo alemão Carl Friedrich Gustav Waehneldt, para ser residência do comerciante e fazendeiro de café Antonio Clemente Pinto, o Barão de Nova Friburgo.

Embora ainda não se saiba a original função da estrutura recém encontrada, estudiosos do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), acreditam que, pelos relatos da cultura popular oral, os ladrilhos podem ser parte de uma antiga casa de banhos ou até mesmo da residência da sogra do barão.

Há também quem suponha que ali poderia ser mais uma das entradas do palácio. São chutes, a gente ainda não teve tempo de pesquisa. Isso aqui pode ser parte de uma cozinha ou lavatório, porque essas construções eram mais afastadas. O que sabemos é que são pisos hidráulicos, que costumavam ser usados em áreas molhadas – explica a museóloga Isabel Portella.

Quem observa, agora, a escavação, consegue observar as camadas de história que passaram por ali, desde que o piso foi colocado. Por cima existem entulhos de obras, paralelepípedos, e na superfície, asfalto.

O mistério agora é descobrir o que tínhamos aqui – finaliza a arqueóloga responsável por acompanhar as obras no museu, Ane Elisabeth Simões.

Giulla Ventura

 
 
 

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