14 - E AS CORRENTES SE SOLTARAM DAS MÃOS DE UM ESCRAVO, QUANDO ESTE IMPLORAVA A PROTEÇÃO DE N. S. APARECIDA
Fernando Mauro Ribeiro
14 de out.
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A história do aparecimento da imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida tem seu início pelos meados de 1717, quando chegou a notícia de que o Conde de Assumar, Governador da Província de São Paulo e Minas Gerais, iria passar pela vila de Santo Antônio de Guaratinguetá, a caminho de Vila Rica, hoje cidade de Ouro Preto. Então capital da Capitania das Minas.
Convocado pela Câmara de Guaratinguetá, os pescadores Domingos Garcia, Felipe Pedroso e João Alves, saíram à procura de peixes no Rio Paraíba. Desceram o rio e nada conseguiram. Depois de muitas tentativas sem sucesso, chegaram ao Porto Itaguassú. João Alves lançou a rede nas águas e apanhou o corpo de uma imagem de Nossa Senhora da Conceição sem a cabeça. Lançou novamente a rede a apanhou a cabeça da mesma imagem. Daí em diante, os peixes chegaram em abundância para os três humildes pescadores.
A fama dos sinais extraordinários realizados por meio da fé do povo em Maria, simbolizada na pequena imagem de Aparecida, foi se espalhando pelo Brasil. Em 1834, foi iniciada a construção de uma igreja maior (Basílica Velha) que serviu concomitantemente de Igreja Matriz da Paróquia.
Em 17 de dezembro d 1928, a vila que se formara ao redor da igreja no alto do Morro dos Coqueiros tornou-se Município. E, em 1930, Nossa Senhora foi proclamada RAÍNHA DO BRASIL, e sua PADROEIRA OFICIAL por determinação do Papa Pio XI, com a sua coroação solene, na então capital federal, cidade do Rio de Janeiro.
O Padre Francisco da Silveira que escreveu a crônica de uma Missão realizada em Aparecida em 1748, qualificou a imagem da Virgem Aparecida como “famosa pelos muitos milagres realizados”. Mencionamos aqui grandes prodígios por intercessão de Nossa Senhora Aparecida.
O primeiro, sem dúvida alguma, foi a pesca abundante que se segui ao encontro da imagem. Entretanto, o mais simbólico e rico de significativos foi o milagre das velas.
Aconteceu no oratório de Itaguassú. Numa noite, durante a reza do terço, as velas apagaram-se repentinamente e sem nenhum motivo, pois não ventava na ocasião. Houve espanto entre os devotos e, quando Silvana da Rocha procurou acendê-las novamente, elas se acenderam por si.
Significativo também é o prodígio das correstes que se soltaram das mãos de um escravo, quando este implorava a proteção de Aparecida. Peçamos a Nossa Senhora Aparecida que nos ilumine e nos faça sempre lutar por um Brasil melhor. Assim sendo, queremos consagrar todo o nosso país nas mãos d’Ela. Com Maria, queremos ser autênticos discípulos missionários, neste mundo para sermos um dia recebidos no céu.
Cardeal Dom Orani João Tempesta – Arcebispo da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro.
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