14 - MISSA DA SANTA CEIA DO SENHOR E RITUAL DO LAVA PÉS NA MATRIZ SÃO SEBASTIÃO EM CACHOEIRA ALEGRE
Fernando Mauro Ribeiro
14 de abr. de 2022
2 min de leitura
“Quanto a nós devemos gloriar-nos na cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo. Que é nossa salvação, nossa vida, nossa esperança de ressurreição. E pelo qual fomos salvos e libertos”.
Com esse canto Monsenhor Antonio José Chamel subiu os degraus do presbitério e deu inicio à celebração do Tríduo Pascal. Depois de dois anos sem celebrar integralmente a Semana Santa, em virtude da pandemia do Coronavírus, já imaginava-se que a Igreja-matriz estivesse repleta de fiéis, ávidos do desejo de celebrar de forma presencial o Tríduo Pascal que, teve início nesta quinta-feira, com a Ceia do Senhor, o ritual do Lava-pés e a pequena Procissão com o Santíssimo até a Capela para a Adoração.
Esta é a noite da Ceia Pascal, a ceia em que nosso Cordeiro se imolou. A noite em que Jesus por nós se entregou. A Ceia da Nova Aliança confirmada no sangue do Senhor. Noite Santa em que recordamos a fidelidade do Senhor para com seu povo, instituindo a Sagrada Eucaristia, o Ministério sacerdotal e dando-nos o mandamento do Amor.
Monsenhor Chamel exortou-nos a viver no amor, para que tenhamos um coração agradecido. Disse-nos que amar e viver a Eucaristia é preciso. E numa atitude de quem ama, de quem se põe a serviço, repete o gesto que Jesus fizera há mais de dois mil anos atrás. Tomando um jarro com água e uma toalha ele se submeteu a um serviço que era executado por escravos. Fez-se Servo por Amor, por misericórdia. Lavou os pés dos Doze que, alí estavam simbolizando os apóstolos.
Foi emocionante essa cena, um senhor, Monsenhor, com seus 86 anos vividos, com algumas limitações físicas que, são próprias da idade... porém, com uma lucidez invejável, com uma humildade, paciência e entusiasmo admiráveis, abaixar-se e repetir o gesto de Jesus. Quem pode não amar um Deus que nos ama assim? Quem de nós, deixará de manifestar a esse Cura, Ministro ungido de Deus, nossa gratidão?
Ele que se fez disponível para estar aqui em nossa Paróquia, pregando a Palavra, Consagrando e partilhando conosco o pão da Eucaristia, lavando-nos os pés, conduzindo o Santíssimo Sacramento até a Capela, seguido por dezenas de fiéis que lá permaneceram até a zero hora em adoração; nos deixa uma bela lição de servo. De quem deseja de fato servir, doar-se, de acordo com a recomendação do Mestre Jesus.
Conheço o Monsenhor Antonio José Chamel já há algum tempo. Algumas vezes, nos recebeu na Diocese em Leopoldina, quando lá estivemos a serviço da Paroquia São Sebastião de Cachoeira Alegre, outras vezes, nos vimos nas Concentrações Marianas que ocorrem todos os anos, no mês de maio. Devoto que é de Nossa Senhora, é, provavelmente, o Congregado Mariano mais antigo da Diocese de Leopoldina, se faz presente nesses eventos, onde quer que seja. E onde quer que esteja, é sempre com essa mansidão e carinho que acolhe a todos.
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