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15 – UMA JANELA PARA A MÚSICA: ATAULFO ALVES

  • Fernando Mauro Ribeiro
  • 15 de mai.
  • 3 min de leitura

O mineiro, filho de nossa vizinha Miraí, cantor e compositor Ataulfo Alves foi um dos mais importantes nomes do samba da história. Aos 19 anos, já tocando cavaquinho, violão e tamborim – mudou-se para o Rio de Janeiro.

        Em 1933, Almirante – importante sambista e nome do rádio na época – gravou o samba “Sexta-feira”, primeira composição de Ataulfo a ser lançada em disco.

        Dias depois, Carmem Miranda gravou sua canção “Tempo perdido”, tornando o nome de Ataulfo Alves conhecido nacionalmente

       O sucesso veio em 1935, com a sua canção “Saudade do meu Barracão”, gravada por Floriano Belham. Em seguida sua composição “Menina que pinta o sete” foi gravada pelo Bando da Lua.

        Em 1936, mais músicas suas foram gravadas por outros artistas: Silvio Caldas gravou “Saudade dela” e Carlos Galhardo – cantor que se tornou maior lançador de músicas de Ataulfo Alves nos anos que se seguiram – gravou “A você” e “Quanta Tristeza”.

        Ataulfo Alves escreveu várias músicas com diversos parceiros e, em 1938 – criou o samba “Errei, erramos” gravado por Orlando Silva, outro grande lançador de suas músicas.

        Em 1941, Ataulfo resolveu gravar - ele mesmo – cantando sua composição “Leva meu samba”. Uma experiência muito bem-sucedida que resultou num contrato com a gravadora Odeon.

        Em 1942, preocupado em lançar uma música para o carnaval, recorreu às três quadras que Mário Lago tinha levado para ele musicar. Fez a melodia e modificou os versos quase que por completos, ao ponto de Mario Lago reclamar. No fim, surgiu: “Ai que saudade da Amélia”.

        Ataulfo criou o grupo Academia do Samba para acompanha-lo na gravação. Logo depois, com a inclusão de vozes femininas foi transformada em Ataulfo Alves e suas Pastoras. Com elas, lançou vários sucessos.

       Para o carnaval de 1944, a mesma dupla Ataulfo e Mário Lago se uniu para lançar mais um sucesso, o samba: “Atire a primeira pedra – a música gravada por Orlando Silva, foi um sucesso imediato, ganhou diversos prêmios como “o samba mais cantado no carnaval de 1944”.

       A preocupação de revitalizar o samba, desbancado por ritmos estrangeiros, resultou no show “O Samba nasce do Coração”, na boate Casablanca, na Praia Vermelha. Em 1955, quando Ataulfo lançou mais um de seus sucessos: “Pois é”.

     Em 1961, o artista participou da caravana que Humberto Teixeira, organizou para divulgar a música brasileira na Europa, levou em sua bagagem “Mulata Assanhada” e “Na cadência do samba”.

  Em 1966, Ataulfo lançou o samba “Laranja madura” que teve inúmeras gravações e que conquistou o público de imediato. Em 1969 fez nova viagem ao exterior, desta vez, representando o Brasil no “Primeiro Festival Internacional de Arte Negra”, realizado em Dakar, no Senegal.

       Ataulfo Alves faleceu neste mesmo ano, pouco antes de completar 60 anos de idade, após uma cirurgia para tratar de uma úlcera no duodeno que trazia há vinte anos.

        Sua musicagrafia ultrapassa 320 canções, sendo uma das maiores da música popular brasileira.

    Intérpretes importantes como Clara Nunes e os grupos “Quarteto em Cy” e “MPB-4” e Fundo de Quintal”, gravaram suas composições.

        Separamos uma lista com as 10 Melhores Músicas de Ataulfo Alves, para que nossos leitores conheçam mais da importante obra de nosso talentoso e inesquecível sambista.

       AS DEZ MELHORES MÚSICAS DE ATAULFO:

1)  Errei, erramos (1938)

2)  O Bonde de São Januário (parceria co0m Wilson Batista (1940)

3)  Leva meu samba (1941)

4)  Atire a primeira pedra (parceria com Mário Lago) (1944)

5)  Pois é (1955)

6)  Mulata assanhada (1966)

7)  Meus tempos de criança (1956)

8)  Na cadência do samba (parceria com Paulo Gesta) (1961)

9)  Laranja madura (1966)

10)             Você passa eu acho graça (1968)

 

AI QUE SAUDADE DA AMÉLIA

        “Ai que saudade da Amélia” merece destaque por ter sido um grande sucesso durante muitos anos – um dos maiores clássicos do samba -  mas ela não entra em nossa lista por hoje a entendermos como uma música que é o retrato sexista de uma época e que não nos representa mais.

Fonte: novabrasil

 

 
 
 

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