13 - SANTA LUZIA: QUE SEMPRE NOS DÊ DOS OLHOS A LUZ
Fernando Mauro Ribeiro
13 de dez. de 2022
2 min de leitura
Atualizado: 20 de dez. de 2022
Nascida na Itália, a protetora dos olhos, é exemplo de determinação cristã.
Protetora dos olhos, inspiração para os fiéis pela bravura, força e resistência. Acima de tudo, Luzia é luz, como o significado do seu nome e pelo o que ela emana aos fiéis. Santa Luzia é muito popular na Igreja Católica, especialmente na Itália, onde nasceu, mas também no Brasil. Ela é a padroeira da cidade de Mossoró, Rio Grande do Norte, lugar que recebe, todos os anos, milhares de fiéis, que participam da “Festa de Santa Luzia”. Durante o mês de dezembro, eles celebram e revivem a poderosa trajetória da Santa, representada em um espetáculo a céu aberto.
A história de Santa Luzia vem da cidade de Siracusa, na Itália, da época da perseguição religiosa imposta pelo imperador Diocleciano. Santa Luzia, que nasceu Lúcia, perdeu o pai quando ainda era criança e foi criada pela mãe em uma família muito cristã. Na juventude, conta-se que ela foi prometida a um jovem pagão, mas recusou-se a se casar. “Adoro a um só Deus verdadeiro, e a Ele prometi amor e fidelidade” teria sido sua frase de recusa.
O MARTÍRIO
Por não ter aceitado o casamento, Luzia foi denunciada como cristã. E foi por essa prova que demonstrou toda a sua força e perseverança na fé. Como desejava se manter virgem, o governante ordenou que a carregassem até a um prostíbulo, onde deveria ser abusada por vários homens. No entanto, embora Luzia não movesse um dedo, nem dez homens juntos, conseguiram levantá-la do chão. Os carrascos jogaram então sobre o seu corpo, resina e azeite ferventes, mas ela continuou viva.
Não há um consenso se ela teria arrancado os próprios olhos ou os algozes, mas sabe-se que voltou a tê-los na sequência. Para que conseguissem enfim matá-la, deram um golpe de espada em sua garganta. Isso aconteceu no ano 304. Diante do sofrimento pelo qual foi obrigada a passar, a fé cristã de Luzia até o seu último minuto de vida na Terra, permaneceu inabalável.
O Papa São Gregório Magno (590-604) colocou as inscrições em seu túmulo e introduziu a antiga memória litúrgica no Cânon da Missa. No ano de 1040 o corpo de Santa Luzia foi levado para Constantinopla. Em 1204, os cruzados venezianos reconquistaram o corpo e levaram para Veneza, lugar em que está até hoje, na igreja de São Jeremias. Algumas pequenas relíquias estão em Siracusa.
Somente em 1894 o martírio da jovem Luzia foi devidamente confirmado, quando se descobriu uma inscrição em grego antigo sobre o seu sepulcro, em Siracusa, Ilha da Sicília, que trazia a o nome da mártir e confirmava a tradição oral sobre sua morte no início do século IV.
Os milagres atribuídos à sua intercessão a transformaram numa das santas auxiliadoras da população e é invocada, principalmente nas orações para se obter cura nas doenças dos olhos.
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