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15 - OS MELHORES JOGADORES DO BRASIL, DE TODOS OS TEMPOS

  • Fernando Mauro Ribeiro
  • 12 de jun.
  • 3 min de leitura

 “A ele, bastava um palmo de grama para encantar o mundo com os seus dribles e gols jamais sonhados antes”. Esse é Tostão.


Nome: Eduardo Gonçalves de Andrade

Nascimento: 25-01-1947, em Belo Horizonte (MG)

Clubes: Cruzeiro (1963-1972); Vasco (1972-1973)

Seleção Brasileira: 1966-1972 (43 jogos, 24 gols)     

       A vida de Eduardo Gonçalves Andrade se divide em três momentos: o craque, o médico, o jornalista. Tão preciso e inovador em cada uma de suas atividades, o doutor Eduardo, médico, parece mesmo outra pessoa, outra personalidade, se comparada a Tostão, o craque do campo e da pena.

        Colunista de alguns dos principais jornais do país, comentarista daqueles que não temem dizer verdades, Tostão fez sua vida de jornalista usando em seus textos citações de autores, poetas, personalidades. Questão de estilo que tentará se reproduzir nesta breve crônica sobre o craque.

       “A ele, bastava um palmo de grama para encantar o mundo com os seus dribles e gols jamais sonhados antes”, escreveu o cronista mineiro Roberto Drummond. Certamente com dor no coração por falar de um craque que se vestia de azul, cor do Cruzeiro, cor do maior rival do Atlético, paixão de Drummond.

       Antes de Tostão, Minas Gerais não havia produzido jogador tão completo. Pense em Niginho, Nenão, Nininho, Zé do Monte, o goleiro Kafunga. Diferentes estilos e épocas, nunca chegaram nem perto do gênio que começou a se montar em torno de si o maior time do Cruzeiro de todos os tempos.

        Conta a história que a saga de Tostão na Toca da Raposa começou no dia do casamento de Felício Brandi, dirigente do início dos anos 60. A noiva na igreja esperava o noivo atrasado. Quando finalmente, chegou Felício, esbaforido, ajeitando a gravata, a conversa se deu com o bispo Dom Serafim Fernandes de Araújo, escalado para a cerimônia.

        - Onde você estava? Perguntou Dom Serafim.

- Contratando Tostão, do América, respondeu Felício.

A decepção do bispo atleticano até os ossos, não se deu apenas naquele instante. Perdurou por uma década. “Por mais que eu reze, não tem jeito.

Esse Tostão é mesmo infernal”, escreveu Dom Serafim, num misto de praguejamento e homenagem ao craque que atormentava seu Atlético.

        Tostão deixou a camisa azul por momentos, nas Copar de 1966 e 1970 para despertar mais frases geniais sobre o seu futebol: “As tabelinhas de Tostão e Pelé confirmam a existência de Deus”, escreveu Armando Nogueira.

        Havia quem apostasse na impossibilidade dessas tabelas, porque ambos eram pontas de lança. Para confirma-la em campo, Tostão trocou a camisa 8 do Cruzeiro pela 9 da Seleção Brasileira. A mudança de posição só foi possível por causa de uma característica singular para o futebol da época.

        Poucos jogadores sabiam abrir espaços para os companheiros como Tostão fazia – disse Didi.

     Justamente o gênio da Copa de 1958 era o treinador da Seleção Peruana no Mundial do México em 1970. E sofreu com Tostão. Naquela partida, válida pelas quartas de final da Copa, Tostão marcou duas vezes e o Brasil venceu por 4 a 2.

Mais que isso, abriu espaços, fez passes, deu dribles. Dribles como o mais famoso deles. Na segunda partida daquele Mundial, tocou entre as pernas de Bobby Moore, o zagueiro campeão pela Inglaterra em 1966. O drible num milímetro outra peculiaridade de Tostão: fazia de um lenço um latifúndio, em seguida o passe para Pelé ajeitar e Jairzinho marcar.

        Tostão parou prematuramente aos 26 anos, fruto de uma bolada no olho recebida num jogo entre Cruzeiro X Corinthians, deferida pelo zagueiro Ditão. Jogou pouco? Jogou muito. Ou como também disse Armando Nogueira, escritor e jornalista:

- Quem viu Tostão pode se considerar uma pessoa feliz.

André Kfouri e Paulo V. Coelho

 
 
 

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